sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Análise Sociológica do Filme "PARASITA"


Por Alessandro Gomes de Arruda Filho 

O filme "Parasita" é o primeiro filme sul-coreano a garantir o Oscar em toda história, constituído por drama e comédia. Mas ao longo das cenas, é notável um suspense de acordo com o desenrolar do filme... O filme conta a história de uma família pobre, sem condições de possuir rede wi-fi em casa e mesmo assim, eles utilizam do vizinho, mas quando trocam a senha... A família faz de tudo para conseguir essa senha e procuram sinal de todas as maneiras possíveis, a família completamente desempregada, está em crise e precisa urgentemente de dinheiro, e isso é a realidade das desigualdades econômicas que envolve nessa região.

Conforme o desenvolvimento da narrativa a família pobre faz um plano para se infiltrar na casa da família Park (que é o oposto da família Kim), e eles fazem de tudo para tirar as pessoas que trabalham na casa para a família inteira ter um emprego, Ki-woo vai ensinar inglês para Da-hye (filha de Sr.Park), e eles se apaixonam, a filha Ki-jeong infiltra na casa como uma suposta terapeuta da arte e julga o desenho feito por Da-song como esquizofrenia, e isso choca a mãe de Da-song, fazendo com que ela contrate Ki-jung (Jessica). Seguindo esses planos, entra o pai como motorista, Ki-jung deixa sua calcinha no carro do antigo motorista e faz ele ser demitido, mas o Sr.Park não faz a menor ideia do motivo, o plano da família Kim é perfeito, a mãe se infiltrou no lugar da governanta Moon-Gwang (que possui alergia a pêssegos), ela é uma personagem bastante importante para a história, mas os telespectadores só se tocam nisso no meio do filme, o plano da família Kim foi perfeito utilizando o pêssego para retirar a governanta do lugar e substituir pela mãe (Choong-sook) e dizendo que ela tem tuberculose, isso é um plano fantástico para uma família pobre não é mesmo?

Isso chama atenção, eles não mereciam essa condição de vida, mas tudo isso que fizeram, fazer com que pessoas inocentes percam o emprego, é totalmente uma falta de respeito e ética, quando eles ficaram sozinhos na casa e a família Park foi para o acampamento, a antiga governanta aparece na casa querendo pegar algo que está no porão, mas esse porão não era bem um porão... havia uma passagem secreta que nem a família Park sabia dessa existência e lá morava o marido da governanta por simplesmente 4 anos. Toda família se espanta com esse homem e acabam encurralados caindo na passagem secreta, chamaram atenção da governanta e abriram a boca na hora errada, fazendo isso, a antiga governanta descobriu fácil que eles eram uma família e registrou isso no telefone, o fato dela escorregar o dedo e enviar o vídeo para a Yeon-kyo (dona da casa), fariam eles serem despedidos e até presos...

O modo do marido da governanta pensar, é bastante interessante, pois aquele botão pra ele é como um míssil, e esse míssil acaba com a vida da família, essa cena faz uma apologia ao mundo moderno com a tecnologia atual, um aparelho celular pode acabar com uma vida instantaneamente, e ao decorrer do filme, veremos mais e mais críticas. Então eles recuperam o celular após uma briga e a família liga avisando que voltaria em 8 minutos pra casa pois começou a chover e inundou o local. Lembra do diálogo em que Sr.Park disse para Ki-taek sobre a governanta comer por 2 pessoas? É um detalhe bastante interessante que muitos não perceberam, mas ao decorrer do filme, vemos que é literalmente 2 pessoas.

Quando voltam, eles escondem o corpo da governanta e seu marido que estão totalmente nocauteados dentro da passagem secreta. A aflição que o filme causa nessas cenas é fenomenal, como se estivéssemos no filme, quando a família volta pra casa, todos se escondem perfeitamente. Quando a família volta, estão todos escondidos e Sr.Park começa a falar mal do cheiro de Sr.Kim... ele acaba carregando todas essas palavras na cabeça, e ficava cheirando suas roupas, ele não gostou nem um pouco do que ouviu, só foi gerando mais raiva do próprio chefe. Eles escapam da casa, e logo chegam em casa perante ao caos, a chuva, que para os ricos é uma bênção (segundo Yeon-kyo), é a realidade das classes sociais, pessoas ricas ficam felizes com a chuva, mas as pobres sofrem, para os pobres é o verdadeiro caos.

A família Kim foi convidada para uma festa surpresa de Da-song, e o que era pra ser uma festa surpresa, acaba gerando um trauma para Da-song... Choong-sook queria que Ki-jung fosse entregar comida para a governanta e o seu marido, mas ela foi interrompida pela dona da casa e acaba indo ajudar na festa, mas Ki-woo fez o oposto e carregou a suposta "pedra milagrosa" para o subsolo e acaba a derrubando, e quando ele pega a pedra, se depara com uma surpresa, o marido da governanta o enforcou, mas ele acabou escapando mas não por muito tempo, ele cai perto da saída e o marido da governanta pega a pedra e joga na cabeça de Ki-woo, essa cena detalha que a pedra para ki-woo era milagrosa, ele sempre carregava ela nas mãos, e no final ela se concretiza em cima de sua cabeça. A pedra representa a inocência da classe social mais baixa que foram ingênuos valorizando algo que quase tirou a vida do garoto.

Da-song é um garoto escoteiro e pouco aproveitado no filme, ele é um garoto muito esperto, não é a toa que acabou pintando o rosto do suposto fantasma no quadro e acabou fazendo com que os telespectadores acreditassem que era um "auto-retrato", mas não é bem assim, ele entendia código morse e o suposto assassino enviava mensagens de socorro para o garoto. O assassino foi direto para aonde ocorreu a festa e apunhala Ki-jung no coração, e é aonde a festa realmente começa, resumindo, a família Kim acaba com o assassino utilizando um espeto, e quando a Ki-jung é esfaqueada, é notável que todos os ricos fogem sem prestar socorro, eles simplesmente à deixam e o Kim percebe que essas pessoas ricas só pensam nelas mesmas e se acham superiores.

Mas, o que gerou ódio para Kim, foi quando Sr.Park pegou a chave do seu carro e tapou seu nariz por conta do cheiro de Sr.Kim, naquele momento, ele descontou todo ódio na família Park e acabou esfaqueando o próprio chefe, e logo após vem os arrependimentos... Sr.Kim chora lamentando pelo seu chefe, mas por quê? Porque simplesmente Sr.Park não é culpado pela diferença de classes e acaba lamentando pela sua perda.

O final de Parasita jamais será real, sim, Ki-woo teve que fazer cirurgia no cérebro e foi interrogado, mas saiu ileso e logo depois, encontrou seu pai e Ki-jung foi morta como previsto, mas ele encontrou através de código morse, todos os dias ele enviava essa mensagem através do subsolo da casa da família Park, no final, todos acabaram na miséria, e o fato dele ter planejado estudar e ficar rico para comprar a casa, não é nada verídico, isso jamais aconteceria.

A família é pobre, mas vemos a capacidade que cada membro possui, e ainda assim ficavam tentando chegar aos pés dos ricos para se sentirem bem, mas mesmo que alguém se esforce, não há maneiras tão fáceis de mudarem de classe social, isso se chama meritocracia, essa história de que ele estudou, ficou rico e comprou a casa, é apenas imaginação, as coisas não são tão simples, essa é a realidade do nosso mundo, todas as pessoas possuem capacidade, mas sempre são julgadas e mal aproveitadas.

O filme possui diversos detalhes imperceptíveis, é a verdadeira realidade do mundo atual, e analisando toda essa analogia, sempre haverá conflitos entre as diferenças classes, não há maneiras de se salvar, a única opção é a morte.

Texto: Alessandro Gomes de Arruda Filho 
Aula: Sociologia 
Escola Q. I 
Prof. Odair José.

Análise sobre Patrimônio Histórico Cultural de Cáceres


Por Ellen Caroliny Alves de Lima 

A Cidade de Cáceres é lotada de diversos marcos históricos, patrimônio arquitetônico e, puramente, história. O Patrimônio Cultural, formado por seus costumes e tradições, é, infelizmente, desvalorizado e faz pouca diferença aos cidadãos, que ignoram a importância deste conjunto para a construção do que somos hoje, negligenciando o dever do conhecimento (e ainda assim cobrando direitos que, por vezes, mal sabem a finalidade).

Nossa cidade guarda consigo anos de cultura e história. É de suma importância que nos atentemos a estes detalhes e busquemos, cada dia mais, conhecer e compreender as tradições, festividades, palavreado e costumes do lugar onde vivemos. Temos, localmente, museus, lojas e festas que nos apresentam a cultura em sua forma real. Danças que marcam um estilo regional, bebidas, comidas e práticas, como a pescaria. E essa cultura é, também, abrangente em sua forma imaterial: por meio de relatos orais, conhecemos as lendas e os antigos costumes.

Precisamos parar de dizer que nossa cidade possui uma cultura morta (ou que nem a possui, o que seria impossível) e começar a buscar, no nosso cotidiano, elementos marcantes para a compreensão do que fomos e do que somos formados. Abrir os olhos e ouvidos para enxergar e escutar a riqueza que nos cerca.

Texto: Ellen Caroliny Alves de Lima
Aula de Filosofia.
Prof. Odair José.