quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Superman e a felicidade aristotélica



“Superman, o avô de todos os super-heróis, é uma instituição cultural. Até os intelectuais mais elitistas e isolados já tiveram contato suficiente com cultura popular para conhecer o Homem-de-Aço e saber o que ele representa. Ele trava uma “batalha sem-fim” pela verdade, pela justiça, e – com o mesmo entusiasmo após todos esse anos, embora ninguém mais saiba como definir isso – pelo “jeito americano, ou o american way. Conseqüentemente, ele é o máximo que a cultura ocidental consegue visualizar de um campeão que é o epítome do altruísmo. A mais verdadeira afirmação acerca do Superman que podemos fazer é que ele invariavelmente coloca as necessidades dos outros em primeiro lugar. Coloca mesmo?” (Mark Waid)

Se Kal-El chegasse na nossa atual Terra, nas condições em que nos encontramos, onde nada sequer se assemelha aos mais remoto ponto de vista contemporâneo de heroísmo, como ele iria crescer? Ele seguiria o caminho altruísta que escolheu anteriormente? Sendo ele um homem que poderia ter o que quisesse, ele iria realmente passar mais da metade do seu tempo protegendo, cuidando dos outros?

“…Como você sabe, sou um grande fã de quadrinhos. Especialmente os de super-heróis. Acho a mitologia dos super-heróis fascinante. Por exemplo, meu herói favorito, o Superman. Não é uma grande HQ, nem é tão bem desenhado. Mas a mitologia não é só genial, ela é única. 

Todo mito de super-heróis tem o herói e seu alter ego, Batman é Bruce Wayne, o Homem-Aranha é Peter Parker. Quando ele acorda pela manhã, ele é Peter Parker, ele precisa pôr um uniforme para virar o Homem-Aranha. E nesse quesito o Superman se diferencia dos demais. 

O Superman não virou Superman, ele nasceu Superman. Quando ele acorda de manhã ele é o Superman, o alter ego dele é o Clark Kent. Seu uniforme com o “S” vermelho, é o cobertor no qual os Kent enrolaram o bebê quando o acharam, é a roupa dele. 

O que Kent usa, os óculos, o terno, é um disfarce que o Superman usa para se passar por um de nós. Clark Kent é como o Superman nos vê, e quais são as características de Clark Kent? Ele é fraco, é inseguro e covarde. Clark Kent é uma crítica do Superman à raça humana…”
(Bill em Kill Bill Vol. 2)

O filósofo Aristóteles quando começou a explorar o que é viver com excelência pretendia descobrir a raiz da felicidade. O Superman, a seu modo, descobriu a mesma relação.

Sim, o Superman sempre ajuda quem está em perigo, por causa de um dever moral superior, faz isso porque seus instintos naturais e a sua formação no centro-oeste americano o induzem a tomar essas atitudes altruístas, porém há uma quantidade saudável de satisfazer seus desejos. O Superman ao ajudar a humanidade está ajudando a si mesmo, quando ele ajuda alguém que o faz poder exercer sua capacidade na plenitude, ele se sente realizado.

Para finalizar este artigo, a afirmação do escritor Mark Waid consegue passar toda a ideologia e definir toda a mitologia do herói em poucas palavras:

“Quando eu acreditava que nada mais tinha a aprender de um simples herói de minha infância, o Superman revela-se a mim como uma ferramenta por meio da qual eu posso examinar o equilíbrio entre altruísmo e auto-interesse em minha vida, que é uma lição tão valiosa quanto as que ele me ensinou anos atrás. Realmente, a batalha dele não termina.” 

Para o alto e avante!

Veja os textos na íntegra em
http://ambrosia.virgula.uol.com.br/superman-um-olhar-filosofico-sobre-o-mais-iconico-heroi/

e Revista Mundo dos Super Heróis nº 58.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Dia do Historiador



O poeta pode contar ou cantar as coisas, não como foram mas como deviam ser; e o historiador há-de escrevê-las, não como deviam ser e sim como foram, sem acrescentar ou tirar nada à verdade. 

Miguel de Cervantes

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Guardiões da Galáxia



O cinema tem o poder de encantar. Quando menos o esperamos nos surpreende. Aprendi com o passar do tempo que quando temos muita expectativa com um filme ele pode não ser tudo aquilo que imaginamos e, em outras situações, aquele que não esperamos muita coisa é o que nos surpreende e nos encanta. Foi o que aconteceu com Guardiões da Galáxia.

Como o grupo de heróis da Marvel não é tão conhecido como Os Vingadores, não esperava muita coisa. No entanto, o filme, no meu ponto de vista, ficou muito bom. As cenas de batalhas no espaço (com explosões e tudo) são fantásticas e a luta pelo domínio do universo é espetacular. Ver Thanos assim tão de perto é muito legal. E como não se lembrar da famosa frase que mudará a forma de ouvir o cinema: Eu sou Groot! Muito legal.

Deixo minha impressão sobre o filme e recomendo tanto para os fãs da Marvel como para os leigos em heróis dos quadrinhos. Texto: Odair

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Uma carta de Tiradentes



Caro Joaquim Silvério,

Tenho o desânimo em lhe dizer que sua delação foi uma tremenda covardia. Pensava eu que o nome de alguém deveria ser uma virtude, e hoje vejo que de nada disso se trata.

O senhor sendo um coronel, e como a maioria dos inconfidentes; donos de terras porém falidos pelos altos impostos, deveria estar insatisfeito com a Coroa Portuguesa assim como os inconfidentes. Os quais de bom grado lhe chamaram a participar da “revolta”, mas o senhor a viu com maus olhos e com intenções trocadas. No entanto meu xará, sei que foi mais fácil nos dedar para as autoridades em troca do perdão de suas dívidas para com a Fazenda Real, ao invés de se unir à nós e ir a luta por nossas propriedades! Bom, nossas não, pois nunca fui dono de terra, apenas meu pai tinha uma fazenda, mas minha família logo a perdeu devido a morte prematura dos meus pais.

Já que o senhor não possui alcunhas como a minha, devo lhe explicar por que não confundem nossos nomes: meu tio era cirurgião dentista, e quando meus pais morreram eu fui morar com ele, e acabei por atuar como ajudante dele para a extração de molares e caninos.

Mas voltando ao mérito principal desta carta, queria lhe dizer que seu ato não foi de honra e que a população não o vê como um héroi, mas a mim sim! E bem sabem os motivos. E os inconfidentes serão no futuro tão aclamados e bradados, que nossa bandeira poderá ser de uma província ou uma nova nação, não por serem todos donos de terras e mandantes do estado pela economia agricultora, mas pelo bem que fizeram por essa terra! Deixo nessa carta meu abraço e meus pêsames para o senhor que não acredita no futuro livre de nossa colônia.

Políticamente não o perdôo, mas pessoalmente sim, pois vejo que o senhor não entende a grandeza do que estamos a fazer.

Atenciosamente,
Joaquim José da Silva Xavier.

Carta Escrita pelo aluno Giordano Bruno na aula de História - 3ª Série do E. M - CNEC, Sinop - MT