sábado, 10 de dezembro de 2022

A Grande Final da Copa do Mundo será Épica!


    Passada as grandes emoções das quartas de finais da Copa do Mundo no Qatar (e que emoções!) resta-nos esperar pelas emoções das semifinais que prometem ser imensas. Ao pensar sobre isso deparei-me com uma Grande Final. No meu entender será Épica. Senão, vejamos: 

    Suponhamos que dê a lógica. Argentina vence a Croácia e a França vença a seleção de Marrocos. Uma final entre Argentina e França será épica porque reunirá duas seleções bicampeãs do Mundo e uma delas se tornará tricampeã. Só isso já a tornaria épica. 

    No entanto, como a lógica no futebol nem sempre prevalece, vamos imaginar que a Croácia vença a Argentina e dê na final Croácia e França. Seria épico porque, pela segunda vez, teríamos uma reedição de final consecutiva. França e Croácia repetiria as finais de 1986 e 1990 quando Argentina e Alemanha fizeram as duas finais. 

    Mas, podemos imaginar, também, que Marrocos vença a França e faça a grande final contra a Argentina. Pela primeira vez, desde 1930, teríamos uma final sem uma equipe europeia. Além disso, Marrocos faria história por ser a primeira seleção Africana em uma Final (já fez história por estar na semifinal). Mais além ainda, seria a primeira final de Copa do Mundo que uma final seria sem o confronto de sul-americanos e europeus ou entre duas seleções europeias

    Por último, vamos imaginar que Marrocos vença a França e a Croácia vença a Argentina. Nesse contexto teríamos uma final épica entre duas equipes fora das grandes favoritas, e que nunca foram campeãs, a levantar o troféu. Realmente, são muitas emoções pela frente. 

    E, para os amantes do Futebol, não poderia ser melhor do que isso (poderia sim, se o Brasil estivesse na disputa ainda!). Aguardemos! E, para deixar claro, a minha torcida vai para a Argentina (pelo Messi e o futebol que ele joga!).

Texto: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

O Soldado que Não Existiu (2022)


Assisti e recomendo. Filme muito bom! 

Sinopse 

O Soldado que Não Existiu (2022) é um filme baseado em fatos reais. Em meio a Segunda Guerra Mundial, Ewen Montagu (Colin Firth) é um juiz, espião e oficial da inteligência naval da Inglaterra que planejou a operação Mincemeat, além de ser um dos dois agentes que a executou. Os dois oficiais de inteligência planejaram quebrar o controle mortal de Hitler sobre a Europa com um plano criativo e ousado. Na esperança de mudar o curso da Segunda Guerra Mundial e salvar dezenas de milhares de vidas, eles utilizaram um cadáver e documentos falsos para enganar as tropas alemãs.

Amsterdam (2022)


Assisti e recomendo. Muito bom o filme! 

Sinopse 

Amsterdam (2022) é ambientado na década de 1930 e conta a história de uma grande amizade e um assassinato que pode ameaçar a vida dos protagonistas e abalar toda uma sociedade. A trama policial segue três amigos íntimos: dois soldados e uma enfermeira (Christian Bale, John David Washington e Margot Robbie), que fizeram um pacto no passado, de sempre se protegerem enquanto trio, não importa o que aconteça. Mas, eles se perdem no centro do caso de um assassinato, do qual se tornam os principais suspeitos. Para provar que não estão envolvidos na morte, o grupo contará com a ajuda de aliados para tentar investigar o crime, e assim se proteger e enfrentar o verdadeiro assassino. Mas, novamente por acaso, os três amigos descobrem uma das tramas mais surpreendentes da história norte-americana, que em parte, é baseada em uma história real. Do mesmo diretor de O Lado Bom da Vida, David O. Russell.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Ben-Hur (1959)

    Um clássico é um clássico. Assisti pela 3ª vez o filme Ben-Hur, o original de 1959 e digo com toda a certeza. É um daqueles clássicos inesquecíveis do cinema. Vale a pena assistir. É longo, muito longo, mas vale muito  pena.

    Deixo aqui, além da recomendação para assisti-lo, uma breve sinopse do filme.

    Longa-metragem americana, de grande sucesso mundial, com a duração de cerca de três horas e meia, realizada por William Wyler, em 1959. Filme de ação e drama, onde se misturam sentimentos de amor, sofrimento, rancor e fé religiosa, contou com a participação de um vasto elenco tendo como protagonista Charlton Heston no papel de Judah Ben-Hur.

    A história passa-se na época do Império Romano, na província da Judeia, onde havia a perseguição aos judeus, que deixaria marcas profundas na História da Humanidade. Esta longa-metragem foi realizada por William Wyler e tem como ator principal Charlton Heston, que fez o papel do príncipe judeu Ben-Hur. Uma das cenas mais famosas desta obra cinematográfica é a corrida de quadrigas cujos planos de filmagem bem conseguidos não passaram despercebidos nem ao público nem à crítica. Segundo esta, na altura, Ben-Hur foi considerado o exemplo a seguir para a realização de filmes épicos. Ben-Hur era um mercador rico que vivia em Jerusalém com a mãe e a irmã e era uma figura respeitada pelo poder romano. Era amigo do governador Messala, embora, devido a divergências políticas, a amizade tivesse esfriado. Em consequência disso, um dia, um mal-entendido causado por um pequeno incidente provoca a indignação do governador, que, apesar de saber da inocência de Ben-Hur, o manda para as galés e prende a sua família. 

    A partir daqui, desenrola-se toda a ação dramática do filme, quando Ben-Hur decide vingar-se. Para além da ação, que predomina no filme, há uma questão religioso que serve de pano de fundo a todo o enredo e que pressupõe a salvação de Ben-Hur. Jesus Cristo aparece como uma personagem secundária (todos os planos de câmara ocultam o Seu rosto) mas indispensável para o desfecho da ação. Foi um dos filmes nomeados pela Academia de Hollywood para os Óscares, tendo conseguido obter onze galardões: Melhor Filme, Realizador, Ator (Heston), Ator Secundário (para o ator britânico Hugh Griffith, que compôs um xeque árabe), Direção Artística (G. Davis), Fotografia (Robert Surtees), Som (Franklin Milton), Montagem (John Dunning), Banda Sonora (Miklos Rozsa), Guarda Roupa (Elizabeth Haffenden) e Efeitos Especiais (Ronald MacDonald). Curiosamente, Charlton Heston não foi a primeira escolha de Wyler para o papel de Ben-Hur, visto Paul Newman e Rock Hudson terem declinado o convite.

Odair José, Poeta Cacerense

Fonte: https://www.infopedia.pt/$ben-hur 




terça-feira, 11 de janeiro de 2022

O Diabo de Cada Dia

Assisti e recomendo!

    Ambientada entre a Segunda Guerra Mundial e a Guerra do Vietnã, O Diabo de Cada Dia acompanha diversos personagens num canto esquecido de Ohio, os quais a vida acabam se conectando. Willard Russell (Bill Skarsgård) é um atormentado veterano, sobrevivente de uma carnificina, que não consegue salvar sua bela esposa de uma morte agonizante por conta de um câncer, mesmo com toda a oração e devoção de sua parte. Enquanto isso, Carl (Jason Clarke) e Sandy Henderson (Riley Keough), um casal de assassinos em série, percorrem as rodovias americanas em busca de modelos adequadas para fotografar e exterminar. E no meio disso tudo está Arvin Russell (Tom Holland), filho órfão de Willard e Charlotte (Haley Bennett), que cresceu para ser um homem bom mas começa a demonstrar comportamentos violentos quando passa a desconfiar que o líder religioso da cidade, Preston Teagardin (Robert Pattinson), é uma farsa. 

Odair José, Poeta Cacerense



segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Ataque dos Cães

 

Assisti e recomendo! 
 
Ataque dos Cães conta a história de Phil (Benedict Cumberbatch) e George (Jesse Plemons), dois irmãos ricos e proprietários da maior fazenda de Montana. Enquanto o primeiro é brilhante, mas cruel, o segundo é a gentileza em pessoa. A relação dos dois vai do céu ao inferno quando George se casa secretamente com a viúva local Rose (Kirsten Dunst). O invejoso Phil fará de tudo para atrapalhá-los. 
 
Odair José, Poeta Cacerense

 

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Ano Eleitoral no Brasil e o Cenário é Assustador


    Enfim chegamos ao ano de 2022. Ano eleitoral no Brasil e o cenário é assustador. Quando digo assustador estou me referindo ao que vislumbro dentro da minha concepção política. Vai ter muitos que não concordam comigo.

    Tem aqueles que defendem o presidente Bolsonaro como sendo um bom ou ótimo candidato a permanecer no poder. Esses acreditam em “mitos”, “messias” e “deus acima de tudo”. São defensores da “família”, “religião” e outras ideologias conservadoras. Esses vão, no mínimo dizer que não sou um “cristão”, que me desviei da fé e dos bons costumes, dirão que sou lulista e petista e outros istas por ai. Que assim seja. No entanto, na minha opinião, o sistema político no Brasil não pode e não deve estar atrelado a religião. A fé e a coroa nunca deu certo. Não funciona um governo só para os evangélicos, assim como não funciona um governo só para os católicos, ou só para os praticantes das religiões afros ou outras. Não funciona. Não dá certo. Um país onde se defende a Constituição e ela estabelece a liberdade religiosa não funciona a religião atrelada ao Estado como querem os nossos ilustres religiosos, principalmente alguns evangélicos mais fundamentalistas.

    Por outro lado terá aqueles que defendem a volta do ex-presidente Lula ao poder. Esses também vão me criticar pela minha opinião porque eles defendem que o melhor período do Brasil foi no governo do ex-presidente petista. Dirão que não entendo nada de política e que estou do lado de bolsonaristas, que sou fascista, ou machista ou outros istas por ai. Dane-se! Apenas não compactuo com essa ideologia. Não acredito que a volta do ex-presidente vá resolver um problema crônico em nossa nação que perdura desde o seu nascimento. O sistema político que destrói o pobre, o trabalhador em benefício do grande latifundiário, dos banqueiros. E essa é minha opinião.

    Então, se Bolsonaro não resolverá o problema, se Lula não resolverá o problema, o que fazer? Existe uma terceira via? Sinto lhes informar que não! Qualquer um que aparecer com a miníma chance de tirar o governo desses dois, seja Moro, Ciro, Dória, Tiririca, Romário, Hulk, ou até mesmo um alienígena, não mudará o nosso cenário político. Estamos fadados ao fracasso político. Digo isso porque entendo que o problema do Brasil é mais profundo do que imaginamos. Está em cada um de nós. Está na grande maioria absoluta dos analfabetos políticos existentes na nação. Um povo que não lê nada sobre política, que não entende nada sobre política, que não gosta de política, enfim, como podemos esperar alguma coisa de um povo assim?

    Infelizmente um desses dois irá ganhar a eleição esse ano. Infelizmente não terei outra opção a não ser votar nulo no segundo turno. Infelizmente viveremos mais quatro anos nessa labuta diária contra os desmandos de governos hipócritas, cercados de bajuladores corruptos. Infelizmente o cenário é assustador.

    Para finalizar esse texto quero dizer que não acredito que é Deus que coloca esses governantes no poder. Quem os coloca lá são o povo, o eleitor. E, nesse caso, a voz do povo NÃO é a voz de Deus. Tudo pode estar na permissão de Deus, mas nem tudo está na direção de Deus. Então, que seja o que o povo quiser. E o povo tem o governo que merece!

Texto: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

"Não Olhe Para Cima" | Quando nós somos os nossos maiores inimigos

    Jennifer Lawrence, Leonardo DiCaprio, Meryl Streep e Jonah Hill estão juntos na mais nova comédia da Netflix: Não Olhe Para Cima. O filme, que chega ainda em dezembro à plataforma de streaming, conta uma história tão trágica que chega a ser cômica, e qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.

    Mesmo que Adam McKay, diretor e roteirista do filme, tenha escrito o longa antes mesmo da pandemia, os acontecimentos dele fazem um paralelo com a atualidade. Isso, porque as questões abordadas no filme sempre estiveram presentes em nossa sociedade, faltando apenas um tapa nas bochechas para que pudéssemos acordar.

Desastre

    A premissa de Não Olhe Para Cima é desesperadora por si só: "Conta a história de dois astrônomos que participam de uma gigantesca cobertura de imprensa para alertar a humanidade sobre a aproximação de um cometa que destruirá a Terra", diz a sinopse oficial.

    Há cerca de 66 milhões de anos, um asteroide se colidiu com o nosso planeta e extinguiu a maior parte dos seres vivos, inclusive os tão falados dinossauros. Por que, então, não há chances de isso acontecer novamente? Até o momento, não existe qualquer cometa que esteja colocando a Terra em risco, mas o planeta está, a cada ano, mais ameaçado por algo que vem sendo questionado pela população há bastante tempo: o aquecimento global.

    Por enquanto, ainda que com sacrifícios extremos, ainda há um mínimo de esperança de que as mudanças climáticas sejam contornadas, e a possibilidade de que os humanos, animais e plantas que existem hoje se extinguam ainda está a décadas (ou séculos?) de distância. E se, de repente, o fim do mundo não estiver tão longe assim? E se, de um dia para o outro, astrônomos viessem à mídia dizer que temos apenas seis meses de existência? É exatamente essa a questão abordada em Não Olhe Para Cima.

Tragicomédia

    O longa, baseado em "possíveis acontecimentos verdadeiros", como o próprio slogan diz, nos traz uma amostra de como a humanidade reage às más notícias. Antes disso, no mundo real, tivemos uma amostra dessa reação com a pandemia da covid-19, com muitas pessoas duvidando da gravidade do vírus e questionando a necessidade das vacinas. Talvez, isso faça com que o sentimento de desespero fique ainda maior quando vemos o que acontece no filme.

    Em Não Olhe Para Cima, Kate Dibiasky (Jennifer Lawrence) e Randall Mindy (Leonardo DiCaprio) formam a dupla de astrônomos que descobriu que um cometa está em direção à Terra e que o tempo é extremamente curto para tentar alterar seu caminho. Para isso, eles precisam da ajuda das autoridades, principalmente a estadunidense, pois fazem parte da maior potência mundial. É quando a solução que parecia possível se torna cada vez mais desesperançosa.

    Ainda no trailer, vimos que Janie Orlean (Meryl Streep), a presidente dos Estados Unidos, não entende, ou escolhe não entender, o quão grave é ter um cometa em direção ao nosso planeta. A partir de então, uma sucessão de eventos desesperadores começa a acontecer, o que é contado com humor escrachado. Vemos Dibiaski surtando na televisão ao vivo e virando meme, a mídia mais preocupada com o término de um casal de influencers, a própria presidente pensando mais em sua reeleição (que não vai acontecer se o cometa cair na Terra) do que em salvar o mundo, entre outros. Por mais hilário que seja o filme, nos questionamos se essa reação é tão absurda assim.

    O grande empecilho para evitar o desastre também faz um comparativo com a realidade: a ganância dos bilionários. Quando finalmente os astrônomos conseguem a atenção e o investimento necessário para desviar o cometa da rota de colisão com a Terra, o bilionário Peter Isherwell (Mark Rylance), CEO da empresa espacial, de mídia e tecnologia BASH, decide que a melhor opção é deixar o cometa cair, pois ele conta com materiais caríssimos e escassos no planeta, e isso geraria mais riqueza para ele. Se ele fosse sobreviver.

    É quando a situação do filme se torna cada vez mais desesperadora, e todo esse caos consegue ser contado de uma forma surreal e possível ao mesmo tempo, em uma mistura agonizante de humor com, talvez, drama psicológico. Rimos porque é engraçado. Mas também rimos porque sabemos que é esse o mundo em que vivemos e que muitas pessoas pensam dessa forma, ou escolhem não ligar.

    O título do filme, então, Não Olhe Para Cima, é uma analogia ao fato de que se você não ver o cometa, ou não sentir as mudanças climáticas, está tudo bem. Como diz o ditado, a ignorância pode ser, de fato, uma benção. Rimos, mas o sentimento de mãos atadas traz um frio na barriga, fazendo com que o final do longa seja indigesto.

Tarde demais

    Assim como pode acontecer na vida real, as pessoas só começam a entender o que está acontecendo quando o cometa se torna visível no céu, porém já é tarde demais. A grande mensagem de Não Olhe Para Cima, então, é que as pessoas precisam acreditar e confiar na ciência, mas que isso está cada vez mais difícil porque nem sempre o que temos são respostas boas. E nós, como seres humanos, estamos acostumados a fechar os olhos para o que acontece para termos o que temos.

    O longa da Netflix cumpre, então, uma tarefa bastante difícil de criar uma boa produção com humor escrachado e caricato. As expectativas com o trio principal, composto por grandes vencedores do Oscar, já denunciavam o que estaria por vir. O filme se consagra como um dos maiores lançamentos do ano da plataforma de streaming, e não só pela qualidade do elenco, direção e efeitos visuais, mas também por abordar o fim do mundo com a reação humana mais provável de acontecer, independente de como isso irá acontecer.

Autora: Natalie Rosa

Fonte: https://canaltech.com.br/entretenimento/critica-nao-olhe-para-cima-netflix-203739/