quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Sobre Violência Infantil



O olhar de tristeza rompeu a noite de alegria dos moradores da vila.


Durante dias os maradores haviam preparado as festividades para comemorarem o início das chuvas que possibilitavam o plantio das sementes. Aquele ano foi atípico porque as chuvas demoraram cair. Então quando se formaram as primeiras chuvas e os anciões afirmaram que eram nuvens de chuvas toda a comunidade se regozijou.


Quando cairam as primeiras chuvas toda a comunidade agradeceu aos deuses pela ajuda divina e se prepararam para fazer o plantio das sementes. Durante aquele dia os homens prepararam os festejos da festa enquanto as mulheres preparavam as bebidas. Alguns porcos eram assados numa grande fogueira acesa no pátio da vila. Quando os tambores estavam em ponto serem tocados um dos anciões viu a menina chegando.


Seus olhos pequenos e inocentes refletiam o terror. Um medo assustador pairavam sobre o seu rosto mostrando que coisas terríveis aconteceram com ela. Rapidamente o ancião aproximou-se dela e a segurou pelo braço com ternura. Sua linda criança havia sido cruelmente violentada. Com os olhos em um misto de compaixão e revolta indagou a pequena o que tinha acontecido com ela e quem tinha feito tamanha barbaridade. Os olhos cheios de lágrimas da pequena levantou-se e começou a procurar o seu agressor. Todas as pessoas da comunidade agora estavam ao redor da menina. O ancião tentava, ao acompanhar o olhar da pequena, decifrar o enigma. Não foi possível descobrir. Assustada a menina não delatou o seu agressor. O ancião sabia que ele estava entre eles e que mais cedo ou mais tarde descobriria quem roubou a inocência da pequena flor.

Esta história é uma ficção, mas que tem muita semelhança com a vida real. Estou na campanha contra a violência infantil.

Texto: Odair José.

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