sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Colateral



Colateral no sentido estrito da palavra é quem está do lado e numa direção aproximadamente paralela. E ai posso pensar qualquer coisa e tudo é válido nos meus questionamentos. Pergunto-me sobre o trabalho e penso, consequentemente, nas mudanças que o mesmo exerce na vida das pessoas. Qual o trabalho mais importante para o homem? O trabalho realmente dignifica o ser humano? Nosso esforço é melhor do que o esforço de uma formiga ou uma abelha? Os escravos que carregaram enormes blocos de pedras para construirem as pirâmides do Egito são menos importantes que os Faraós que nelas foram sepultados?

Pois bem, antes de me alongar nessas inumeras perguntas sem respostas plausíveis, deixe-me situar o leitor sobre minhas indagações. Todo esse questionamento perpassaram minha mente nas aulas de Sociologia (Trabalho) e nas de Filosofia (Poder e Estado) com as articulações sobre Liberdade. Como se fossem frutas jogadas dentro de um liquidificador e misturada ao leite que me produzissem um suco delicioso de sabores diversos. Uma viagem.

Não tenho a conta exata de quantas vezes assisti o filme Colateral e, cada vez que o assisto, descubro coisas novas. Dessa vez analisei-o dentro da ótica do trabalho.

Qual trabalho é o mais importante? Taxista, Policial, Promotor ou Matador de Aluguel? Dentro da conotação capitalista poderia inverter a pergunta e indagar qual desses trabalhos apresentados no filme é o mais rentável? Difícil é responder essas questões, uma vez que as habilidades e as escolhas nem sempre são fáceis de serem tomadas. O que importa, realmente, são os sonhos das pessoas. É interessante os questionamentos que Vincent (o Matador de Aluguel) faz a Max (Taxista) a todo instante. Suas incursões pelo subconsciente do trabalhador é algo a ser pensado. Por que trabalha a noite? Porque o trânsito é menos estressante e as gorjetas são melhores, entre outras coisas. Sempre vamos estar pensando no melhor para nós.

Quando pensamos no Estado pensamos que o mesmo deveria dar proteção as testemunhas que são assassinadas por Vincent e, então, percebemos que o Estado é incapaz de proteger seus cidadãos. Liberdade? Onde existe liberdade? Max é uma prova cabal do quanto somos reféns dessa tal liberdade. Podemos pensar na sua situação ao descobrir que seu passageiro é um assassino profissional. Qual decisão tomar?

Por último, penso no Poder. Poder que é exercido em todos os lugares. Quem tem o poder de controlar sua vida? Somos capazes dessa potência? E, até que ponto somos controlado pelo poder do Estado?

Essas e outras questões devem ser problematizadas a partir da leitura e analise de Colateral.

Texto: Odair

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Inimigo do Estado: Temos ou não temos Liberdade?



A pergunta que fiz hoje era a seguinte: no Estado em que vivemos temos liberdade? Pode parecer uma pergunta desconexa na atual conjuntura em que vivemos. No entanto, o objetivo era fazer uma reflexão sobre Trabalho, Poder e Estado. Uma mescla de Filosofia e Sociologia. As respostas, na sua maioria muito boas me fez rever alguns conceitos fundamentais. Primeiro que não importa se minha resposta seja sim ou não. A pergunta é muito complexa e a verdade, neste caso, relativa. Para Hegel liberdade não é poder fazer o que se quer fazer, sem limitações, mas sim agir de acordo com princípios de validade universal e, assim promovê-los. Ainda de acordo com o filósofo o Estado é a mais cabal expressão da racionalidade.

Partindo desse pressuposto, a indagação sobre se temos ou não liberdade no Estado em que vivemos me veio a mente o filme Inimigo do Estado. Na trama, percebemos claramente que somos vigiados e controlados pelo Estado que tenta a todo custo ter o controle das pessoas. Nesse sentido as perguntas se desdobram: Se somos livres por que temos que cumprir as leis? Por que não podemos fazer as coisas da forma que pensamos? Por que todo um controle estatal nas ações que fazemos? E as perguntas poderiam partir para outros princípios tais como: se não sou livre por que não faço uma revolução? Por que permanecemos presos ao sistema que nos prende? As perguntas estão expostas e as respostas cabe a cada cidadão que tem a capacidade de pensar.

O meu desdobramento sobre o tema de Poder, Estado também perpassa o Trabalho. Afinal, o objetivo final do ser humano (capitalista) é a realização do sonho de ter uma vida feliz e construir algo para deixar à posteridade. Qual o sentido de Trabalho nos dias atuais? Será que o Trabalho faz parte do poder do Estado?

Assistam o filme, leia Hegel e Marx e tente responder essas questões.

Texto: Odair