terça-feira, 27 de março de 2012

A Fonte da Donzela - Um ensaio



A vida do ser humano, ao longo de toda história da humanidade, é cercada de perguntas e questionamentos sobre sua existência. A Filosofia e a ciência tentam, de formas diversificadas, responderem as questões que perpassam as mentes em todos os povos e lugares do planeta. Fé e Razão se contrapõem em diferentes vertentes mas se preocupam em dar uma explicação lógica para os anseios da humanidade. Esse questionamento existencial é tema recorrente nos filmes dirigidos por Ingmar Bergman.

Em A Fonte da Donzela, não é diferente. Um dos filmes mais cultos da história do cinema e de uma beleza espetacular traz a história de uma família cristã que tem sua filha “virgem” estuprada por pastores de cabras.

Um drama ambientado na Idade Média, mas que, de forma bem clara, traduzem sentimentos e fatos corriqueiros do século XXI. Basta dar um clique nos noticiários de hoje em dia para vermos cenas de violência nas grandes e pequenas cidades. Relatos de cruéis assassinatos, estupros e crimes hediondos fazem parte do cotidiano das pessoas. E, em boa parte deles, há o eterno questionamento de onde está Deus nessas horas. Parece que as grandes tragédias acontecem justamente naquelas famílias mais devotas. O sofrimento bate a porta daqueles que são íntegros. Um pai de família que tem sua filha violentada quando retorna da escola ou que tem seu filho morto por um atropelamento quando retorna do trabalho.

Uma obra prima de Bergman que nos faz pensar a questão da dualidade do Bem e do Mal. Nos faz pensar porque as tragédias acontecem e qual seria a nossa reação se acontecesse conosco. No filme, o pai de família ao saber da morte da filha e ter em seu recinto os assassinos da mesma não titubeia. Faz um ritual de penitencia bem elaborado e mata um por um dos estupradores da filha. Até mesmo um menino que era inocente de praticar o ato. Talvez o mesmo tenha morrido por não revelar a verdade. A vingança é cruel assim como o estupro e assassinato da jovem.

A dualidade dos deuses apresentado no filme também nos apresenta algo para refletir. A diferente abordagem do Deus que servimos. Onde está o Bem? A desafiadora pergunta com os braços erguidos ao céu: onde estavas que não interviste nessa crueldade? Se somos devotos porque acontece o Mal em nossa família?

Por fim, o filme tem diversas possibilidades de reflexão. Cada vez que o assistimos temos uma nova descoberta. Um novo olhar pode ser visualizado e novas reflexões discutidas. Essa é a grande sacada desse filme sensacional.

Texto: Odair

sexta-feira, 16 de março de 2012

Um Crime de Paixão



Neste sábado temos a segunda apresentação no IV Curso de Extensão em História e Cinema. Na oportunidade estaremos apresentando o filme Um Crime de Paixão e vamos discutir questões relacionadas a Idade Média e o pensamento Medieval.

Sinopse

Na Inglaterra, em plena Idade Média, um monge (Paul Bettany) quebra seu voto de castidade e é alvo da ira do bispo local. Tomado por culpa e remorso, ele foge e, na estrada, testemunha o assassinato de um ator, integrante de uma trupe ambulante. O monge passa a ocupar o lugar da vítima, e o grupo continua viajando de cidade em cidade. Até chegar a um vilarejo no qual uma mulher surda-muda (Marián Aguilera) está sendo acusada de bruxaria e é condenada pela morte de um jovem. Ao decidirem encenar o crime, os atores descobrem que a jovem é inocente. Chegou a hora de o monge se redimir de seus pecados através do próprio sacrifício. Com um clima sombrio e uma história forte, o filme promete segurar a tensão do começo ao fim, além de contar com boas atuações de seu elenco de respeito, que inclui Willem Dafoe (A Sombra do Vampiro) e Paul Bettany (O Mestre dos Mares) nos papéis principais. Juntam-se a eles rostos conhecidos de produções européias de sucesso, como Vincent Cassel (Irreversível), Ewen Bremner (Trainspoting) e Brian Cox (Tróia).

Aguardamos a presença de todos os inscritos no Projeto.

Att. Odair.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Mulher - Uma homenagem ao dia Internacional da Mulher



Quão preciosa é a nossa vista
Exuberante, bela e sedutora.
Luz que ilumina nossa alma
Na vida és sempre batalhadora.

Não existem palavras que possam
Enaltecer o seu sublime ser
Pois, você é a razão da minha vida
É o motivo por qual amo viver.

Seu olhar misterioso e encantador
Seu sorriso lindo e sedutor
Transformam as tristezas da vida
Em alegrias da nossa lida.

Como não sentir felicidade
Depois de ver o seu lindo olhar
Ou não matar toda saudade
Depois de seu sorriso contemplar?

Mulher, tu és especial
Suspira por ti meu coração
E, nessas palavras, minha homenagem
A quem sempre nos acende a paixão.

Poema: Odair