Se o racismo, faz tempo, deixou de ser aceito como
uma teoria científica, ele continua plenamente atuante,
enquanto ideologia social, na poderosa “teoria do senso
comum”, aquela que age perversamente no silêncio e na
conivência do dia a dia. A escravidão nos legou uma sociedade
autoritária, a qual tratamos de reproduzir em termos
modernos. Uma sociedade acostumada com hierarquias
de mando, que usa de uma determinada história mítica
do passado para justificar o presente, e que lida muito mal
com a ideia da igualdade na divisão de deveres mas dos
direitos também.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. Sobre o autoritarismo brasileiro.
São Paulo: Companhia das Letras, 2019. p. 32-33.
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