Não posso deixar de falar
Mesmo sabendo que palavras não enchem barrigas.
A fome é causa de maior morte
Entre as crianças no mundo
E a falta de nutrição
Corrói os estômagos vazios.
As imagens causam comoção
Os lamentos provacam angústias
E mesmo assim elas continuam sem comer.
Fazem-se apelos mundiais
Para combater esse mal
Mas, as desigualdades sociais,
A cada dia aumenta esse abismo.
Os ricos exploradores ficam mais ricos
Os pobres explorados ficam mais pobres.
Ajudas humanitárias
Não são suficientes para suprir essa lacuna
E as almas inocentes não tem um pão com água
Para saciar o estômago vazio.
O ser humano na sua ambição
Explora as riquezas naturais
Provoca as mazelas sociais
E destrói tudo sem compaixão.
Não há palavras que possam expressar
A dor de um pai
Que não tem condição de dar o alimento
Ao filho que chora sem esperança.
O lamento incontido
De barrigas miseráveis
Ultrapassa os umbrais celestiais
E clamam a Deus por solução.
O ser humano destrói
A natureza que Deus criou
Para suprir seu egoismo
E provoca essa mazela social.
A ciência e a tecnologia
Não pode esse mal sanar
Porque o ser humano
Só pensa nele próprio.
Minhas palavras podem até não saciar essa fome
Mas pode tocar o coração de alguém
Que viveu a vida
Sem olhar para essa situação.
E que essas mãos que só destruiram
Possam oferecer um pouco de pão.
Vi pessoas hoje
No lixo jogando alimentos
Que poderiam saciar a fome de alguém.
Poema: Odair
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