Nas portas de Tebas cairam
Os dois irmãos em uma luta fraticida
Pelo trono tebano lutavam
E por ele perderam a vida.
Eteócles não cumpriu seu trato
De após um ano dar o trono ao irmão
Polinice se refugiou em Argos
E a Tebas veio lutar com razão.
Cumprindo a maldição de seu pai
Os dois morreram ao fio da espada
O sangue jorrou no portão de Tebas
E dessa vida nem um levou nada.
Creonte, o tio dos dois, assumiu o trono
E a Eteócles enterrou com honra
Promulgando um edital contra Polinice
Que o lançava nas profundezas em desonra.
Desafiando ao edito do rei
Em uma prova de amor fraternal
Antígona, irmã de Polinice, resolveu sepultá-lo
Mesmo sabendo das consequências do edito real.
Avisado pelo adivinho Tirésias
De que estava errado em seu julgamento
Creonte condenou Antígona
Sem ligar para o seu sofrimento.
Condenada a ser emparedada
Para aos poucos morrer
Antígona resolveu suicidar-se
Para que não pudesse sofrer.
Ao ver a amada morta
Hêmon, filho do rei Creonte
Também suicida-se de forma cruel
Preferindo não mais ver o horizonte.
Mas, como uma trágedia é pouco
A mulher de Creonte, mãe de Hêmon, Euridice
Em desespero fatal tira sua própria vida
Não dando ouvido a crendice.
No auge de sua arrogância
Creonte rompe a barreira do Direito Natural
Enfrente, então, a revolta dos deuses
E sofre uma consequência infernal.
Não cabe a nós julgá-lo pelo seu destino
Do julgamento final de sua decisão
E sim tirar lições dessa tragédia
Para o futuro de nossa imaginação.
Poema: Odair
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