segunda-feira, 31 de março de 2008

ODAIR


O alvorecer de um novo dia clama
Dia-a-dia a voz inflama
Amor não pode ter fim
Invadiu meu coração com um sim
Revelando, aos poucos, que me ama.

...............................................................

Onde posso caminhar todo dia
Deixando meus sonhos voarem
Aos pássaros não devo nada
Intento o sonho vivido;
Resisto ao seu olhar
Jovial e singelo
Olho para o horizonte
Sereno e inconfundível
Estou de volta ao amanhecer.

sexta-feira, 28 de março de 2008

PAPO DE HISTORIADOR...















Não pretendo dar o braço a torcer...

Ou se é ou não se é nada!
De que importa o que falou Platão, Nieztsche ou Foucault? Eu tenho as minhas idéias e com elas pretendo desenvolver o meu projeto. E quem é você para questionar as minhas idéias? Não quero somente reproduzir pensamentos de outrém. Tenho idéias que pretendo construí-las.
Quem me garante que daqui a 100 ou 200 anos não serei, ou melhor, minhas idéias não serão o top de linha do pensamento da época, assim como foi o Marxismo e hoje é o Foucaultianismo?
Não é que pretendo ser um revolucionário nas idéias, isso eu já sou. O que escrevo sai da minha mente direto para o teclado, quando não, para a folha de papel. Deixo que as idéias fluem livremente e coloco-ás no papel...
É preciso conservar o conhecimento adquirido e pensar em novos projetos que possam estabelecer parâmetros nesta sociedade que se perde em meio a tanta mediocridade estabelecida pelos modernos meios de comunicação...
Minhas idéias devem provocar em você uma comoção... Sim... você tem que pensar. Está satisfeito com essa vida medíocre que leva? Não sabe nada sobre nada e ainda tira vantagens sobre os outros... Pare um pouco e pense: Você consegue escrever alguma coisa? Pelo menos o que fez durante o dia? Não consegue. Por mais que você tente, você não consegue. Não tem coordenação para escrever... Seus dedos não acompanham a sua mente. Mesmo que você queira não sai nada. A folha de papel continua lá... Esperando, esperando. E, se sai alguma coisa... quase sempre é coisa medíocre, se não for reprodução barata de alguém que já tinha falado aquilo. Triste? Isso é reflexo de um mundo moderno, cheio de informação, mas onde as pessoas não tem conhecimento! É uma pena... Lamentável mesmo...


Texto: Odair José.

terça-feira, 25 de março de 2008

PRISÃO...!!!


Ouvi certa vez de alguém que deveríamos, durante nossa vida, visitar três locais: um hospital, um velório e uma prisão. Nunca me interessei por nenhum desses lugares.
No entanto, por um capricho do destino, fui, no domingo (23) na cadeia pública de Água Boa, munícipio de Mato Grosso, visitar minha tia que lá se encontra presa. Ela foi presa no último dia 5, na Barra do Garças, fronteira de Mato Grosso com Goiás, juntamente com o seu esposo, acusados de tráfico de drogas. É bem verdade que encontraram uma grande quantidade de entorpecentes com eles, mas dai minha tia saber disso é outros quinhentos. Como meus familiares são de Cáceres, que fica a mais de 800 km daqui resolvi ir visitar ela na prisão pois moro atualmente em Nova Xavantina que fica a 80 km de Água Boa onde minha tia está presa esperando a decisão judicial sobre a sua situação.
Neste texto pretendo deixar duas coisas registradas para a posteridade.
A primeira diz respeito a cidade de Água Boa. É mais uma que conheço em minha vida. Fiquei encantado com ela. Planejada, com ruas espaçosas e bastante árvores. Senti que é uma cidade confortável de se viver.
A segunda é sobre a prisão. Com certeza não é lugar para ninguém viver. Aliás, o que não tem naquela prisão é vida. Minha tia estava presa junta com outras 27 mulheres em um cubículo que cabe 8 pessoas espremidas. Só tem acesso a duas horas diárias de sol, o restante do tempo é presas naquele lugar. Durante as três horas que fiquei lá no domingo ouvi várias histórias das detentas que ali estavam. Inclusive do que acontece durante o período em que não tem visitas... É de arrepiar...
Claro que as pessoas têm que pagar pelos seus erros. Essa é a lei da semeadura. E, com certeza, se alguém almeja o arrependimento, aquele é o lugar onde a pessoa o encontra.
Por mais que as pessoas tentam manter as aparências, como no caso da minha tia, é possível perceber o sofrimento pelo olhar distante, as lágrimas que teimam em sair dos olhos, pelo caminhar sem rumo e em círculos... Percebemos que as coisas ali são horríveis. A solidão é companheira mais presente na vida daquelas pessoas.
Engraçado como são as coisas. Confesso que não dormi na noite anterior à visita por que estava ansioso e imaginando como seria. Depois não dormi na noite posterior depois de ver aquela montoeira de mulheres. Pode parecer que não, mas é nessas horas que você percebe que ama as pessoas. No meu caso, percebi o quanto amo a minha tia e sinti muita pena de ver ela naquela situação.
Como diz a frase do ínicio do meu texto: é possível refletir sobre a vida e o que nos acontece quando vamos a um desses lugares...

Texto: Odair José

quarta-feira, 19 de março de 2008

MEU PAI (TAMBÉM) É UM HEROI...


A vida de meu pai é fantástica. Seria possível escrever uma longa biografia desse homem espetacular. Nem as grandes biografias dos grandes homens da história seriam capazes de ofuscar tamanho brilho uma vez que, para mim, ele é o maior. A coisa mais importante que um homem pode fazer nessa vida é dar uma boa educação para seus filhos. Dar amor e oportunidades para que eles cresçam e sobreviva nesse mundo complicado.

Quantas vezes vi meu pai passar horas sem dormir por minha causa. Outras vezes ficou sem comer para que eu pudesse comer o único alimento que tinha no momento. Isso é o mais importante na vida do ser humano. Saber que alguém o ama a ponto de se sacrificar por você. Nesses gestos tão singelos é que encontramos a essência do amor.

É claro que questiono hoje as mentalidades que ele exercia na minha infância, principalmente quando dizia “no tempo do meu pai era assim”. No entanto, será que meus filhos não poderão me contestar no futuro por coisas que defendo hoje? Sei que os pensamentos mudam com o passar dos anos e o que no passado era ruim, hoje já não é mais.

A vida de meu pai pode ser dividida em duas partes (historiadores adoram isso), antes e depois de se converter ao evangelho. Por volta do ano de 1985 ele se converteu ao evangelho e passou a seguir a doutrina protestante. Isso foi um marco porque ele era um ferrenho e ardoroso católico e contrario, até o extremo, com a doutrina protestante. Conta-se que uma vez, quando ainda moravam em uma fazenda, passou uns crentes por lá fazendo evangelismo e deixaram uma bíblia para eles. Quando meu pai chegou do serviço e viu aquele livro de capa preta sobre a mesa ficou bravo e mandou queimar.

Aliás, queimar é com ele mesmo. Quando criança, lembro-me que eu e meu irmão adorávamos gibis. Eu era fã do universo Marvel e da DC Cosmic, meu irmão também e mais ainda de bolsilivros. Mas meu pai era contra. Recém convertido ao evangelho ele se tornou bastante radical e nos proibia de ler “aquelas porcarias”. Uma vez ele queimou uma pilha daqueles gibis e revistas. Claro, tinha algumas pornográficas também, coisa de qualquer adolescente. Sinto saudades das minhas revistas hoje, principalmente as do Homem-Aranha e Incrível Hulk. No entanto, não condeno o meu pai por isso. É o tipo de coisa que qualquer pai faz para manter uma ideologia que, para ele, e, naquele momento, era o certo.

Meu pai se chama Josuel, mas todo mundo o conhece por Zué. É Mineiro de Patos de Minas, isto é, um patureba, terra que ama de coração e toda vez que fala dela fala com carinho e saudade. Isso é notado a todo o momento quando conversamos com ele. Neste dia 22 de março de 2008 ele estará completando 59 anos. Sua história é cheia de surpresas que pretendo estar desenvolvendo na sua biografia “Zué, um mineiro no Mato Grosso – A História”. Titulo que, por enquanto, é provisório.

Neste dia (22 de março), quero parabenizá-lo pelos seus 59 anos. Um dos poucos em que passo longe dele, talvez por isso sinto tanta falta. No entanto, quero que sinta o meu carinho e abraço.

Texto: Odair José.

terça-feira, 18 de março de 2008

Saudades da Minha Terra...


Hoje me deu saudade da minha terra...
Engraçado como são as coisas. Estou distante de Cáceres e sinto saudade das coisas de lá.
Saudade da Princesinha do Paraguai!!!

segunda-feira, 17 de março de 2008

MICHELANGELO


"Que obra de arte é o homem: tão nobre no raciocínio;
tão vário na capacidade; em forma e movimento,
tão preciso e admirável, na ação é como um anjo;
no entendimento é como um Deus; a beleza do mundo;
o exemplo dos animais."

Trecho da obra Hamlet, de William Shakespeare.

MICHELANGELO...

Na noite xavantinense ouve-se uma mistura curiosa. O rapaz conheceu uma garota de São Paulo e combinaram de sair na noite de Nova Xavantina. Ela lhe apresentou uma outra garota que havia se tornado sua amiga no curto tempo em que esteve na cidade. Junto com elas outras duas garotas apareceram e, juntos foram ao Paladar.

Vários assuntos foram os temas daquela noite. No entanto, o mais importante, ou pelo menos o mais cativante foi sobre o Michelangelo.

Não, não se trata do grande pintor e escultor renascentista e sim do capacete de uma das garotas. Essa história foi fantástica. Riram-se muito das peripécias de Michelangelo. E, em meio a essa descontração um sorriso cativou o olhar do jovem ali presente.

Ele ficou encantado com o jeito extrovertido daquela garota. Juntos foram para a praça da cidade onde, entre outras musicas, ouviram um grupo de jovens tocarem “Chão de Giz” e “Piano Bar” em solo de violão.

A magia tomou conta da meiguice da garota. Na verdade eram quatro garotas, mais apenas aquela ficou em sua memória. A garota do Michelangelo.

Texto: Odair José.
Imagem: Pintura de Michelangelo.

quarta-feira, 5 de março de 2008

LIVROS ... SEMPRE LIVROS


Permita-me neste espaço, falar de algo que é sempre presente em minha vida...
Os livros!!!
Sem livros creio que minha vida seria bem menos gostosa de viver como é com os livros. As vezes nem leio-os todos, mas já me alegro só em folheá-los, sentir o cheiro, ver as imagens e as letras construidas ao longo dos tempos...
Os livros são fascinantes... Nos apresenta mundos que nunca poderemos alcançar ou mesmo ver... Mas, através deles podemos encontrar esse mundo e viver...
Estou escrevendo um livro... Não sei se vou fazer sucesso como escritor, só sei que amo ver as palavras sendo formadas através das minhas mãos e me sinto importante ao notar que o conjuto das palavras que formam a história vão saindo da minha mente e se formando em uma folha de papel ou na tela branca de um arquivo word.
Quero aqui deixar um poema que li certa vez e que guardei.

"Livros"

Um livro de capa
conservada
São papéis com palavras
guardadas.

Um livro de capa
amolecida
São palavras que já
foram lidas.

Um livro grifado
foi totalmente anotado
na memória.

Os livros fazem
transfusão de vida,
fazem a História.

Texto: Odair José.
Poema: Autor Desconhecido.