sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Às Margens do Rio Paraguai II



Um sol ofuscado e tosco cobre a cidade
Cheia de poeira e fumaça
Sufocados pelo clima da nossa realidade
Que maltrata implacavelmente quem passa.

Às margens do Rio Paraguai
Já não se vê o pôr-do-sol encantador
Ouve-se o lamento e gemido de ai
De quem não suporta esse calor.

O Rio lamenta e se contorce
Como uma serpente sem direção
Sente a ausência das chuvas e retorce
E as águas não caem nesse chão.

Há um lamento geral na população
Que enfrenta esse ar sufocante
Mas isso é fruto da própria ação
De gente tão petulante.

As belezas da natureza foram cruelmente
Exploradas para satisfazer
Vidas que só tinham em mente
Realizar seu bel prazer.

O vermelho sangue de um sol triste
É a imagem da desolação
De ações destruidoras que insiste
Em mostrar os abusos da nação.

Se existe ainda alguma esperança
Que possa recuperar nossa paisagem
Para que não vivamos só de lembrança
Está é à hora de fazer essa viagem.



Poema: Odair

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

E começou...a campanha política


Neste ensaio quero apresentar importantes questões que exigem cada vez mais a nossa atenção. Com efeito, o futuro da humanidade não está definido e avizinha-se um tempo que pode trazer consequências imprevisíveis.

A crise global (se pensarmos pelo ponto de vista do caos urbano) em que vivemos é grave em todos os setores e poderão dar origem a uma mudança dramática no mundo inteiro, com um desenlace imprevisível, mas em que podemos antever que, mais uma vez serão os povos e países mais fragilizados a serem mais fortemente afetados.

Mais porque pensar em crise se podemos viver acima dela. O que é uma crise? Existe de fato o caos que os alarmistas de plantão pregam a todo instante? O homem, desde a sua origem a milhares de anos, pregam essa constante destruição do ser humano.

Pregam a conversão de seus delitos e que se arrependam da destruição que causam ao próprio planeta. De fato, há um grande alarme que rondam os habitantes terrestres.
Não quero aqui discordar que haja esse colapso gerador de destruição iminente.

Creio que haja sim esse juízo final. Houve para Pompéia, houve para Sodoma por que não haveria de ter para a nossa civilização? Falar em civilização, será que somos mesmo civilizados? O que nos difere dos considerados “bárbaros” que usufluiam com sabedoria da terra que habitava?

A mediocridade humana é o meu maior combate... Quero combater as ações e decisões medíocres que somos obrigados a ver na sociedade contemporânea. Começa com o povo que acredita nas promessas de homens incapazes de governar a própria família e termina com eles fazendo as maracutaias para se dar bem.

Espero que neste ano eleitoral, as pessoas se concientizem da capacidade de cada um dos milhares de candidatos que irão aparecer e, pelo menos saiba distinguir os medíocres. Elejam gente compromissada com os interesses públicos. Abaixo os medíocres.

Texto: Odair

sábado, 14 de agosto de 2010

Existência de vidas desoladas



Sentado solitário e reflexivo
No banco da praça
Observo o que acontece a minha volta
Para descobrir se a vida tem graça.

É fácil perceber um grupo de pessoas
Todos os dias por ali
Envoltos em seus afazeres rotineiros
Como se tudo acabasse aqui.

Corpos esqueléticos e fedorentos
Fumam maconha e cheiram cocaína
Sob a luz do sol
Acabam-se injetando heroína.

Olhares distantes revelam
A angústia de almas desoladas
Que entornam corotinhos de pinga
Na alegria falsa de suas risadas.

Pessoas sem nenhuma espectativa
Na existência dessa caminhada
Triste vidas de pessoas que não vivem
A alegria da alvorada.

Então penso nas oportunidades
Que recebo a cada alvorecer
De poder contribuir para a posteridade
Com a expressão do que é viver.

Nossa sociedade hipócrita deveria
À essas pessoas seus olhos voltar
Pois são almas que necessitam amparo
De outras que saibam amar.

Poema: Odair.

Obs: Este poema é uma forma de expressar a angústia de ver pessoas aglomeradas nas nossas praças em plena luz do dia fumando, bebendo e se drogando e ninguém faz nada.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Reflexões sobre o mundo


O mundo nunca é o mesmo um dia depois. Por quê?

Os dias nunca retornam como nunca vão embora...

O mundo não é o que conhecemos,

O que podemos ver prossegue infinitamente,

Nada acaba quando queremos...

Nem mesmo todas as eternidades do mundo

Poderão apagar o seu dia ruim...

Mas, o homem, a mulher pode voar algumas vezes,

Escrevendo histórias na sua história...

O mundo é um local de brincadeiras a ser conquistado

E, nós somos muito mais do que pensamos ser

E viver é bem diferente de todas as coisas...


Texto: Odair

domingo, 8 de agosto de 2010

Dia dos Pais

Graças te dou, oh, Deus. Pelos momentos ao lado dos tesouros que Tu me deste. O melhor presente foi passar o dia ao lado deles nesse recanto da natureza.

Texto: Odair

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O dia em que morri

Ali estava eu
Deitado imóvel e frio naquele caixão
As mãos cruzadas sobre o peito
Roupas novas e uma linda decoração.

Indivíduos transitavam ao redor do corpo
Falando coisas boas a meu respeito
Outros sorriam zombeteiramente
Porque não me conheceram direito.

Pessoas amadas choravam
Deixando transparecer o sentimento
Lembrando dos belos momentos
Em que, juntos nesta vida, caminharam.

Era uma noite de incertezas
Cercada de choros e canções
Iluminando o que fiz nessa vida
Do sentimento e das emoções.

Quatro braços conduziram
O esquife para o cemitério
Lançaram terra sobre o mesmo
E ali acabou o mistério.

Na madrugada fria de inverno
De choro e rosto tristonho
Vi que não estava no inferno
Pois, tinha acordado do sonho.

Poema: Odair