segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Os 3 últimos desejos de Alexandre, o Grande:

Os 3 últimos desejos de Alexandre, o Grande:

1 - Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;
2 - Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistado como prata , ouro, e pedras preciosas ;
3 - Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.

Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões desses pedidos e ele explicou:
"Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;
Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados,aqui permanecem;
Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos
".
Alexandre, o Grande, percebeu no fim de sua vida que o mais importante na vida é o verdadeiro amor.

Fonte: http://essenciasparaavida.blogspot.com

domingo, 21 de novembro de 2010

Nos fundos de um cemitério



Eu não sabia o que pensar. Minha vida estava sendo um pesadelo. O que mais me magoava era o desepero em ver que boa parte daquela situação era culpa minha. Eu nunca tive paciência em lidar com esse tipo de situação.

A mulher com a qual passei a viver junto tinha pouco mais de quinze anos. Era ainda uma menina. Agora, depois de cinco anos juntos, ela tinha duas crianças pequenas e indefesas. Nossas brigas constantes fizeram com que nos separássemos. Depois de cinco meses longe dela resolvi ver as crianças.

O menino correu. Correu ao me ver para os braços da mãe. Correu de mim. Que animal me tornei? O que dizem sobre mim? O olhar aterrorizante do pequeno denunciava um medo. Minha alma tornou-se em um espectro. Já não sei mais quem sou.

O encontro não foi tão mal assim. Olhei nos olhos daquela que era a mãe dos meus filhos. Queria descobrir algo. Eles me negaram qualquer resposta. Nada. Apenas um silêncio sepucral existia neles. Com uma tranquilidade imensa pedi a ela que pegasse as duas crianças e viesse comigo para uma volta na cidade. Eu estava com a caminhonete do patrão.

Parei nas proximidades do cemitério São Miguel. Cercado de mato era quase impossível encontrar ali uma alma vivente. Por alguns instantes olhei para o infinito. Ao meu lado estava minha mulher e meus dois filhos. A menina ainda buscava o alimento no seio da mãe. O menino, maiorzinho, me olhava ainda assustado.

Abri o porta-luvas do carro e peguei uma arma que estava ali dentro. Virei-me para eles e comentei: - Vou matar você e essas duas crianças. – Não sabia o que faria depois. Provavelmente me mataria também.

Os olhos negros daquela mulher refletiu a calma. Não existiam neles o pavor da morte. Quem sabe talvez essa seria a melhor saida naquele momento. O sofrimento reinava na alma de ambos. A reação dela me imobilizou completamente. Não havia o que fazer.

Guardei a arma de volta no porta-luvas e voltamos a viver juntos.

Texto: Odair

sábado, 20 de novembro de 2010

Ser Negro



Quem um dia inventou a história
De que a cor negra era uma maldição
De que foi o castigo imposto a Caim
E o flagelo destinado a Cão?

Quem um dia inventou a história
De que o negro tinha que ser escravos
Para satisfazer interesses de senhores
Que se consideravam os bravos?

Por que mesmo em nossos dias
Onde nos encontramos tão civilizados
O racismo e preconceito insiste em existir
Mesmo que de modos velados.

Por que insistem em afirmar
Que a coisa tá preta no ruim momento?
E definem uma cor para as coisas más
Fixando isso no pensamento.

Consciência negra é para reflexão
Dos nossos atos e ideologia
Somos todos iguais nesta vida
E devemos viver em harmonia.

Ser Negro é ser humano
Com um carinho profundo
Tem uma vida em nada diferente
Das outras raças do mundo.

Poema: Odair

sábado, 13 de novembro de 2010

13.505 dias de vida


Se acreditasse em numerologia ia dizer que eu, neste momento, ou seria muito sortudo ou muito azarento. Hoje completo 13.505 dias de vida. Estou fazendo 37 anos, logo eu que nasci em 1973, isto é, 37 ao contrário. Hoje é 13 de novembro de 2010. Pois bem, como não acredito em numerologia tudo isso é só mera especulação.
O que importa mesmo é que completo meus 37 anos realizando um sonho. A publicação do meu livro. Agradeço a Deus pelo talento, pela paciência e, principalmente, pela perseverança em acreditar que isso seria possível.
O Sorriso e a Lágima é o meu maior presente desse dia.

Texto: Odair

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Farrapos Humanos



Olhos vermelhos e inchados
Veias perfuradas pelas agulhas
Sonhos desfeitos na madrugada
Vidas que choram de dor
E causam lágrimas de outras pessoas.

Mais uma casa arrombada
Para satisfazer a ânsia de um larápio
Objetos levados por mãos sorrateiras
Vidas que roubam objetos
Mas, roubam à paz de outras pessoas.

Olhos de crianças a mendigar
Além do pão, um carinho,
De um pai dominado pelo álcool
Vidas que sofrem a ausência
De outras vidas que as deveriam amar.

Mostram pernas e peitos nas avenidas
Acenam e dialogam com os transeuntes
Na esperança de fazerem o sexo ali mesmo
Vidas que sonham com o amor verdadeiro
E que destroem relacionamentos.

Não pestanejam em puxar o gatilho
Ceifam a existência que o Criador ofereceu
Por motivos banais e financeiros
Vidas que não pensam no próximo
E que assolam famílias inteiras.

Passam o dia todo bebendo
Fazem festa por qualquer coisa
E a noite dá continuidade às estripulias
Vidas que não pensam no futuro
E deixam outras vidas dependentes.

Farrapos humanos
Esses personagens descritos
Vidas que vegetam na sociedade
Não sabem o que é sentimento
Passam pela vida, não vivem...

Poema: Odair

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Cinema e História – Análises.

Aproveitei o feriado prolongado para assistir alguns dos meus filmes que estavam acumulados aqui na minha estante esperando uma oportunidade dessas. Confesso que não foi uma tarefa fácil pelo fato de ter muitos filmes e o tempo ser curto. Então parti para a escolha. Assisti cerca de dez filmes nesses cinco dias e comento alguns que me fizeram raciocinar um pouco.


Destaco “O Barão Vermelho” que conta a história do piloto alemão “Ás” da aviação que lutou na 1ª Guerra Mundial. Destaque para a cena em que ele, após ser promovido a comandante geral do comando aéreo el não aceita e diz para o alto comandante das forças alemãs que a causa alemã não era diferente da francesa ou britânica.

“Três Homens em Conflito” é um clássico do faroeste que ainda não havia assistido. Fiquei fascinado ao ver cenas de batalhas da Guerra Cívil Americana. O filme é muito bem produzido e, na minha opinião, quase se aproxima de Era Uma Vez no Oeste.

Outro filme que deixou em mim uma ótima impressão foi “Fargo”. A questão existencial da ambição pelo dinheiro e o que o amor a ele é capaz de fazer no ser humano é um prato cheio para a reflexão. No final todos se arruinam e ninguém acaba ficando com o dinheiro. A fotografia do filme e a paisagem branca da neve é um fator essencial no filme. Muito bom.

Outro destaque dos filmes que assisti vai para “Kasemusha, A Sombra do Samurai” filme japonês de Akira Kurosawa que conta a história da guerra civil entre 1572 a 1575 e a luta de três clâs pelo poder. O filme é uma maravilha. A história é fantástica e os diálogos são interessantissímos.

Além desses assisti outros filmes que também são interessantíssimos como “Falcões da Noite” de 1981 um retorno as minhas lembranças da infância; “Tubarão II”; “7 homens e um destino”; “Independence Day” e o terrivelmente ridículo “Piranha”. Esse último é lançamento de 2010 e mostra o quanto a criatividade do cinema está indo por água abaixo. Ridículo o filme.

Por fim, saliento que foi um feriado proveitoso no sentido em que um pouco mais de cultura foi acrescentado aos meus estudos sobre História e Cinema.

Texto: Odair

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Stone Halls e o juramento



Correram como nunca naquele dia e pararam embaixo de uma enorme figueira para descansarem do sol. Queriam chegar logo no rio para tomarem banho. Ofegantes e sorridentes sentaram nas enormes raizes da árvore. Olharam um para os outros e buscavam entender o que significavam aquela amizade.

Eram quatro garotos na faixa de doze e treze anos cheios de sonhos e fantasias. Moravam na pequena cidade no interior de Mato Grosso nos anos oitenta. A vida passava devagar e os acontecimentos eram monôtonos ao extremo. Stone Halls era bastante sonhador e já rascunhava seus sonhos no seu caderno escolar. Naquela tarde um dos garotos teve a idéia de fazer um juramento.

- Juramento?

- Sim. Vamos fazer um juramento de sermos amigos por toda a nossa vida aconteça o que acontecer.

- Você é maluco? De onde tirou essa idéia?

- Não somos amigos?

- Sim. Somos amigos. Mas o que tem isso a ver com um juramento?

- Então vamos fazer um pacto de mantermos nossa amizade por toda a vida. Quando ficarmos grandes e acontecer alguma coisa com um de nós os outros vão ajudar.

- Larga mão de ser besta. Não precisa fazer juramento para isso. Nossa amizade vai sempre estar presente em nossas vidas e ajudaremos uns aos outros quando precisar.

- Quer saber – interrompeu um terceiro – eu vou é para o rio. Vocês tem cada idéia louca.

Continuaram sua correria em direção ao rio. Passaram a tarde nadando e se divertindo nas águas vermelhas do Rio Branco.

Stone Halls hoje se lembra, passados mais de vinte anos, que os amigos daquela tarde estão dispersos pelo mundo. Quase nada se sabe sobre suas vidas e seus pensamentos. Um amizade perdida no tempo. Um juramento que não aconteceu.

Texto: Odair