Eis que me deparo com uma indagação na mente. O que vês? Diante de mim está uma cadeira escolar onde uma folha branca repousa silenciosamente. Sobre a folha um pente está estendido. Em círculos estão os alunos que devem responder a pergunta básica sobre o que estão vendo.
Complexo.
Dificuldades surgem na medida em que o tempo passa. Não posso ser óbvio. Tenho que fugir do senso comum. Mas como isso é possível se o que está diante de mim é um pente sobre uma folha de papel em branco que está sobre uma mesa. Penso, logo existo! Então tenho que pensar. O papel em branco pode representar a mente vazia que herdamos ao nascer como afirma alguns. Mas, também, pode representar as ideias que são claras em minha mente.
No entanto, tudo isso não passa de conjecturas. O que importa mesmo é que preciso desenvolver um pensamento sobre algo. O pente pode representar a beleza. Afinal, para que serve o pente? Na verdade, muito mais do que deixar um cabelo mais bem visto pela sociedade. Mais o pente pode, também, representar o consumismo. A necessidade que o ser humano criou em ser dependentes das coisas. O pente pode representar qualquer outro objeto do qual o ser humano moderno não consegue se desvencilhar. Poderia ser, no lugar do pente, um celular.
Tudo bem. Mas, isso também são conjecturas. Pode ser que o pente que está sobre a folha pode até não existir e ser fruto da minha imaginação. Na verdade, tudo isso é vaidade. O certo é que a vida é superior as filosofias ufanistas que nos cercam no dia a dia. Vejo um grupo de pessoas que procuram uma resposta para algo que não é corriqueiro. Respostas para perguntas simples e ao mesmo tempo complexas.
Dificil dizer o que se trata tudo isso. Divagações? Sonhos? Ilusões? Preciso mesmo responder o que os meus olhos vêem? E, assim caminha a humanidade.
Texto: Odair
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