quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Deus! Onde Estás?


"É possível encon¬trar cidades sem muralhas, sem ginásios, sem leis, sem moe¬das, sem cultura literária; mas um povo sem Deus, sem orações, sem juramentos, sem ritos religiosos, sem sacrifícios, jamais foi encontrado". (Plutarco 45-125 d.C – Moralista e Historiador Grego).

Um breve olhar na literatura mundial em busca de resposta para o ateísmo resulta em respostas claras e objetivas de que a existência de Deus é um fato explícito e patente aos olhos de quem quer que seja.
O ateísmo, defendidos por alguns, de fato não existe. Os homens que negam a simples existência de um criador não conseguem defender essa idéia e ela acaba sendo refutada por quem deseja de fato saber a verdade sobre um Deus Criador.
As palavras de Plutarco, escrita no inicio da era cristã pode ser usada hoje com certeza de que é possível encontrar muitas coisas sem uma estrutura qualquer, só não é possível encontrar uma mente humana que não tenha esperança em um Deus maior.

Texto: Odair

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O Grande Elefante Branco Cacerense


Domingo passado fui até o Facão (região turística de Cáceres) passar um dia diferente no sítio e esquecer um pouco a agitação da cidade. Até ai tudo normal, qualquer pessoa pode fazer isso. Na volta observei o Portal Temático na entrada da cidade e não pude deixar de pensar no desperdício de dinheiro público ou, pelo menos, mal aplicado.
Lembrei-me do elefante branco. No antigo reino do Sião, hoje atual Tailândia, era costume o soberano presentear os cortesões em desgraça com um elefante branco, animal sagrado, que não podia ser posto para trabalhar. E como se tratava de presente real, o súdito era obrigado a tratar o animal com todo carinho. Devia dar-lhe o melhor alimento e enfeitá-lo com tecidos e fios de seda, pois o monarca fazia visitas surpresa ao proprietário do elefante para ver como ele estava sendo cuidado. E ai de quem recusasse o presente.
De forma semelhante, o povo cacerense recebeu esse presente das autoridades e tem que conviver com esse elefante. É certo que aquilo parece mais com uma aranha gigante, no entanto, não deixa de ser um mal investimento para uma cidade que tem mais da metade de suas ruas sem asfalto.
A pergunta que permanece sem resposta é a seguinte: que tamanho é a mentalidade de nossos legisladores e operadores do poder executivo. Mais uma vez me reporto a antiga Ponte Branca, símbolo de uma Cáceres antiga e inesquecível, que foi impiedosamente destruida.
Enquanto destroem o patrimôneo que poderia ser explorado para o turismo, constroem obras faraônicas de que a sociedade não precisa.

Texto: Odair
Imagem: Odair

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Crimes de Fronteira


Na região da Grande Cáceres é um tanto complexo as questões envolvendo os crimes de fronteira. Evasão de divisas, Golpes de financiamento e o tão famigerado Tráfico de drogas são os principais crimes de fronteira utilizados nessa região e os que as policias civil, militar e federal vem combatendo.

Em uma abordagem bastante esclarecedora esse foi um dos destaques da XIII Semana Jurídica que aconteceu na semana passada aqui em Cáceres. O Dr. Rogers Elizandro, Delegado de Polícia Civil abordou, entre outras coisas, a questão de como é produzida e distribuida a cocaína boliviana (diga-se de passagem, a pior cocaína dos produtores sul-americanos e cosumida pelos brasileiros).

Entre os destaques dessa abordagem podemos destacar os maiores produtores de cocaína: a Colômbia produz cerca de 50% da droga e o mercado consumidor é os EUA. Em segundo lugar vem a cocaína peruana, cerca de 32% e o mercado consumidor é a Europa. Depois vem a cocaína boliviana e o principal mercado consumidor é o Brasil. Até ai tudo normal. O que assusta é que, nos últimos anos, a droga colombiana e a peruana sofreu uma queda enquanto a boliviana cresceu cerca de 6%. É um dado alarmante.
Por outro lado podemos visualizar o apoio do governo brasileiro a Evo Morales (conhecido por ser um dos maiores produtores de coca da bolivia) o que dificulta o combate que a própria polícia faz na fronteira. Outro detalhe interessante é a questão que a própria polícia enfrenta em seio meio a corrupção e desvio de comportamento. Os maus policiais acabam prejudicando o trabalho de combate ao tráfico de drogas.

A palestra serviu de informação que nos mostrou de forma precisa como é o trabalho da polícia e como é dificultoso trabalhar no combate aos crimes de fronteira com uma infra-estrutura policial bastante deficitária. O apelo aqui é que o governo brasileiro em vez de apoiar Evo Morales na costrução de estradas que facilitará ainda mais a entrada das drogas em nosso país invista mais recursos e armamento para os nossos policiais.

Texto: Odair.
Foto: Odair. Eu e o Delegado de Polícia Civil Dr. Rogers Elizandro

sábado, 10 de outubro de 2009

Bicicleta pra quê te quero...

Parado por meia hora no centro de Cáceres, com a câmera na mão foi possível visualizar porque a cidade é conhecida como a cidade das bicicletas. As imagens abaixo retrata essa exclusividade da cidade.



Texto: Odair
Fotos: Odair
Montagem: Odair

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Que Religião é Essa?



"Esta religião dos mortos parece ter sido a mais antiga entre os homens. Antes de conceber e de adorar Indra ou Zeus, o homem adorou os seus mortos; teve medo deles e dirigiu-lhes preces. Parece ser essa a origem do sentimento religioso. Foi talvez diante da morte que o homem, pela primeira vez, teve a idéia do sobrenatural e quis abarcar mais do que seus olhos humanos podiam lhe mostrar. A morte foi pois o seu primeiro mistério, colocando-o no caminho de outros mistérios. Elevou o seu pensamento do visível para o invisível, do transitório para o eterno, do humano para o divino".

A Cidade Antiga. Fustel de Coulanges.

Diante de uma infinidade de perguntas tais como de onde surgiu a religião e para que o homem tem que adorar alguma coisa, esse livro é uma indicação de respostas para algumas das perguntas sobre adoração e origem do culto.
Indico com muita propriedade a leitura dessa obra magnífica desse historiador.

Texto: Odair

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Cáceres 231 anos


Uma das mais belas e impávidas cidades do Brasil, com uma história incrível (mal contada, é certo), às margens do Rio Paraguai. Eis uma síntese do que é a cidade de Cáceres. Cheia de atrativos diversos e gente hospitaleira. Uma cidade mal administrada ao longo do tempo e que, mesmo assim, se mantêm em constante transformação.
Nasci e cresci aqui neste chão (para mim sagrado) e me preocupo com o seu desenvolvimento. Faço um apelo aos habitantes desse pequeno paraíso para que vejam e combatam as "sanguessugas" que surgem de 4 em 4 anos com promessas e ilusões enquanto a cidade permanece no descaso. Sai de um grupo político tradicional e caem em outro grupo que não se preocupa com a população em geral.
O povo, em sua maioria, estão se divertindo nos bares e bailes da vida (é dificil encontrar outra cidade onde a sua população faça festa 24 horas por dia 7 dias por semana e 31 dias por mês) não se preocupa com os ocupantes dos cargos públicos. Os ditos "representantes" da população.
Tem muita gente boa nessa cidade. Muita mesma. Gente que trabalha em prol da melhoria de vida dos menos favorecidos e gente que diverte. O cacerense é abençoado por Deus e tem que valorizar esse pedaço de chão.
Nesse dia especial deixo aqui minha singela homenagem a essa que é a melhor cidade do mundo para se viver. Existe um descaso com a cidade, isso é fato, mas está na hora de cada um de nós olharmos com atenção e escolhermos pessoas interessadas em transformar esse paraíso histórico em orgulho para todos cacerenses. Não podemos esperar mais 231 anos para que isso aconteça. A mudança começa agora!

Texto: Odair.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

ANTÍGONA


Nas portas de Tebas cairam
Os dois irmãos em uma luta fraticida
Pelo trono tebano lutavam
E por ele perderam a vida.

Eteócles não cumpriu seu trato
De após um ano dar o trono ao irmão
Polinice se refugiou em Argos
E a Tebas veio lutar com razão.

Cumprindo a maldição de seu pai
Os dois morreram ao fio da espada
O sangue jorrou no portão de Tebas
E dessa vida nem um levou nada.

Creonte, o tio dos dois, assumiu o trono
E a Eteócles enterrou com honra
Promulgando um edital contra Polinice
Que o lançava nas profundezas em desonra.

Desafiando ao edito do rei
Em uma prova de amor fraternal
Antígona, irmã de Polinice, resolveu sepultá-lo
Mesmo sabendo das consequências do edito real.

Avisado pelo adivinho Tirésias
De que estava errado em seu julgamento
Creonte condenou Antígona
Sem ligar para o seu sofrimento.

Condenada a ser emparedada
Para aos poucos morrer
Antígona resolveu suicidar-se
Para que não pudesse sofrer.

Ao ver a amada morta
Hêmon, filho do rei Creonte
Também suicida-se de forma cruel
Preferindo não mais ver o horizonte.

Mas, como uma trágedia é pouco
A mulher de Creonte, mãe de Hêmon, Euridice
Em desespero fatal tira sua própria vida
Não dando ouvido a crendice.

No auge de sua arrogância
Creonte rompe a barreira do Direito Natural
Enfrente, então, a revolta dos deuses
E sofre uma consequência infernal.

Não cabe a nós julgá-lo pelo seu destino
Do julgamento final de sua decisão
E sim tirar lições dessa tragédia
Para o futuro de nossa imaginação.

Poema: Odair

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

As Invasões Bárbaras


Hoje assisti no Juriscine (um projeto do professor Juliano), um daqueles filmes que nos fazem pensar. E por ser um filme bastante inteligente recomendo aos meus leitores que o assistam para terem as suas próprias conclusões.

As Invasões Bárbaras é daqueles filmes que possibilitam uma série de leituras. Por exemplo: o antiamericanismo, a eutanasia, a globalização, corrupção, sindicatos, saúde pública, religiosidade, holocausto indígena entre outros temas interessantes.

Os diálogos são ricos em argumentos sobre a importância da vida. E nos faz pensar o porque só valorizamos a vida na hora da morte. Minha dica é a seguinte: eis ai um filme que você deva assistir antes da morte!