Acostumamo-nos com as coisas. Temos medo das mudanças e acomodamo-nos passivamente. A vida passa lentamente, às vezes, rapidamente e não notamos o que acontece a nossa volta. Uma folha que cai lentamente de uma árvore qualquer. Um cão que ladra ferozmente pela ameaça que tenta repelir. Uma criança que chora desejando o seio da genitora. Acomodamos-nos com a vida corriqueira. Com o choro sentido de pessoas desoladas. Com as falsas gargalhadas de gente que se acham no direito de zombar de todo mundo. Gente que caminha como se o mundo os pertencesse. São parasitas de um mundo utópico que se arrasta para a solidão.
É preciso parar e refletir sobre o que fazemos de nossa vida. Onde estamos direcionando os nossos ideais e para onde conduzimos nossos passos.
Chega um momento na vida em que precisamos sacudir o mofo da rotina e provocar uma revolução nas estruturas de nossas vidas. Combater o marasmo que sorrateiramente apossa de nossas energias e as suga como sanguessugas destrutivas. Transformar as incertezas em objetivos traçados para uma nova realidade. Acreditar que é possível caminhar novos horizontes e alcançar novos objetivos.
O mofo é ruim. Ele nos tira o sentido da vida. Esconde-nos e não nos deixa viver. Neste momento abalo o mofo da rotina.
Alguém me disse uma vez que "Nada muda enquanto não mudamos por dentro”.
Isso pode parecer que não está relacionado, mas para mim parece que está. Se mudarmos por dentro, então podemos continuar no mesmo emprego, com o mesmo carro, vivendo na mesma casa, com a mesma mulher e nunca a vida será uma rotina. Afinal, a vida de criança só não é uma rotina, pois elas estão a crescer e a vida de adulto torna-se uma rotina quando ele pensa que já não tem mais para crescer.
Texto: Odair
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