terça-feira, 25 de novembro de 2014

Os medos e angústias da existência humana – Uma abordagem no filme O homem Bicentenário




Na verdade esses são os temas principais abordados no filme O Homem Bicentenário (EUA, 1999). O filme conta uma história interessante. Na casa de uma família vive um robô que faz as tarefas domésticas. A família começa a perceber que o robô é diferente, com características próprias e personalidade. Cada dia que passa ele apresenta mais traços humanos, têm sentimentos, dúvidas e conflitos que vão se afirmando com a convivência com as pessoas. É um filme de ficção científica baseado em história de Isaac Asimov.

Em toda história da humanidade podemos perceber a busca incessante do ser humano em livrar-se dos seus medos e angústias. Nessa busca pela paz interior e felicidade este ser humano perpassa todos os espaços ideológicos e imaginários para dar respostas às questões existenciais. No entanto, para muitos é como dar um salto no escuro sem saber qual a distância, ou mesmo, se há um fundo para descansar os pés. Uma busca quase sempre sem respostas objetivas para questões subjetivas. E, digo quase sempre, porque existem pessoas que sabem a respostas para esses medos e essas angústias da existência humana. E, são nesses personagens e ideologias expostas por eles que quero deter-me um pouco neste artigo.

O salmista Davi exclama: “O meu escudo está em Deus, que salva os retos de coração”. Salmos 7.10. Davi é um exemplo de pessoa que conhecia os desígnios de Deus e tinha plena convicção de que Ele tinha e tem o controle das coisas que acontecem no universo e na vida particular de cada ser humano. Ele tinha a percepção de um Deus grandioso que comandava dos altos céus as estruturas da terra e cada caminho trilhado pelo homem. Ele conhecia Deus não de ouvir falar, mas de experiência que ele mesmo tinha pessoalmente com Deus. Quando ele canta: “O Senhor é meu pastor e nada me faltará” ele está afirmando sua confiança no Todo Poderoso.

Não que ele não tenha tido medo e angústia. Muito pelo contrário. Talvez seja um dos que mais tenha se angustiado nesta vida. Já imaginou sua angústia ao esconder-se de seu filho que conjurava o trono? Ou seu medo diante da ameaça do rei Saul em matá-lo? Davi passou por isso. No entanto, ele tinha plena confiança de que Deus estava no controle de tudo e que podia livrá-lo dessas ciladas. Ele deixava-se descansar na proteção de Deus. Com essa confiança ele enfrentava seus medos e suas angústias.

Paulo é outro exemplo de pessoa que confiava em Deus em meio às angústias e medos. Notamos isso quando lemos o que ele escreve aos coríntios: “como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo: na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias”. 2 Coríntios 6.4. Como podemos afirmar que ele não sentiu medo no meio da tormenta quando estava prisioneiro no navio que o levava a Roma? Ou que não sentiu angústia quando estava acorrentado na prisão juntamente com Silas? No entanto, ele demonstra confiança em Deus e sabe que Ele é o Criador do universo e tem o controle de todas as coisas. Em meio às angústias ele adora a Deus. Ele canta em meio aos desafios da vida. Ele faz isso porque tem convicção do Deus que serve.

O que falta aos seres humanos é a convicção do Deus verdadeiro Criador dos céus e da terra. Os medos e angústias que perpassam os personagens do filme retratam os mesmos medos e angústias que sufocam a maioria das pessoas espalhadas no globo terrestre. Isso acontece porque as pessoas não conhecem o Criador. No filme, conforme o robô vai adquirindo personalidade começa aumenta seus questionamentos sobre o propósito de sua criação. Ele não tem convicção de sua verdadeira natureza neste mundo. E isso é o que acontece com a maioria das pessoas. Elas não conhecem a sua identidade. Não sabem o seu propósito de vida. E, o medo e as angústias só aumentam com o avanço da tecnologia e ciência que não conseguem dar respostas para as indagações do coração humano.

Quando entendemos que o ser humano foi criado por Deus para sua adoração, então compreendemos o propósito da criação. Cada um de nós temos uma função nesta vida. Fomos feitos semelhante a Ele e com a função de O adorar na beleza da Sua santidade. Quando entendemos isso temos convicção do que somos. E, quando isso acontece, o medo e as angústias deste mundo já não nos deixam preocupados porque sabemos que Deus cuida de nós. Podemos exclamar como Paulo escrevendo aos Efésios: “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas”. Efésios 2.10.

Texto: Odair

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Ensina-me a contar os meus dias




“Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio”. Salmos 90.12.

Oh Senhor, neste dia venho prestar-Te louvor e agradecer por mais um ano de vida. Agradeço-Te pela bondade e misericórdia concedida a mim para desfrutar do privilégio em viver. A vida é uma dádiva dada por suas mãos. O que seria de nós não fosse a sua bondade em nos conceder o fôlego de vida. Por isso, faço minha a oração de Moisés quando suplica por um coração sábio para que possa contar os nossos dias. Hoje completo 41 anos. São 14.965 dias que o Senhor me concedeu para viver. O que fiz nesses dias? Nem sempre fiz a Tua vontade. Sempre vacilou os meus pés, mas busco-Te neste dia por sabedoria para caminhar nos teus preceitos e fazer a Tua vontade sempre.

Não sei quantos dias mais ainda terei nesta terra. Mas peço-Te graça e sabedoria para viver uma vida de acordo com teus mandamentos. Que minha ocupação seja meditar na Tua Palavra dia e noite e transmitir o seu evangelho de boas novas para os que necessitam ouvir a mensagem de salvação. Usa-me em Tuas mãos como um vaso de bênção. Quero ser cheio do Espírito Santo para proclamar a Tua Palavra com ousadia e autoridade. Que eu possa confiar só em Ti. Que meus pés não vacilem, mas que estejam firmes na rocha.

Assim como Davi, também fico maravilhado em saber que antes de ser formado no ventre de minha mãe seus olhos me viram e no teu livro todas estas coisas foram escritas. Fico maravilhado e ao mesmo tempo aterrorizado em saber que todas essas coisas que fiz nesses 41 anos estão registradas em seu livro. Só a Tua misericórdia para purificar a minha alma dos pecados cometidos, das faltas e deslizes. Sua bondade estende sobre os céus e por isso confio na sua misericórdia. Se não fosse a sua misericórdia eu já teria sido consumido. Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração. Vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.

Eu te louvarei por todas as maravilhas concedidas a mim nesses longos anos. Olhamos para trás e parece que foi ontem que nasci. Mas, já passo da metade da vida. O que aprendi? O que estou fazendo com o tempo que me foi concedido? O que deixo para a minha posteridade como herança? Senhor, mesmo nas minhas limitações eu Te louvo pelo privilégio em poder estar diante da Tua Palavra e meditando nela. Ela tem sido alento para minha vida e direção para os meus pés. Que eu possa cada dia mais andar em Tua presença. Que eu possa confiar mais no seu poder e no seu amor. Que eu possa transmitir, não só com palavras, mas, muito mais pelo testemunho de vida que o Senhor é a razão do meu viver. Que eu possa irradiar a Tua luz neste mundo de escuridão. Só com a Tua graça em minha vida para cumprir esses objetivos. Que o Teu nome seja glorificado no meu modo de viver.

Agradeço Senhor, por tudo que tens me concedido nestes anos. Fôlego de vida, proteção, saúde, meus filhos, meus pais, meus irmãos, meus amigos, meus inimigos, meus poemas, meu grande amor (bbzinha), enfim, cada pessoa que passou pela minha vida deixou em mim marcas que formam a coroa da minha existência. Cada pessoa que cruzou os meus caminhos teve uma importância significativa porque me ajudaram a crescer enquanto ser humano. E, cada uma delas, com certeza, Deus as conduziu até mim por um propósito que, muitas vezes, no momento eu não entendia, mas agora reconheço a soberania do Criador. Ele sempre cuidou de mim e sempre quis o melhor para minha vida. Entendo que muitas vezes eu saí de seus propósitos e trilhei caminhos espinhosos por isso. Mas, mesmo assim, sempre fui protegido por Ele.

Peço-te, ó Deus, que me dê sabedoria para entender os teus desígnios para a minha vida e que eu possa fazer sempre a Tua vontade. Teus caminhos são mais altos do que os meus caminhos e Teus planos mais altos do que os meus. Por isso, entrego minha vida a Ti sem restrição. Que a Tua vontade seja o principal motivo dos meus dias que ainda tenho para viver.

Agradeço, também, a todos que me parabenizaram nesse dia. Que Deus, na sua infinita bondade possa recompensar cada um.

Texto: Odair

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Não adianta manifestar como um LEÃO e votar como um JUMENTO



24/06/2013*

“Para a política o homem é um meio; para a moral é um fim. A revolução do futuro será o triunfo da moral sobre a política”. Ernest Renan

Este artigo tem como finalidade expressar argumentos sobre as manifestações pelo país que tem demonstrado uma parcela da indignação dos brasileiros com os descasos políticos no qual estamos inseridos a milhares de anos. Logicamente que falar, principalmente em meio a tantos protestos não é difícil, o difícil é realizar as mudanças de que necessitamos. É até bonito ver as diferentes faixas e cartazes de reivindicações espalhados pelas inúmeras cidades do Brasil. Parece mesmo que o gigante acordou, que o povo despertou da alienação e que agora a coisa anda. Será mesmo? Será que tudo não passa de uma onda de entusiasmo?

Antes de me lançarem pedras deixem-me explicar minha intenção com esse artigo. Aqueles que me acompanham nos meus escritos sabem muito bem que há tempos venho cobrando de meus caros compatriotas um maior envolvimento político porque, querendo ou não, é a política que rege as nossas vidas. Nesse sentido, é necessária uma maior participação de nossa parte para não sermos ludibriados pelos políticos aproveitadores de plantão que desvia milhões da educação e da saúde para não mencionar as outras pastas.

Ernest Renan foi preciso quando afirmou que para a política o homem é um meio; para a moral é um fim. De acordo com o pensador, a revolução do futuro será o triunfo da moral sobre a política. Penso com o autor e acredito que a revolução do nosso país começou com esses protestos. Uma revolução que deverá culminar com uma mudança radical de nossos políticos nas próximas eleições. Creio muito nesse movimento e no futuro da nossa nação pelo clamor que vemos pelas ruas. E, para que esse pensamento revolucionário seja concretizado é preciso levar a risca o que diz Gilbert Cesbron de que a verdadeira revolução acontece quando mudam os papéis e não apenas os autores. No caso aqui não se mudou nem um nem o outro.

Dentre os inúmeros cartazes espalhados pelo Brasil cobrando atitudes, lançando impropérios, apontando as mazelas da sociedade, um me chamou a atenção porque vem de encontro com aquilo que comento há muito tempo. O cartaz em epigrafe dizia: “Não adianta manifestar como um leão se for votar como um jumento”. Uma frase que simplifica toda essa luta. Se quisermos uma mudança no Brasil ela começa com cada um de nós. E essa mudança começa quando sabemos, pelo menos, em quem votamos na última eleição. Não é ser Caxias não, mas tenho certeza de que muitos desses manifestantes que estão nas ruas nem sabem direito em quem votaram na última eleição. Espero que na próxima saibam. Vamos aproveitar a lei da ficha limpa e extirpar essa corja de políticos que se perpetuam no poder sem nada fazer para o povo.

Para finalizar meus comentários sobre essa manifestação no Brasil quero tecer duas conclusões: a primeira de que me sinto um pouco mais aliviado do fardo de sempre estar cobrando das pessoas uma maior participação política. E, quando digo política é política e não politicagem. Uma coisa é diferente da outra. Pelo movimento das ruas (com exceção dos excessos, é claro) acreditamos que o povo brasileiro vai mudar o cenário do país já nas próximas eleições (os caciques políticos que coloquem suas barbas de molho). A segunda é que acredito nessa força do povo e creio profundamente na mudança. Para aqueles que ainda permanecem alienados termino parafraseando Platão que já nos alertava a milhares de anos atrás. Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam.

30/10/2014

Como todos podem perceber o texto acima foi escrito há pouco mais de um ano atrás quando o país passava por um momento de clamor nacional por mudanças. O que se percebe, passado algum tempo, é o que acontece historicamente: as pessoas se esquecem de seu passado. O pão e circo continuam acontecendo desde os grandes movimentos do Império Romano. O que dizer após tudo isso? Todo povo tem o governo que merece. O povo de Israel escolheu Saul. O povo da Alemanha escolheu Hitler. É a História. Quanto a mim? Sigo o conselho do Apóstolo Paulo: “que se façam orações pelas autoridades constituídas para que tenhamos uma vida tranquila”.

Texto: Odair

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Conhece-te a ti mesmo – Uma abordagem em Matrix



No primeiro filme da série Matrix, Neo, o personagem principal do filme vai até o Oráculo para ouvir uma mensagem. A mulher pergunta a ele se ele leu a frase na entrada da porta e explica-lhe que aquela frase é de uma língua há muito desaparecida, o latim. A frase não é nada mais nada menos do que a celebre frase escrita sobre o portal de entrada do santuário do deus Apolo: “conhece-te a ti mesmo”. De acordo com a História, certa vez Sócrates foi até o Oráculo de Delfos e esta lhe perguntou: “O que você sabe?” Ao que ele respondeu: “Só sei que nada sei”. A partir dessa resposta o Oráculo concluiu que Sócrates era o mais sábio de todos os homens.

Essa pequena abordagem é importante para entendermos o contexto do filme e minha abordagem nesse artigo. No entanto, é necessário apresentarmos outros dois personagens do filme. Neo, o personagem principal, significa “novo” ou “renovado” e, quando dito de alguém, significa “jovem na força e no ardor da juventude”. Já Morfeu, o personagem que conduz Neo ao Oráculo, pertence à mitologia grega: era o nome de um espírito, filho do Sono e da Noite, que possuía asas e era capaz, num único instante, de voar em absoluto silêncio para as extremidades do mundo.

Matrix é uma palavra latina derivada de mater, que quer dizer “mãe”. Em latim, matrix é o órgão das fêmeas dos mamíferos onde o embrião e o feto se desenvolvem, o útero. Pois bem, no filme, Matrix representa um útero universal onde estão todos os seres humanos cuja vida real é “uterina”. Morfeu mostra para Neo a realidade, isto é, que ele passou a vida inteira sem saber se estava desperto ou se dormia e sonhava porque, realmente, esteve sempre dormindo e sonhando.

Destaco estas inferências sobre este filme para abordar algumas questões que, no meu entendimento, são cruciais para compreendermos a sociedade pós-moderna na qual estamos inseridos. Não se pode negar o controle das inteligências artificiais na sociedade. Há uma realidade virtual na qual todos acreditam. Um controle dos números e organizações sobre o indivíduo. Uma teia invisível que controla nossas ações. Quem pode dizer o contrário?

A Matrix é o computador gigantesco que escraviza os homens, usando a mente deles para controlar seus sentimentos e pensamentos, fazendo-os crer que é real o que é aparente. Ou seja, vivemos uma total ilusão da vida. Enquanto muitos acham que sabem tudo, que descobriu muita coisa, as palavras do Oráculo ecoam na nossa mente: Conhece-te a ti mesmo.

Salomão, considerado o homem mais sábio que já existiu, alegou desilusões com os acontecimentos da vida. De acordo com ele, tudo que se faz debaixo do sol é vaidade. Depois de muitas buscas o fim da vida é ilusão, isto é, tudo são enfado e canseira. No entanto, é interessante notarmos que Salomão afirma isso para as pessoas que procuram a felicidade ou conhecimento humano sem buscar e conhecer a Deus. Ele descobriu que a despeito de seus esforços, a vida sem Deus é uma longa e frustrada busca por prazer, significado e realização. Não é possível alcançarmos a felicidade sem Deus. Daí a necessidade de pensarmos nas palavras de Sócrates: Só sei que nada sei. A partir dessa premissa, sabemos que toda e qualquer sabedoria vem de Deus. Ele é quem nos dá a capacidade para entendermos que as conquistas deste mundo são efêmeras e que, o mais importante é seguirmos seus mandamentos.

A humanidade encontra-se presa em uma teia gigantesca. O avanço científico e tecnológico não é capaz de solucionar as principais mazelas da humanidade. Cresce em todo mundo a insegurança, a violência, as epidemias, as desigualdades, enfim, tudo que o homem, no seu esforço não consegue solucionar. Isso demonstra que, qualquer sucesso sem Deus é fracasso. O homem pós-moderno tira Deus do seu caminho e acha que pode solucionar suas necessidades. Por isso esse caos cotidiano.

Precisamos pensar. Indagar o porquê das coisas estarem caminhando nesse sentido. Estamos conformados de estarmos ligados na rede, na Matrix? Ou queremos libertar-nos dessa gigantesca rede abominável? Sócrates questionava seus opositores. Precisamos questionar esse modelo de vida ao qual estamos inseridos. Não podemos permitir que o Sono e a Noite seja donos da nossa vida. Sigamos o conselho de Salomão: “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: teme a Deus e guarda os seus mandamentos, porque este é o dever de todo homem”. Eclesiastes 12.13.

Texto: Odair

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Pioneiros do Movimento Pentecostal em Cáceres



“Conheça emocionantes histórias de homens e mulheres que em obediência ao Senhor Jesus expuseram suas vidas para proclamar o evangelho pentecostal nas lindas terras do Sudoeste do Estado de Mato Grosso”. Esta pode ser a sinopse ideal para descrever a obra do Pastor Izaque Alves Barbosa intitulada Pioneiros do Movimento Pentecostal do Sudoeste de Mato Grosso. Com uma precisão histórica digna de respeito por parte de qualquer historiador, o autor descreve todos os percalços e conquistas para a consolidação do Movimento Pentecostal na grande região de Cáceres.

O livro traz em seu escopo uma gama de informações que relatam a trajetória desses pioneiros na construção da Igreja. Em tempos de grandes dificuldades (não existia ainda a ponte Marechal Rondon e estradas dignas nessa grande região) o trabalho que começou no início dos anos 50 perdurou ao longo do tempo e consolidou-se como uma das grandes contribuições para o desenvolvimento dessa região.

Como afirma o próprio autor a Igreja Assembléia de Deus no campo de Cáceres “é portadora de uma rica e mui linda história que jamais deve ser relegada ao passado”. Neste sentido, afirma ainda que “as futuras gerações de pentecostais devem estar cientes destes fatos relevantes que marcaram aquela geração e avançar no crescimento do campo desempenhando a tarefa que o Senhor entregou à sua igreja”.

A obra em si é de suma importância para o conhecimento não apenas da trajetória da Igreja Assembléia de Deus nesta região, mas, também, para a própria história da região. Através dos relatos de época e das imagens de arquivo (fundamental para a compreensão dos relatos) é possível vislumbrar os acontecimentos que possibilitaram esse vertiginoso crescimento dos evangélicos nessa região. Os relatos dos trabalhos missionários em Cáceres, Cuiabá, Vila Bela da Santíssima Trindade e o surgimento das primeiras comunidades pentecostais em cidades como Lambari D`Oeste, Rio Branco, Mirassol D`Oeste, Araputanga, Jauru, Porto Esperidião e Pontes e Lacerda quando estas, na sua maioria, ainda eram glebas, são fontes históricas preciosas para entendermos o processo de colonização da região Sudoeste do Estado. Vale ressaltar, ainda, que nessa época existia a Gleba Paulista que se transformou em Cristinópolis e que hoje nem existe mais. Uma comprovação de crescimento e queda de uma cidade.

Nas suas mais de 100 páginas de registros históricos visualizamos o trabalho profícuo e trabalhoso desenvolvido pelo Pastor Benedito da Silva e sua esposa Tereza Eduviges juntamente com os primeiros convertidos a nova fé. Vislumbramos que não foi uma tarefa fácil e que exigiu muita coragem e disposição desses pioneiros para que a igreja se consolidasse nessa região. Dificuldades de ordem financeira, estrutural e, principalmente, de ordem religiosa. Para entender esta última, basta que olhemos as estruturas religiosas da cidade bicentenária consolidada na época dentro de padrões católicos tradicionais e conservadores. Como na Idade Média, é possível entendermos as concepções de não apoio a nova fé. Ela ia contra os dogmas instituídos a mais de 180 anos na cidade. No entanto, com convicção do chamado para fazer a diferença, Pastor Benedito da Silva deu aqui sua vida e seu labor na construção desse projeto. E, hoje temos milhares de cristãos pentecostais fruto desse esforço.

Assim como o autor afirma que, quando criança teve a oportunidade de ver a olaria da igreja produzindo tijolos, o autor deste texto, também fez parte ocular desta história. Quando criança morava no distrito de Lambari (hoje Lambari D`Oeste), e participava dos cultos na igreja Assembléia de Deus. Ficava impressionado com os ensinos do Pastor Benedito quando em suas passagens por lá ensinava naquela igreja.

Por fim, o livro é um excelente manual de informação para todos que anseiam conhecer mais da história de construção dessa região. Torna-se uma obra de referência para consultas e fontes de informação para os próximos registros. E, de forma nenhuma, poderia deixar de mencionar o propósito deste livro. Em tempos de materialismo e consumismo histérico da sociedade moderna, o autor seguiu na contramão de tudo isso. Afirmou que a primeira tiragem que é de mil exemplares, toda a arrecadação será revertida para o Projeto Josué que é a continuação da Obra iniciada pelos pioneiros que ele apresentou neste livro.

Texto: Odair

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Carta aberta à CNEC de Sinop,MT



Não é fácil traduzir em palavras o sentimento do coração, principalmente quando este sentimento torna-se profundo e enraizado dentro de nós. Mas, tentarei, na medida do possível, deixar algumas palavras para expressar a gratidão de ter partilhado com essa comunidade escolar uma pequena etapa de minha vida.

Quando aqui cheguei, em meados de 2013, era um novo desafio em minha vida. Encontrei alguns obstáculos como sempre acontece na caminhada daqueles que desejam alcançar o sucesso na vida. Com dedicação e muita persistência batalhei para superar esses desafios iniciais. A sala de aula sempre foi para mim uma alegria. Independente deste ou daquele incidente que sempre vai acontecer, o meu objetivo sempre foi superar os desafios e dedicar-me as aulas.

Não é fácil ser professor de disciplinas humanas em meio uma sociedade que, cada vez mais, está absorta ao conhecimento superficial. Fazer pensar é uma árdua tarefa para qualquer profissional. Talvez por isso os gregos valorizassem tanto o ofício do pensador. No entanto, essa é a área que escolhi defender e que gosto de coração. E esse foi o meu objetivo desde o primeiro dia de aula nesta escola. Não foi fácil. Mas, saio de cabeça erguida por saber que, de uma forma ou de outra, consegui mostrar um pouco daquilo que realmente sou, isto é, alguém que acredita no potencial humano.

O meu maior desejo ao olhar cada rosto logo de manhã, cinco dias na semana, era de que minhas palavras e orientação no árduo estudo da História, nos discursos filosóficos ou nas problemáticas sociológicas, surtissem efeitos nas mentes de pequenos jovens com grandes mentes a serem exploradas. E, isso eu pude constatar diante de meus olhos. Só Deus sabe a alegria do meu coração em cada descoberta, cada discurso, cada texto produzido, cada pesquisa feita por jovens tão dedicados. Logicamente que um ou outro deixou a desejar, mas, creio eu, com o tempo os mesmos também aprenderão a produzir, e não apenas reproduzir o conhecimento adquirido.

Será impossível esquecer as alegrias de manhãs em que assistimos filmes históricos e discutimos os textos resultantes das pesquisas realizadas. Das discussões sobre filosofia moral, política, a questão da beleza, da bondade, da prudência e tantos outros temas que fazem parte do nosso cotidiano. Cultura? Como esquecer as aulas de Sociologia que perpassaram esse tema exaustivamente? Não há como.

Espero, sinceramente, que cada um de vocês possam ter aprendido um pouco com as minhas aulas “chatas”, às vezes até enfadonhas onde o objetivo era fazer vocês pensarem e produzirem textos, mas, acima de tudo, humanidade e respeito.

2014 foi um ano maravilhoso. Cada uma das cinco turmas que trabalhei deixou-me impressões que nunca sairão de minha memória. As discussões calorosas na Turma do 9º Ano A, os embates filosóficos na Turma do 9º Ano B, as cobranças na 1ª Série do E. M, a “parceria” na 2ª Série, meus pupilos, esses fazem arte, são agitados, mas tem um potencial enorme e sempre cobrei isso deles. E, por fim a Turma da 3ª Série. Dedicados e esforçados em busca de um objetivo maior que é entrar em uma universidade. Quero dizer-lhes que as portas estarão sempre abertas para vocês se continuarem nesse objetivo. Espero ter contribuído para o desenvolvimento intelectual e humano de cada um. Se tiver feito isso, estarei de cabeça erguida por onde passar.

Neste ano encontrei nestas salas de aulas jovens tão dedicados e ávidos pelo conhecimento. Não esquecerei as aulas de História, Filosofia e Sociologia. Todos são especiais para mim e contribuíram para minha vida profissional. Mas, se tem uma coisa da qual não poderia deixar de citar e que marcou essas aulas, é o olhar de contemplação que via dessa turma. Eles paravam de conversar quando eu ia explicar o conteúdo e mal se continham para levantar as mãos na esperança de fazerem suas perguntas (principalmente as turmas do 9º Ano A e 3ª Série). Quero que continuem dessa forma. Que desenvolvam o potencial que tem dentro de cada um. Eu acredito em vocês.

O auge da minha passagem por essa escola, em minha opinião, sem dúvida foi na Feira do Conhecimento. Ver todos aqueles trabalhos expostos e a dedicação de cada um dos alunos em fazer o melhor das apresentações. Não tem preço! Guardarei como lembranças de momentos ímpares na minha vida. Só Deus para recompensá-los pelo empenho.

Quero, por fim, pedir perdão se, em algum momento magoei algum de vocês. Se falei palavras rudes, se desrespeitei alguém. Talvez no calor da discussão possa ter ofendido alguém e, se isso aconteceu, saiba que não foi a minha intenção e por isso peço desculpas.

A vida me proporcionou novas oportunidades e tenho que abraçá-las. Por este motivo torna-se necessário minha partida e, com dor no coração, aceito esse novo desafio. Levo cada um de vocês no coração. Foi para mim como uma família. Agradeço de coração o apoio da direção, da coordenação, dos funcionários (principalmente a Marcela que muito me ajudou) e dos professores, sem a qual eu jamais teria conseguido cumprir meu papel de educador. Não poderia deixar de citar a Elis, ou “Tia Elis”, pela ajuda incondicional em todo o momento. Se têm uma pessoa que acreditou no meu trabalho e na possibilidade de repassar para os alunos uma nova postura educacional que os levassem a pensar, e muito mais do que isso, passar para o papel o que estava pensando, essa pessoa foi a Elis. Ela me ajudou e enfrentou os desafios comigo. Que Deus possa recompensá-la.

Aos meus queridos alunos a mensagem que deixo é que possam refletir sobre suas vidas e acreditar nos seus sonhos. Batalhe com afinco, lute com dedicação para alcançar seus sonhos e projetos. Deus ajuda aquele que faz sua parte. E, não tem nada melhor na vida do que aquilo que conquistamos com nossos esforços. Respeite o/a colega que vai estar no meu lugar a partir de agora assim como os demais professores. Fazendo isso, vocês estarão exercendo aquilo que mais lhes ensinei: o respeito ao próximo. Que Deus abençoe cada um indistintamente! Foi uma honra estar com vocês.

Prof. Odair

Sinop, MT 15 de setembro de 2014.

 Turma da 8ª A (só as meninas)

Turma da 8ª A (só os meninos) 


Turma da 8ª B (só as meninas)

 Turma da 8ª B (só os meninos)


 Turma do 1º Ano

Turma do 2º Ano

Turma do 3º Ano


quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Superman e a felicidade aristotélica



“Superman, o avô de todos os super-heróis, é uma instituição cultural. Até os intelectuais mais elitistas e isolados já tiveram contato suficiente com cultura popular para conhecer o Homem-de-Aço e saber o que ele representa. Ele trava uma “batalha sem-fim” pela verdade, pela justiça, e – com o mesmo entusiasmo após todos esse anos, embora ninguém mais saiba como definir isso – pelo “jeito americano, ou o american way. Conseqüentemente, ele é o máximo que a cultura ocidental consegue visualizar de um campeão que é o epítome do altruísmo. A mais verdadeira afirmação acerca do Superman que podemos fazer é que ele invariavelmente coloca as necessidades dos outros em primeiro lugar. Coloca mesmo?” (Mark Waid)

Se Kal-El chegasse na nossa atual Terra, nas condições em que nos encontramos, onde nada sequer se assemelha aos mais remoto ponto de vista contemporâneo de heroísmo, como ele iria crescer? Ele seguiria o caminho altruísta que escolheu anteriormente? Sendo ele um homem que poderia ter o que quisesse, ele iria realmente passar mais da metade do seu tempo protegendo, cuidando dos outros?

“…Como você sabe, sou um grande fã de quadrinhos. Especialmente os de super-heróis. Acho a mitologia dos super-heróis fascinante. Por exemplo, meu herói favorito, o Superman. Não é uma grande HQ, nem é tão bem desenhado. Mas a mitologia não é só genial, ela é única. 

Todo mito de super-heróis tem o herói e seu alter ego, Batman é Bruce Wayne, o Homem-Aranha é Peter Parker. Quando ele acorda pela manhã, ele é Peter Parker, ele precisa pôr um uniforme para virar o Homem-Aranha. E nesse quesito o Superman se diferencia dos demais. 

O Superman não virou Superman, ele nasceu Superman. Quando ele acorda de manhã ele é o Superman, o alter ego dele é o Clark Kent. Seu uniforme com o “S” vermelho, é o cobertor no qual os Kent enrolaram o bebê quando o acharam, é a roupa dele. 

O que Kent usa, os óculos, o terno, é um disfarce que o Superman usa para se passar por um de nós. Clark Kent é como o Superman nos vê, e quais são as características de Clark Kent? Ele é fraco, é inseguro e covarde. Clark Kent é uma crítica do Superman à raça humana…”
(Bill em Kill Bill Vol. 2)

O filósofo Aristóteles quando começou a explorar o que é viver com excelência pretendia descobrir a raiz da felicidade. O Superman, a seu modo, descobriu a mesma relação.

Sim, o Superman sempre ajuda quem está em perigo, por causa de um dever moral superior, faz isso porque seus instintos naturais e a sua formação no centro-oeste americano o induzem a tomar essas atitudes altruístas, porém há uma quantidade saudável de satisfazer seus desejos. O Superman ao ajudar a humanidade está ajudando a si mesmo, quando ele ajuda alguém que o faz poder exercer sua capacidade na plenitude, ele se sente realizado.

Para finalizar este artigo, a afirmação do escritor Mark Waid consegue passar toda a ideologia e definir toda a mitologia do herói em poucas palavras:

“Quando eu acreditava que nada mais tinha a aprender de um simples herói de minha infância, o Superman revela-se a mim como uma ferramenta por meio da qual eu posso examinar o equilíbrio entre altruísmo e auto-interesse em minha vida, que é uma lição tão valiosa quanto as que ele me ensinou anos atrás. Realmente, a batalha dele não termina.” 

Para o alto e avante!

Veja os textos na íntegra em
http://ambrosia.virgula.uol.com.br/superman-um-olhar-filosofico-sobre-o-mais-iconico-heroi/

e Revista Mundo dos Super Heróis nº 58.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Dia do Historiador



O poeta pode contar ou cantar as coisas, não como foram mas como deviam ser; e o historiador há-de escrevê-las, não como deviam ser e sim como foram, sem acrescentar ou tirar nada à verdade. 

Miguel de Cervantes

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Guardiões da Galáxia



O cinema tem o poder de encantar. Quando menos o esperamos nos surpreende. Aprendi com o passar do tempo que quando temos muita expectativa com um filme ele pode não ser tudo aquilo que imaginamos e, em outras situações, aquele que não esperamos muita coisa é o que nos surpreende e nos encanta. Foi o que aconteceu com Guardiões da Galáxia.

Como o grupo de heróis da Marvel não é tão conhecido como Os Vingadores, não esperava muita coisa. No entanto, o filme, no meu ponto de vista, ficou muito bom. As cenas de batalhas no espaço (com explosões e tudo) são fantásticas e a luta pelo domínio do universo é espetacular. Ver Thanos assim tão de perto é muito legal. E como não se lembrar da famosa frase que mudará a forma de ouvir o cinema: Eu sou Groot! Muito legal.

Deixo minha impressão sobre o filme e recomendo tanto para os fãs da Marvel como para os leigos em heróis dos quadrinhos. Texto: Odair

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Uma carta de Tiradentes



Caro Joaquim Silvério,

Tenho o desânimo em lhe dizer que sua delação foi uma tremenda covardia. Pensava eu que o nome de alguém deveria ser uma virtude, e hoje vejo que de nada disso se trata.

O senhor sendo um coronel, e como a maioria dos inconfidentes; donos de terras porém falidos pelos altos impostos, deveria estar insatisfeito com a Coroa Portuguesa assim como os inconfidentes. Os quais de bom grado lhe chamaram a participar da “revolta”, mas o senhor a viu com maus olhos e com intenções trocadas. No entanto meu xará, sei que foi mais fácil nos dedar para as autoridades em troca do perdão de suas dívidas para com a Fazenda Real, ao invés de se unir à nós e ir a luta por nossas propriedades! Bom, nossas não, pois nunca fui dono de terra, apenas meu pai tinha uma fazenda, mas minha família logo a perdeu devido a morte prematura dos meus pais.

Já que o senhor não possui alcunhas como a minha, devo lhe explicar por que não confundem nossos nomes: meu tio era cirurgião dentista, e quando meus pais morreram eu fui morar com ele, e acabei por atuar como ajudante dele para a extração de molares e caninos.

Mas voltando ao mérito principal desta carta, queria lhe dizer que seu ato não foi de honra e que a população não o vê como um héroi, mas a mim sim! E bem sabem os motivos. E os inconfidentes serão no futuro tão aclamados e bradados, que nossa bandeira poderá ser de uma província ou uma nova nação, não por serem todos donos de terras e mandantes do estado pela economia agricultora, mas pelo bem que fizeram por essa terra! Deixo nessa carta meu abraço e meus pêsames para o senhor que não acredita no futuro livre de nossa colônia.

Políticamente não o perdôo, mas pessoalmente sim, pois vejo que o senhor não entende a grandeza do que estamos a fazer.

Atenciosamente,
Joaquim José da Silva Xavier.

Carta Escrita pelo aluno Giordano Bruno na aula de História - 3ª Série do E. M - CNEC, Sinop - MT

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Planeta dos Macacos - O Confronto



Alguns meses antes da Copa começar, enquanto ainda tínhamos esperança de um bom futebol na (lateral direita da) seleção brasileira, Daniel Alves comeu uma banana que havia sido atirada contra ele em mais um ato de racismo em campos europeus. Ao fazer isso, o jogador do Barcelona deu sinal verde a uma campanha que defendia sermos todos macacos. Choveu manifestação de apoio, hashtags nas redes sociais e até camisetas foram vendidas. Mas quando veio a público que tudo não passou de uma ação viral criada dentro de uma agência de publicidade o povo começou a se manifestar contra. De repente, ninguém mais queria ser macaco. A comoção inicial virou raiva.

A situação toda tem irônicos paralelos com Planeta dos Macacos - O Confronto (Dawn Of the Planet of the Apes, 2013). Quando o novo filme da franquia começa ficamos sabendo que dez anos se passaram e um vírus criado em laboratorio praticamente dizimou a humanidade, que agora tem raiva dos símios. Por outro lado, vemos agora os macacos agindo em sociedade, caçando, aprendendo com os mais velhos, cuidando uns dos outros. No comando de tudo isso está Cesar (Andy Serkis), mais maduro, com alguns pelos brancos e rugas da experiência que viveu junto com seus pares desde que o vimos sumir pelas florestas vizinhas a San Francisco no ótimo reboot da série.

Percebe que o preconceito está lá? Que o ódio sem sentido faz humanos agirem sem pensar e assim colocar em risco sua própria existência e também a de todo o planeta? Neste novo filme, os roteiristas Mark Bomback, Rick Jaffa e Amanda Silver aprofundam ainda mais o tema, sem jamais se esquecerem que se trata de um blockbuster feito para faturar muito no verão do hemisfério norte, um grande filme feito para ser lançado no meio do ano e agradar ao máximo de gente possível. E eles conseguem! Muito também graças ao diretor Matt Reeves, que já havia provado em Cloverfield - Monstro (2008) e Deixe-Me Entrar (2010), que sabe contar uma história cheia de tensão e computação gráfica.

Aliás, o trabalho da equipe técnica de Planeta dos Macacos - O Confronto é tão impressionante que na maior parte do filme você vai ficar se perguntando se aqueles macacos são realmente criados por computadores, tamanho é o grau de realismo atingido. E quando a temporada de prêmios voltar, novamente trará com ela a discussão sobre a validade ou não de se ter uma mais do que justa indicação de Melhor Ator para Andy Serkis. O britânico, que se tornou um dos maiores especialistas em captura de movimento, dá mais um show em cena. É possível captar no seu olhar e nas duas ações todas as emoções que estamos acostumados a ver em um ser humano, da alegria e tristeza ao ódio e desesperança.

Voltando à discussão inicial, sobre sermos ou não todos macacos, o filme mostra que há nos dois grupos de primatas semelhanças o suficiente para colocar todos nós no mesmo galho. Claro que alguns humanos que estão lendo este texto podem se irritar e ficar com raiva da comparação, afinal, foram anos de evolução até chegarmos onde estamos. Mas daí vem a pergunta: e tantos estudos fizeram a humanidade aprender a agir de forma mais inteligente, evitar guerras, trabalhar em conjunto visando um bem comum?

Fonte: Marcelo Forlani
http://omelete.uol.com.br/planeta-dos-macacos/cinema/planeta-dos-macacos-o-confronto-critica/#.U9k6SthqEdU

terça-feira, 22 de julho de 2014

A Fonte da Donzela



A vida do ser humano, ao longo de toda história da humanidade, é cercada de perguntas e questionamentos sobre sua existência. A Filosofia e a ciência tentam, de formas diversificadas, responderem as questões que perpassam as mentes em todos os povos e lugares do planeta. Fé e Razão se contrapõem em diferentes vertentes mas se preocupam em dar uma explicação lógica para os anseios da humanidade. Esse questionamento existencial é tema recorrente nos filmes dirigidos por Ingmar Bergman.

Em A Fonte da Donzela, não é diferente. Um dos filmes mais cultos da história do cinema e de uma beleza espetacular traz a história de uma família cristã que tem sua filha “virgem” estuprada por pastores de cabras.

Um drama ambientado na Idade Média, mas que, de forma bem clara, traduzem sentimentos e fatos corriqueiros do século XXI. Basta dar um clique nos noticiários de hoje em dia para vermos cenas de violência nas grandes e pequenas cidades. Relatos de cruéis assassinatos, estupros e crimes hediondos fazem parte do cotidiano das pessoas. E, em boa parte deles, há o eterno questionamento de onde está Deus nessas horas. Parece que as grandes tragédias acontecem justamente naquelas famílias mais devotas. O sofrimento bate a porta daqueles que são íntegros. Um pai de família que tem sua filha violentada quando retorna da escola ou que tem seu filho morto por um atropelamento quando retorna do trabalho.

Uma obra prima de Bergman que nos faz pensar a questão da dualidade do Bem e do Mal. Nos faz pensar porque as tragédias acontecem e qual seria a nossa reação se acontecesse conosco. No filme, o pai de família ao saber da morte da filha e ter em seu recinto os assassinos da mesma não titubeia. Faz um ritual de penitencia bem elaborado e mata um por um dos estupradores da filha. Até mesmo um menino que era inocente de praticar o ato. Talvez o mesmo tenha morrido por não revelar a verdade. A vingança é cruel assim como o estupro e assassinato da jovem.

A dualidade dos deuses apresentado no filme também nos apresenta algo para refletir. A diferente abordagem do Deus que servimos. Onde está o Bem? A desafiadora pergunta com os braços erguidos ao céu: onde estavas que não inter viste nessa crueldade? Se somos devotos porque acontece o Mal em nossa família?

Por fim, o filme tem diversas possibilidades de reflexão. Cada vez que o assistimos temos uma nova descoberta. Um novo olhar pode ser visualizado e novas reflexões discutidas. Essa é a grande sacada desse filme sensacional.

Texto: Odair

sábado, 19 de julho de 2014

INVENÇÕES QUE MUDARAM A HISTÓRIA DA TECNOLOGIA



Trabalho realizado pelo grupo Invenções que mudaram a História da Tecnologia da 3ª Série do Ensino Médio – CNEC, Sinop, MT, na Feira do Conhecimento, sob orientação do Prof. Odair.

Componentes:
GABRIELA GHIRALDI
JULIA TRUGILLO
LETICIA PONTELLO


Resumo do Trabalho:
O trabalho abordou as invenções tecnológicas que mudaram o mundo entre os anos de 1950 á 2014. O tema foi dividido em décadas (1950 – 1960 – 1970 – 1980 – 1990 – 2000 – 2010) e atualidades para o período entre 2010 - 2014, pois a década de 20 ainda não foi completada. Em cada década foi abordado uma invenção apenas, dentre as mais importantes. E o período entre 2010-2014 que é incompleto, foi abordado sobre atualidades, invenções atuais que possuem um papel bastante efetivo na sociedade e algumas invenções que se espera do futuro.
Outro ponto que foi incluso em nosso projeto é a utilização da lousa digital, um instrumento que somente a escola CNEC possui em todas as salas do ensino médio. Mostramos como a lousa sendo uma tecnologia de ponta, colocamos alguns jogos interativos para que as pessoas que estiveram visitando o nosso trabalho pudessem interagir e notasse o quanto já se evoluiu de 1950 até os dias de hoje.


O trabalho foi bacana. Fiquei emocionado em rever tecnologias que usava na minha adolescência, como a fita K7, por exemplo, e que hoje já está ultrapassado. Disco de vinil entre outros. Um trabalho para recordar o passado recente e projetar o futuro que está diante de nós. Parabéns, meninas, pelo esforço e dedicação.

Prof. Odair

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Revolta da Vacina



Trabalho realizado pelo grupo REVOLTA DA VACINA da 2ª Série do Ensino Médio – CNEC, Sinop, MT, na Feira do Conhecimento, sob orientação do Prof. Odair e Profª. Claudia Braz. 

Componentes:
Gilmar Pasqualotto Junior
Leonardo Carvalho
Lucas Hartmann
Lucas Pinheiro
Michel Kinzkowski
Vagner Henrique Martins

Resumo do Trabalho:

Por meio deste trabalho os componentes do grupo procuraram apresentar e explicar o contexto histórico e biológico sobre a revolta da vacina e seus vírus, a varíola, febre amarela e peste bubônica. Uma das mais terríveis revoltas populares da República Velha, a revolta da vacina além de ter seu lado positivo, também acarretou varias mortes e insatisfação do povo. Um dos principais personagens desta revolta foi Oswaldo Cruz, médico e sanitarista da época, tal fato ocorreu entre os dias 10 e 18 de novembro de 1904, na cidade do Rio de Janeiro. Os componentes do grupo fizeram uma maquete do Rio de Janeiro da época e apresentaram os dados biológicos dos malefícios dos vírus. Um trabalho que chamou a atenção dos visitantes da Feira do Conhecimento.

Att. Prof. Odair

terça-feira, 15 de julho de 2014

Guerra do Vietnã




Trabalho realizado pelo grupo GUERRA DO VIETNÃ da 3ª Série do Ensino Médio – CNEC, Sinop, MT, na Feira do Conhecimento, sob orientação do Prof. Odair.

Componentes:
ANDRÉ SANTOS DE OLIVEIRA 
GABRIEL DELA JUSTINA 
GUILHERME DINIZ ABREU 
LUCAS CARDOSO CARVALHO

Guerra do Vietnã (ou Vietname, ou Vietnam, ou ainda, segundo os vietnamitas, Guerra Americana) foi um conflito armado ocorrido no Sudeste Asiático entre 1955 e 30 de abril de 1975. A guerra colocou em confronto, de um lado, a República do Vietnã (Vietnã do Sul) e os Estados Unidos, com participação efetiva, porém secundária, da Coreia do Sul, da Austrália e da Nova Zelândia; e, de outro, a República Democrática do Vietnã (Vietnã do Norte) e a Frente Nacional para a Libertação do Vietname (FNL). A China, a Coreia do Norte e, principalmente, a União Soviética prestaram apoio logístico ao Vietnã do Norte, mas não se envolveram efetivamente no conflito. Em 1965, os Estados Unidos enviaram tropas para sustentar o governo do Vietnã do Sul, que se mostrava incapaz de debelar o movimento insurgente de nacionalistas e comunistas, que se haviam juntado na Frente Nacional para a Libertação do Vietname (FNL). Entretanto, apesar de seu imenso poder militar e econômico, os norte-americanos falharam em seus objetivos, sendo obrigados a se retirarem do país em 1973 e dois anos depois o Vietnã foi reunificado sob governo socialista, tornando-se oficialmente, em 1976, a República Socialista do Vietnã.

Resumo:
Os componentes do grupo se organizaram com caracterização de soldados vietnamitas de forma que apresentaram aos visitantes da feira uma excelente reprodução dos eventos que caracterizaram a Guerra do Vietnã. Todos os visitantes elogiaram o excelente trabalho desenvolvido pelo grupo.

Prof. Odair

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Guerra do Golfo



Trabalho realizado pelo grupo GUERRA DO GOLFO da 3ª Série do Ensino Médio – CNEC, Sinop, MT, na Feira do Conhecimento, sob orientação do Prof. Odair. 

Componentes:
ARTUR MENDES 
GUSTAVO CARVALHO 
KAUANA SBRUZZ 
MARCOS JOÃO 
VINÍCIUS GAIESKY 

A Guerra do Golfo, também chamada Primeira Guerra do Golfo (em relação à Guerra do Iraque, também chamada Segunda Guerra do Golfo), foi um conflito militar iniciado a 2 de agosto de 1990 na região do Golfo Pérsico, com a invasão do Kuwait por tropas do Iraque. Esta guerra envolveu uma coalização de forças de países ocidentais liderados pelos Estados Unidos e Grã-Bretanha e países do Médio Oriente, como a Arábia Saudita e o Egito, contra o Iraque. Foi marcada pelo início da correspondência jornalística nas linhas de frente do combate ao vivo, com a primazia da rede americana CNN. A guerra também ganhou a alcunha de Guerra do Video Game após a conhecida difusão diária de imagens a bordo de aviões-bombardeiro americanos durante a Operação Tempestade no Deserto.

Resumo:
Os componentes do grupo se propuseram apresentar o ocorrido durante a guerra do golfo com o intuito de demostrar o desenrolar da guerra. Apresentando as causas do por que o EUA atacou o Iraque, o que ocorreu durante a tempestade do deserto que foi a primeira guerra televisionada ao vivo, a operação denominada a “mãe de todas batalhas” que envolveu meio milhão de soldados do EUA para reconquistar novamente o Kuwait na entrada de Iraque, o armamento usado e invasão do Iraque em 2003. Como complemento o trabalho contara com uma maquete representando um campo de batalha e uma representação de uma bazooka utilizada na época. Caracterizados como soldados os componentes do grupo fizeram, também, uma maquete com os poços de petróleo e soldados para exemplificar o conflito. Parabéns a todos os componentes pelo excelente trabalho.

Prof. Odair

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Henry Ford



Trabalho realizado pelo grupo HENRY FORD da 2ª Série do Ensino Médio – CNEC, Sinop, MT, na Feira do Conhecimento, sob orientação do Prof. Odair e Profª. Jordana. 

Componentes
JOÃO RICARDO BASSO 
HEITOR PEPERARIO 
CLAÚDIO GAUVANI MOURA JUNIOR
GABRIEL GUIMARÃES
GABRIEL GALLERT SANTOS  


Henry Ford (Springwells, 30 de julho de 1863 — Dearborn, 7 de abril de 1947) foi um empreendedor estadunidense, fundador da Ford Motor Company, autor dos livros "Minha filosofia de indústria" e "Minha vida e minha obra", e o primeiro empresário a aplicar a montagem em série de forma a produzir em massa automóveis em menos tempo2 e a um menor custo.3 A introdução de seu modelo Ford T revolucionou os transportes e a indústria dos Estados Unidos.4 Ford foi um inventor prolífico e registrou 161 patentes nos Estados Unidos.5 Como único dono da Ford Company, ele se tornou um dos homens mais ricos e conhecidos do mundo.6 No dia 16 de junho de 1903, dia da fundação da Ford Motor Company, foi investido um capital de US$150 000 (em valores da época), de doze sócios, sendo que US$28 000 foram investidos pelo próprio Ford, com então 40 anos na época.

Resumo:
O trabalho teve como objetivo fazer uma apresentação das conquistas de Henry Ford que além de um grande construtor tornou-se também um dos grandes transformadores do mundo. Nesse contexto, os componentes do grupo apresentaram as invenções e contribuições de Henry Ford para o desenvolvimento da indústria automobilística que mudou a face do planeta. Através da apresentação de imagens e miniaturas de carros da Ford eles apresentaram aos visitantes da Feira a biografia e as grandes conquistas de um dos maiores construtores do mundo.

Agradecemos o empenho e dedicação do grupo para que o trabalho ficasse bom e ficamos felizes pelo desempenho na Feira do Conhecimento.

Att. Prof. Odair e Profª. Jordana.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

11 DE SETEMBRO: WORLD TRADE CENTER




Trabalho realizado pelo grupo 11 DE SETEMBRO: WORLD TRADE CENTER da 3ª Série do Ensino Médio – CNEC, Sinop, MT, na Feira do Conhecimento, sob orientação do Prof. Odair.

Componentes:
ALISSON DE SOUZA
BRUNNA WEIS
JOÃO FILLA
RAFAEL PERON

Coloque Deus no início que ele cuidará do fim.
João Filla

Resumo:
Este trabalho apresenta o terror que atacou dois dos mais emblemáticos pilares do poder político e financeiro dos Estados Unidos, provocando comoção, pavor e pânico em todo o mundo. As duas torres gêmeas do World Trade Center, que se destacavam no cenário de Manhattan e de toda Nova Iorque e significavam a riqueza, o dinheiro e a força econômica dos Estados Unidos, desabaram depois de dois ataques com aviões domésticos sequestrados por terroristas. O outro ataque foi desferido contra o Pentágono, símbolo da segurança, da soberba e do poder americano, destruindo parte da famosa construção de Washington.

Os componentes do grupo construiram as duas torres e uma delas tinha até o avião colidido. Os visitantes da feira ficaram encantados com a apresentação e conhecimento do grupo sobre o assunto. Parabéns a todos os componentes que se comprometeram para que o trabalho ficasse bom.

Prof. Odair

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Revolução Industrial



Trabalho realizado pelo grupo Revolução Industrial da 1ª Série do Ensino Médio – CNEC, Sinop, MT, na Feira do Conhecimento, sob orientação do Prof. Odair.

Componentes:
Aline M. D. Rodrigues 
Stefhany E. F. Corrêa 
Camila M. M. Garcia 
Kauan V. Laurindo 
Lucas C. Puntel 
Lucas F. Friedrich

Revolução Industrial foi a transição para novos processos de manufatura no período entre 1760 a algum momento entre 1820 e 1840. Esta transformação incluiu a transição de métodos de produção artesanais para a produção por máquinas, a fabricação de novos produtos químicos, novos processos de produção de ferro, maior eficiência da energia da água, o uso crescente da energia a vapor e o desenvolvimento das máquinas-ferramentas, além da substituição da madeira e de outros biocombustíveis pelo carvão. A revolução teve início na Inglaterra e em poucas décadas se espalhou para a Europa Ocidental e os Estados Unidos.

Os componentes do grupo apresentaram imagens das primeiras fábricas, explicaram o Capitalismo Comercial, Industrial e Financeiro e as consequências das indústrias para os dias atuais. Fizeram uma maquete e uma fábrica que saia fumaça de suas chaminés o que foi um barato e chamou a atenção dos visitantes da feira. Uma boa apresentação de trabalho sobre um tema muito interessante. Parabéns a toda turma pelo empenho e dedicação.

Prof. Odair

terça-feira, 8 de julho de 2014

II Guerra Mundial




Trabalho realizado pelo grupo II Guerra Mundial da 2ª Série do Ensino Médio – CNEC, Sinop, MT, na Feira do Conhecimento, sob orientação do Prof. Odair.

Componentes:
Denner Torsi; 
Lucas Coletto; 
Lucas Biato; 
Paulo G. Galvão; 
Valter Giroldo.

Segunda Guerra Mundial foi um conflito militar global que durou de 1939 a 1945, envolvendo a maioria das nações do mundo — incluindo todas as grandes potências — organizadas em duas alianças militares opostas: os Aliados e o Eixo. Foi a guerra mais abrangente da história, com mais de 100 milhões de militares mobilizados. Em estado de "guerra total", os principais envolvidos dedicaram toda sua capacidade econômica, industrial e científica a serviço dos esforços de guerra, deixando de lado a distinção entre recursos civis e militares. Marcado por um número significante de ataques contra civis, incluindo o Holocausto e a única vez em que armas nucleares foram utilizadas em combate, foi o conflito mais letal da história da humanidade, resultando entre 50 a mais de 70 milhões de mortes.

Os componentes do Grupo fizeram uma minuciosa pesquisa sobre o assunto e elaboraram um dossiê sobre uma das batalhas do conflito. Construíram uma maquete que representava o confronto direto entre as tropas aliadas e as tropas do eixo. Usaram, também, um mapa da batalha para que o público pudesse compreender bem a razão da batalha. No dia da apresentação eles estavam caracterizados como personagens diretos do conflito o que possibilitou uma boa explicação para o público visitante. Uma apresentação digna de um grupo comprometido com a realização do trabalho proposto. Quem foi visitar a feira deparou-se, entre outros, com Hitler, Mengele e Cia.

Enquanto professor sinto-me honrado em trabalhar com turma tão comprometida e eficaz como essa. Foi uma honra participar de uma aula de História como a apresentada na Feira.

Att. Prof. Odair

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Guerra Fria



Trabalho apresentado na Feira do Conhecimento - CNEC -Sinop, MT - pelos alunos Giordano, Gabriel Zuanazzi, Antonio Junior e Bruno Miron.

Guerra Fria é a designação atribuída ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a União Soviética, compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991), um conflito de ordem política, militar, tecnológica, econômica, social e ideológica entre as duas nações e suas zonas de influência.

Os alunos em comento fizeram uma apresentação em forma de diálogo em que cada um deles representavam um dos personagens da Guerra Fria.
JFK (Gabriel);
Robert Mcnamara, Secretário de Defesa Norte-Americano (Bruno);
Gorbachev (Antonio) e
Fidel Castro (Giordano) realizaram um teatro sobre os acontecimentos da Guerra Fria dividido em quatro atos.

O público ficou satisfeito com a apresentação do grupo uma vez que apresentaram domínio do conteúdo e explicaram importantes acontecimentos do período em que estivemos a beira da destruição total do planeta.

Parabéns aos integrantes do grupo e todo apoio dado pela Coordenação da Escola para o êxito desse trabalho.

Prof. Odair.

sábado, 21 de junho de 2014

Império Bizantino e Islamismo



Resumo para o 1º Ano - CNEC - Sinop, MT

Introdução

No século IV o Império Romano dava sinais claros da queda de seu poder no ocidente, principalmente em função da invasão dos bárbaros (povos germânicos) através de suas fronteiras. Diante disso, o Imperador Constantino transferiu a capital do Império Romano para a cidade oriental de Bizâncio, que passou a ser chamada de Constantinopla. Esta mudança, ao mesmo tempo em que significava a queda do poder no ocidente, tinha o seu lado positivo, pois a localização de Constantinopla, entre o mar Negro e o mar Mármara, facilitava muito o comércio na região, fato que favoreceu enormemente a restauração da cidade, transformando-a em uma Nova Roma.

Reinado de Justiniano

O auge deste império foi atingido durante o reinado do imperador Justiniano (527-565), que visava reconquistar o poder que o Império Romano havia perdido no ocidente. Com este objetivo, ele buscou uma relação pacífica com os persas, retomou o norte da África, a Itália e a Espanha. Durante seu governo, Justiniano recuperou grande parte daquele que foi o Império Romano do Ocidente.

Religião

A religião foi fundamental para a manutenção do Império Bizantino, pois as doutrinas dirigidas a esta sociedade eram as mesmas da sociedade romana. O cristianismo ocupava um lugar de destaque na vida dos bizantinos e podia ser observado, inclusive, nas mais diferentes manifestações artísticas. As catedrais e os mosaicos bizantino estão entre as obras de arte e arquitetura mais belos do mundo. Os monges, além de ganhar muito dinheiro com a venda de ícones, também tinham forte poder de manipulação sobre sociedade. Entretanto, incomodado com este poder, o governo proibiu a veneração de imagens, a não ser a de Jesus Cristo, e decretou pena de morte a todos aqueles que as adorassem. Esta guerra contra as imagens ficou conhecida como A Questão Iconoclasta.

 Sociedade bizantina

A sociedade bizantina era totalmente hierarquizada. No topo da sociedade encontrava-se o imperador e sua família. Logo abaixo vinha a nobreza formada pelos assessores do rei. Abaixo destes estava o alto clero. A elite era composta por ricos fazendeiros, comerciantes e donos de oficinas artesanais. Uma camada média da sociedade era formada por pequenos agricultores, trabalhadores das oficinas de artesanato e pelo baixo claro. Grande parte da população era formada por pobres camponeses que trabalhavam muito, ganhavam pouco e pagavam altas taxas de impostos.

Crise e Tomada de Constantinopla

Após a morte de Justiniano, o Império Bizantino ficou a mercê de diversas invasões, e, a partir daí, deu-se início a queda de Constantinopla. Com seu enfraquecimento, o império foi divido entre diferentes realezas feudais. Constantinopla teve sua queda definitiva no ano de 1453, após ser tomada pelos turcos.

Atualidade

Atualmente, Constantinopla é conhecida como Istambul e pertence à Turquia. Apesar de um passado turbulento, seu centro histórico encanta e impressiona muitos turistas devido à riquíssima variedade cultural que dá mostras dos diferentes povos e culturas que por lá passaram.

Islamismo 


Introdução

A religião muçulmana tem crescido nos últimos anos (atualmente é a segunda maior do mundo) e está presente em todos os continentes. Porém, a maior parte de seguidores do islamismo encontra-se nos países árabes do Oriente Médio e do norte da África. Assim como as religiões cristãs, a religião muçulmana é monoteísta, ou seja, crê na existência de apenas um deus, Alá ou Allah (palavra para designar Deus em árabe). Criada pelo profeta Maomé, a doutrina muçulmana encontra-se no livro sagrado, o Alcorão ou Corão. Foi fundada na região da atual Arábia Saudita.

Vida do profeta Maomé

Muhammad (Maomé) era da tribo de coraich e nasceu na cidade de Meca no ano de 570. Filho de uma família de comerciantes, passou parte da juventude viajando com os pais e conhecendo diferentes culturas e religiões. Aos 40 anos de idade, de acordo com a tradição, recebeu a visita do anjo Gabriel que lhe transmitiu a existência de um único Deus. A partir deste momento, começa sua fase de pregação da doutrina monoteísta, porém encontra grande resistência e oposição. As tribos árabes seguiam até então uma religião politeísta, com a existência de vários deuses tribais. Maomé começou a ser perseguido e teve que emigrar para a cidade de Medina no ano de 622. Este acontecimento é conhecido como Hégira e marca o início do calendário muçulmano. Em Medina, Maomé é bem acolhido e reconhecido como líder religioso. Consegue unificar e estabelecer a paz entre as tribos árabes e implanta a religião monoteísta. Ao retornar para Meca, consegue implantar a religião muçulmana que passa a ser aceita e começa a se expandir pela península Arábica. Reconhecido como líder religioso e profeta, faleceu no ano de 632. Porém, a religião continuou crescendo após sua morte.

Livros Sagrados e doutrinas religiosas

O Alcorão ou Corão é um livro sagrado que reúne as revelações que o profeta Maomé recebeu do anjo Gabriel. Este livro é dividido em 114 capítulos (suras). Entre tantos ensinamentos contidos, destacam-se: onipotência de Deus (Alá), importância de praticar a bondade, generosidade e justiça no relacionamento social. O Alcorão também registra tradições religiosas, passagens do Antigo Testamento judaico e cristão. Os muçulmanos acreditam na vida após a morte e no Juízo Final, com a ressurreição de todos os mortos. A outra fonte religiosa dos muçulmanos é a Suna que reúne os dizeres e feitos do profeta Maomé.

Preceitos religiosos

A Sharia define as práticas de vida dos muçulmanos, com relação ao comportamento, atitudes e alimentação. De acordo com a Sharia, todo muçulmano deve seguir cinco princípios:
 - Aceitar Deus como único e Muhammad (Maomé) como seu profeta;
- Dar esmola (Zakat) de no mínimo 2,5% de seus rendimentos para os necessitados;
- Fazer a peregrinação à cidade de Meca pelo menos uma vez na vida, desde que para isso possua recursos;
- Realização diária das orações;
- Jejuar no mês de Ramadã com objetivo de desenvolver a paciência e a reflexão.

Locais sagrados

Para os muçulmanos, existem três locais sagrados: A cidade de Meca, onde fica a pedra negra, também conhecida como Caaba. A cidade de Medina, local onde Maomé construiu a primeira Mesquita (templo religioso dos muçulmanos). A cidade de Jerusalém, cidade onde o profeta subiu ao céu e foi ao paraíso para encontrar com Moisés e Jesus.

Divisões do Islamismo

Os seguidores da religião muçulmana se dividem em dois grupos principais : sunitas e xiitas. Aproximadamente 85% dos muçulmanos do mundo fazem parte do grupo sunita. De acordo com os sunitas, a autoridade espiritual pertence a toda comunidade. Os xiitas também possuem sua própria interpretação da Sharia.

Questões da Prova: 

(UFJF-MG) O islamismo, religião fundada por Maomé e de grande importância na unidade árabe, tem como fundamento:
a) o monoteísmo, influência do cristianismo e do judaísmo, observado por Maomé entre povos que seguiam essas religiões.
b) o culto dos santos e profetas através de imagens e ídolos.
c) o politeísmo, isto é, a crença em muitos deuses, dos quais o principal é Alá.
d) o princípio da aceitação dos desígnios de Alá em vida e a negação de uma vida pós-morte.
e) a concepção do islamismo vinculado exclusivamente aos árabes, não podendo ser professado pelos povos inferiores.

 (FGV-SP) A hégira, um dos eventos mais importantes do islamismo e que marca o início do calendário islâmico, corresponde:
a) à entrada triunfal de Maomé em Meca em 630.
b) ao casamento de Maomé com uma rica viúva, dona de camelos.
c) à fuga de Maomé e seus seguidores de Meca para Medina.
d) à revelação de Maomé que lhe foi transmitida pelo arcanjo Gabriel.
e) ao grande incêndio da Caaba em Meca em 615.

Obs. Estudar ainda Os Reinos Bárbaros.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Santo Agostinho





Resumo para a Avaliação de Filosofia do 3º Ano EM - CNEC, Sinop - MT 

Introdução

Aurélio Agostinho, o Santo Agostinho de Hipona foi um importante bispo cristão e teólogo. Nasceu na região norte da África em 354 e morreu em 430. Era filho de mãe que seguia o cristianismo, porém seu pai era pagão. Logo, em sua formação, teve importante influência do maniqueísmo (sistema religioso que une elementos cristãos e pagãos).

Biografia

Santo Agostinho ensinou retórica nas cidades italianas de Roma e Milão. Nesta última cidade teve contato com o neoplatonismo cristão.
Viveu num monastério por um tempo. Em 395, passou a ser bispo, atuando em Hipona (cidade do norte do continente africano). Escreveu diversos sermões importantes. Em “A Cidade de Deus”, Santo Agostinho combate às heresias e a paganismo. Na obra “Confissões” fez uma descrição de sua vida antes da conversão ao cristianismo.
Santo Agostinho analisava a vida levando em consideração a psicologia e o conhecimento da natureza. Porém, o conhecimento e as idéias eram de origem divina.
Para o bispo, nada era mais importante do que a fé em Jesus e em Deus. A Bíblia, por exemplo, deveria ser analisada, levando-se em conta os conhecimentos naturais de cada época. Defendia também a predestinação, conceito teológico que afirma que a vida de todas as pessoas é traçada anteriormente por Deus.
As obras de Santo Agostinho influenciaram muito o pensamento teológico da Igreja Católica na Idade Média.
Morreu em 28 de agosto (dia suposto) de 420, durante um ataque dos vândalos (povo bárbaro germânico) ao norte da África.
Santo Agostinho é considerado o santo protetor dos teólogos, impressores e cervejeiros. Seu dia é 28 de agosto, dia de sua suposta morte.

Algumas obras de Santo Agostinho:
 - Da Doutrina Cristã (397-426)
- Confissões (397-398)
- A Cidade de Deus (413-426)
- Da Trindade (400-416)
- Retratações
- De Magistro
 - Conhecendo a si mesmo

 Frases e Pensamentos de Santo Agostinho: 

"Se dois amigos pedirem para você julgar uma disputa, não aceite, pois você irá perder um amigo. Porém, se dois estranhos pedirem a mesma coisa, aceite, pois você irá ganhar um amigo."

"Milagres não são contrários à natureza, mas apenas contrários ao que entendemos sobre a natureza."

"Certamente estamos na mesma categoria das bestas; toda ação da vida animal diz respeito a buscar o prazer e evitar a dor."

"Se você acredita no que lhe agrada nos evangelhos e rejeita o que não gosta, não é nos evangelhos que você crê, mas em você."

"Ter fé é acreditar nas coisas que você não vê; a recompensa por essa fé é ver aquilo em que você acredita."

"A pessoa que tem caridade no coração tem sempre qualquer coisa para dar."

"A confissão das más ações é o passo inicial para a prática de boas ações."

"A verdadeira medida do amor é não ter medida."

"Orgulho não é grandeza, mas inchaço. E o que está inchado parece grande, mas não é sadio."

Fonte: www.suapesquisa.com

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Brasil! Ame-o ou deixe-o!



Era uma tarde típica de Brasil. Um sol radiante brilhava no horizonte. Uma euforia tomava conta das ruas, dos bares, dos clubes e das casas. Difícil o local no país onde não houvesse alguém diante da TV. Grandes, de LED em HD, mas também pequenas, algumas ainda em preto e branco. Olhos atentos, coração pulsando acelerado (em alguns casos, quase saindo pela boca) e esperança depositada na seleção canarinho. O verde e amarelo tomava conta de todas os lugares. Imagens de satélite mostravam um imenso país pintado com as cores da seleção. Uma confiança muito grande no hexacampeonato de futebol. Não poderia haver adversário melhor na final! Nossos hermanos. A Argentina de Lionel Messi e companhia contra os comandados de Felipão liderados em campo pela genialidade de Neymar.

Durante a execução do Hino Nacional houve uma comoção generalizada. Dentro do Maracanã lotado, nas casas luxuosas das capitais e nas mais humildes choupanas do interior do sertão ouvia-se o acompanhar do Hino e o tremular das bandeiras. É indescritível os acontecimentos quando a bola rola. Os corações palpitam dentro do peito a cada toque na bola. Até os poucos manifestantes que protestavam próximos do estádio se curvam diante da magia do futebol. Brasil! Brasil! Era o grito que se ouvia a plenos pulmões.

Parecia fácil. No fim do primeiro tempo a seleção brasileira ganha da Argentina por 2 a 0. Tudo é festa no país do carnaval. Alguns até já falam em duas semanas de feriado nacional para comemorar a façanha. A empolgação é geral. Ninguém mais lembra que deveria ter sido construído escolas e hospitais em vez de estádios. Ninguém mais lembra que milhões de reais foram desviados dos cofres públicos nas obras da copa e quem vai pagar essa conta é o brasileiro. Ninguém mais lembra que as obras de mobilidade, os centros de treinamentos, os aeroportos não ficaram prontos e, talvez, nunca ficará. O que importa isso? Importante é o Brasil ser hexa.

O improvável acontece. O raio não cai duas vezes no mesmo lugar, pelo menos é isso que todos pensam. A Argentina empata o jogo no segundo tempo e o jogo ainda não acabou. Faltam menos de cinco minutos para o apito final. Se der empate vamos ter uma prorrogação e, persistindo o empate, vamos decidir nos pênaltis. Alguns comentaristas já lembram 1950. Era o Uruguai. Não pode ser. Isso não! De novo não! O brasileiro não merece isso.

Quarenta e cinco minutos do segundo tempo. Uma falha incrível do zagueiro do Brasil e a bola sobra para o atacante argentino fuzilar sem dó nem piedade. Há um silêncio sepulcral no Brasil inteiro. Galvão Bueno fica mudo. O grito de é Hexa! É Hexa! É entalado na garganta dele. Parece que tudo vai desabar. Nem mesmo a torcida argentina acredita no que seus olhos contemplam. É inacreditável. O placar do Maracanã mostra Brasil 2 X 3 Argentina. Durante alguns segundos que mais parecem uma eternidade todos ficam atônitos. Há um pavor geral no Brasil. Narradores silenciosos, comentaristas sem palavras, torcida boquiaberta. Não é possível. O silêncio é interrompido pelo apito final do árbitro. Final de Copa do Mundo Fifa 2014 no Brasil. A Argentina é tricampeã do mundo!


Tudo bem. Eu explico. Logicamente que a história acima não passa de fruto da minha imaginação. No entanto, gostaria muito que fosse assim. Não que eu não goste do Brasil e da seleção. Muito pelo contrário. Eu sou brasileiro e amo o meu país, assim como a minha seleção. Amo a minha pátria. Mas não posso me conformar com o que acontece a minha volta. Vai ter protesto durante a copa do mundo? Com certeza sim. Mas os protestos não são capazes de sufocar um órgão tão poderoso e inescrupuloso como a Fifa e a mídia que a defende. Quem mais vai lucrar com a Copa do Mundo? Além dos políticos e grandes corporações que já embolsaram os seus milhões com o superfaturamento das obras, a Fifa é a grande beneficiaria da realização da Copa do Mundo.

Nos anos 1950 o brasileiro ainda não era tão fanático por futebol como é nos dias atuais. Mesmo assim, a derrota para o Uruguai causou comoção no país inteiro e, até hoje, procuram os responsáveis pela tragédia. Nos ano 1970 o governo militar usou a seleção como trunfo para esconder as mazelas e torturas que sufocavam a nação brasileira. Como faziam os imperadores romanos no Coliseu dando pão e circo para os seus súditos na esperança de que o povo esquecesse os descasos, da mesma forma vemos isso acontecer no Brasil em pleno século XXI. Tudo bem que a dominação ideológica hoje é bem mais sútil e devastadora do que naquela época.

Sou brasileiro, mas penso que seria uma boa se o Brasil não ganhasse essa copa. Não que isso vá resolver os problemas emergenciais como saúde, educação e segurança para não citar as outras áreas, mas, pelo menos, no meu entendimento, abriria um pouco os olhos de muita gente. Logo após a Copa do Mundo, vamos ter menos de três meses para decidir o futuro do nosso país através do voto. A hora da manifestação, então, é chegada. A hora do protesto que faz a diferença. Chega de pão e circo. Chega desses espetáculos para enganar a massa. Acorda Brasil!

Porque no meu sonho o Brasil perde para a Argentina? Por que, no meu ponto de vista, nenhuma derrota seria tão impactante no coração do brasileiro do que perder a final para a Argentina. E, as maiores reflexões acontecem nos momentos de maiores dores. Um golpe para curar outro golpe. Brasil, ame-o ou deixe-o! Hoje já são mais de 190 milhões em ação. Pra frente Brasil, salve a Seleção!

Termino esse texto sabendo que muitas críticas virão e que nem todos concordarão com meu ponto de vista. Ainda bem que moramos em um país onde existe a liberdade de expressão. E, pode ser que nada aconteça do previsto por mim aqui neste espaço. Pode ser que o Brasil vença, pois tem seleção para isso, (apesar de haver boatos que o troféu já está comprado para o Brasil) e os brasileiros façam a festa pelo país inteiro. Pode ser que se comovam com isso e votem com consciência nas eleições em outubro. Pode ser que o montante arrecadado com os jogos sejam revertidos para a educação e a saúde com construções de escolas e hospitais para atender a população que mais precisa. Pode ser.

Texto: Odair

sexta-feira, 16 de maio de 2014

As últimas folhas



A ventania despojou às árvores
E suas folhas,
As últimas, vieram ao chão.
Os galhos secos revelam a tristeza
De uma terra, verde outrora,
Onde os pássaros buscavam refúgio
E brincavam entre os galhos.
Já não se ouve seu cantar
Nestas terras desoladas.
Só o ronco dos tratores
A plantar.
O verde da soja
O branco do algodão
São as cores de Mato Grosso.
Mas, as últimas folhas das árvores
São levadas pelo vento.
Ao longe
Ouve-se o ronco do motor
E logo,
O vegetal lenhoso virá ao chão.

Poema: Odair