quarta-feira, 28 de abril de 2010

A Metamorfose


A leitura é uma das melhores coisas que pode influenciar a vida do ser humano. Não são poucas as experiências de livros que nos mostram alguma visão diferente daquilo que costumamos pensar. Eis alguns que sugiro como forma de libertação para o conhecimento.

"Quando Gregor Samsa despertou uma manhã na sua cama de sonhos inquietos, viu-se metamorfoseado num monstruoso inseto".
É deste modo que Kafka inicia a história de Gregor Samsa, um caixeiro-viajante "obrigado" que deixou de ter vida própria para suportar financeiramente todas as despesas de casa. Numa manhã, ao acordar para o trabalho, Gregor vê que se transformou num inseto horrível com um "dorso duro e inúmeras patas". A princípio, as suas preocupações passam por pensamentos práticos relacionados com a sua metamorfose. Depois, as preocupações passam para um estado mais psicológico e até mesmo sentimental. Gregor sente-se magoado pela repulsa dos pais perante a sua metamorfose. Apenas a irmã se digna a levar-lhe a alimentação, mas mesmo assim a repulsa e o medo também começam a se manifestar. A metamorfose de Gregor vai além da modificação física. É sobretudo uma alteração de comportamentos, atitudes, sentimentos e opiniões.
Vale a pena ler.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Dando Valor



Hoje recebi um texto que achei importante compartilhar com meus leitores. Boa Reflexão!

O dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua:

- Sr. Bilac estou precisando vender o meu sítio, que o senhor tão bem conhece. Será que o senhor poderia redigir o anúncio para o jornal?

Olavo Bilac apanhou o papel escreveu:

“Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortadas por cristalinas e marejantes águam de um ribeirão. A casa banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranqüila das tardes, na varanda”.

Meses depois, topa o poeta com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio.

- Nem pense mais nisso, disse o homem. Quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha!

Às vezes, não descobrimos as coisas boas que temos conosco e vamos longe atrás da miragem de falsos tesouros. Valorize o que você tem os amigos que estão perto de você, o emprego que Deus lhe deu, o conhecimento que você adquiriu, a sua saúde, o sorriso do seu filho. Esses são os seus verdadeiros tesouros!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

As razões de me tornar um criminoso



Minha vida era tranqüila até aquele dia. Passado-se trinta e cinco anos de construção de uma vida, de labuta para conseguir construir um projeto de futuro. Com muito trabalho consegui construir uma bela casa para os meus filhos, comprar um carro novo e ter uma boa conta bancaria.

No entanto, um fatídico dia e tudo vieram abaixo. Meu vizinho, sem que eu soubesse, envolveu-se em processos ilícitos e usou os meus documentos para realização de tal façanha. A justiça caiu sobre mim como as aves de rapina caem sobre suas presas e confiscaram meus bens. Do dia para a noite tudo aquilo que tinha foi levado. Meus filhos já não tinham uma casa, não tinham dinheiro e não tinham o apoio da sociedade.

Reduzido à indigência e no desespero dessa situação cometi o crime. Aquele infeliz que tirou tudo que construí na vida, meus sonhos e meu futuro, agora jaz sob sete palmos de terra. Não tenho mais nada, não tenho família, não tenho paz e nem expectativa de futuro. O Estado conseguiu fazer um novo criminoso.

Texto: Odair

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Preciso me inserir nessa sujeira?



Porque ficar estático diante da falta de criatividade dos acadêmicos que se acham no direito de sujar outras pessoas? O círculo vicioso que percorrem os ideais de quem foi atingido (ou tingido) quando entrou na universidade impõe o desejo de fazer com o próximo o que foi feito com ele.

Quero considerar alguns pontos diante do que acho ser uma grande falta de sensibilidade da pequena parcela de “intelectuais” que adentram as nossas universidades e que pode ser contemplada nessas duas semanas aqui nos corredores da UNEMAT.

Primeiro é uma indagação no sentido do aproveitamento intelectual que os aplicadores de trotes adquirem quando fazem isso. Fico pensando no quanto eles aprendem de um semestre para o outro. Em vez de inovarem nos trotes, simplesmente vemos uma cópia barata de outros trotes. Em vez de progredirem eles regridem.

Segundo é como as leis ai impostas conseguem ser burladas e as punições ficam só na falácia. Talvez porque os próprios legisladores se divertem vendo os trotes.

Terceiro é a incompreensão de como alguns calouros esperam ansiosamente pela lata de tinta ou pela oportunidade de ir para as ruas pedir dinheiro. Para alguns, se isso não acontecer é como se eles não estivessem na universidade. Uma mediocridade só.

Por fim, quero salientar o sentimento de incapacidade diante de tais eventos. Cordão humano, tinta e coleta de dinheiro nos semáforos não representam à cultura de futuros advogados, médicos, enfermeiras, etc. Creio que dentre a pequena parcela da população que conseguem entrar na universidade existem um número bem mais reduzido de pessoas que serão brilhantes. Enfim, como já questionei várias vezes aqui neste espaço. Ela está presente até mesmo na UNEMAT: quem é ela? A MEDIOCRIDADE.

Texto: Odair