quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Sinal do Apocalipse na Cidade de Cáceres



Sufocante nuvem de fumaça cobre a cidade
Em dias de intenso calor
As chuvas de outrora deixam imensa saudade
Nas vidas atingidas pelo sol abrasador.

Um lamento sentido se ouve nos cantos
Em toda parte por onde caminhamos
Um lamento de quem perdeu os encantos
Da primavera que sonhamos.

O fogo dilacera os cerrados secos
Sem notar sua agonia terrível
O desmatamento de outrora intrínsecos
É a causa desse calor horrível.

A natureza reclama os abusos
De pessoas que não pensaram direito
Na ânsia destrutiva de seus usos
Não teve com ela nenhum respeito.

Agora o calor sufocante dos dias
Provoca enorme desespero na população
Que não encontram mais nostalgias
Para acalmar sua longa aflição.

Poema: Odair

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A serpente e o cavalo



Estava em um lugar nebuloso. Cheio de árvores esparsas em meio um vasto cerrado. Olhei para todos os lados e não sabia qual direção tomar. Na verdade, nem sabia como tinha ido parar naquele lugar. Um medo terrível tomou conta de mim. O sol escaldante queimava a minha cabeça e ofuscava a minha visão. Almejava a minha salvação que não aparecia nunca.
Estava absorto em meus temores quando a avistei. Seus olhos eram tenebrosos e foi à primeira coisa que vi. Ela, aos poucos foi saindo da toca. Era enorme e assustadora. De cor cinzenta. Seu contorno era aterrorizante e um temor apoderou-se de mim. Eu precisava correr. Mas não teria condição de fugir dela correndo a pé. Seu olhar ameaçador fixou-se sobre mim e me fez entender que a qualquer momento ela daria o bote certeiro e fulminante que acabaria com minha vida. Vida que seria dilacerada em um momento. 
Foi quando avistei, logo ali na frente, aquele belo cavalo. Negro da cor da noite mais escura ele pastava tranquilamente alheio à presença da víbora. Cavalguei-o e nem precisei esporeá-lo para que cavalgasse como um raio pela planície. Foi uma perseguição alucinante pela esplanada e uma fuga espetacular. Olhei para trás e vi a enorme serpente ficando a distância. Meu coração acelerado era o retrato do medo pelo qual passei. O cavalo parou ao entrar em um enorme jardim cheio de flores. Flores lindas e perfumadas. Eram muitas mesmo que até sumiam das vistas.
Nesse instante eu acordei. O que significa não sei, mas esse foi o sonho que tive essa noite.

Texto: Odair

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Espelho


No espelho vi o reflexo da ilusão
Que nas asas do vento elevou-se além da visão
De olhos que não viram a esperança.

Sonhos de uma tarde de primavera
Que a angústia do tempo desfizera
No longo caminho da lembrança.

Lembrança de tempos memoráveis
Que vi seus olhos tão amáveis
Preencher o vazio do meu coração.

Lembrança que me fez navegar
Os mares ocultos de seu olhar
E viver com você uma grande paixão.

A imagem refletida no espelho
Não passa de um espectro vermelho
Que vive a atormentar meus pensamentos.

Sou a imagem do incompreensível
De momentos que fui tão sensível
Ao revelar a você meus sentimentos.

Poema: Odair

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Curso História e Cinema...1ª Semana

O Curso de Extensão: História e Cinema teve seu início neste sábado e foi muito proveitoso para os participantes inscritos no Curso.


As turmas foram divididas em duas salas e na sala I assistiram e comentaram o filme Cruzada enquanto na sala II os inscritos assistiram e comentaram o filme Colateral.
A questão principal em Cruzada era de cunho religioso. Até que ponto respeitamos a crença alheia?


Já em Colateral a questão pertinente foi de cunho cultural. Até que ponto as pessoas ao nosso lado são importantes?
No geral a primeira semana foi um sucesso com uma turma bem participativa.

Texto: Odair
Fotos: Odair