terça-feira, 29 de abril de 2014

O Espetacular Homem Aranha



Escrevo esse texto nas vésperas da estréia de O Espetacular Homem Aranha 2 – A Ameaça de Electro. E escrevo esse texto não para falar do filme em si, mas para lembrar-me dos tempos em que passava horas lendo as aventuras do aracnídeo. Desde criança fui muito fã dos heróis em quadrinhos. Lia-os sempre e quase todos. No final dos anos 80 e inicio dos anos 90 eu, adolescente, tinha coleção de revistas. Em algumas épocas tinha que as esconder porque meu pai não gostava que as lessem. Em outras épocas eu podia as ter em centenas e espalhá-las pelo quarto.

De todos os heróis da Marvel, principalmente, o cabeça de teia, como dizia J. J. Jamenson, era o que mais me impressionava. As histórias eram lidas e relidas sempre na esperança da nova revista que pintaria nas bancas. Talvez seja pelo fato da variedade de inimigos que o escalador de paredes adquiria ao longo do tempo. Cada nova edição trazia um novo perigo e isso impressionava. Ainda guardo algumas como verdadeira relíquia e tem um preço elevadíssimo.

A expectativa com relação ao filme é grande. Como cinéfilo e um estudioso do cinema na sala de aula aguardo ansioso para ver a nova ameaça, isto é, o Electro. Lembro-me do Electro nas revistas. Roupa verde com longos raios amarelos a destacar a sua energia. Lembro-me, também, dos desenhos antigos onde o vilão contava o que estava planejando fazer. Muito hilário. Agora é ver o que o cinema pode trazer de novidades.

A expectativa se torna maior ainda depois de ver a bela produção, a meu ver, do Capitão América 2. Na minha opinião, o melhor filme de super-heróis depois de Batman, O Cavaleiro das Trevas. Mas, o que importa mesmo é a diversão. As análises fica para depois. Como qualquer super produção de Hollywood haverá os altos e baixos.

Até depois da estréia.

 Texto: Odair

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Noé: Uma análise do filme à luz da Bíblia



Veio ainda a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, quando uma terra pecar contra mim, se rebelando gravemente, então estenderei a minha mão contra ela, e lhe quebrarei o sustento do pão, e enviarei contra ela fome, e cortarei dela homens e animais. Ainda que estivessem no meio dela estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles pela sua justiça livrariam apenas as suas almas, diz o Senhor DEUS. Ezequiel 14:12-14. (Grifo meu).

Quero, de forma bem sucinta, fazer uma análise do filme Noé que estava ansioso para assistir. Não posso dizer que sai do cinema desapontado com o que vi porque já imaginava que fosse ser daquela forma ou pior. Mas, confesso que não acreditei que pudessem descaracterizar uma história bíblica daquela forma. Tudo bem que o objetivo de Hollywood é vender, comercializar seus produtos para um mundo capitalista e sem escrúpulo. Mas, dai ser tão incoerente assim extrapola todos os limites.

O Noé do filme é totalmente diferente do Noé Bíblico. Esse último é um homem justo, temente a Deus e que tem em suas mãos uma grande responsabilidade. O primeiro é um assassino, rancoroso e, pior de tudo, confuso. Na verdade, parece-me que precisa de um tratamento psicológico. Horrível. O problema que vejo em tudo isso é que o filme contribui negativamente para popularizar uma imagem distorcida do que é o homem que Deus escolheu para construir a arca.

Nem é necessário abordar as incoerência contidas no filme como os gigantes de pedra, a gravidez na arca e os poderes mágicos do personagem Matusalém. Isso faz parte da ficção. Um exagero sem medidas para um filme considerado bíblico. Poderia estar bem situado em outros tipos de filmes. A Bíblia fala que antes e depois do dilúvio existiram gigantes na terra, mas de forma alguma eram gigantes de pedras. Outro fator para se observar é que os únicos seres caídos do céu eram os seguidores de Lúcifer e, estes jamais ajudariam Noé a construir a arca. Na Bíblia não fala como e quem ajudou Noé a construir aquela enorme construção, mas, com certeza, não foram gigantes de pedras depois transformados em anjos de luz indo para o céu. Isso é invenção cinematográfica sem fundamento bíblico.

O filme, no geral, descaracteriza o personagem bíblico e apresenta um Noé muito confuso. A Bíblia diz que Deus não é Deus de confusão. Com certeza o Noé bíblico sabia os desígnios de Deus e seguiu a risca sua orientação. No Noé do filme vemos uma pessoa sem sentimento e egoísta. Nem mesmo a família dele sabia o que ele estava fazendo. O Noé bíblico é um homem que segue a direção de Deus e faz exatamente o que Ele descreve sendo, assim, entendido pelos seus. O Noé bíblico passa confiança a sua família.

Minha indignação maior foi com as pessoas que entraram na arca. Quanta inverdade o filme apresenta. Na Bíblia encontramos Deus falando com Noé: Mas contigo estabelecerei a minha aliança; e entrarás na arca, tu e os teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos contigo. Gênesis 6:18. Oito pessoas na lista bem detalhada. O Apóstolo Pedro confirma: Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água; 1 Pedro 3:20. A Bíblia é bem taxativa de quem entrou com Noé. No filme entra Noé, sua esposa, os três filhos e uma filha adotiva. Ridículo. E o mais ridículo de tudo que o filme apresenta é a forma em que Tubalcaim entra na arca. Isso mesmo, Tubalcaim! No filme o indivíduo entra pela lateral da arca e se esconde em meio aos animais e para piorar a situação ainda tenta induzir Cam a matar o próprio pai. Pior ainda, mata alguns animais. Só não me levantei do cinema porque já tinha pago meia entrada e queria assistir até o final para tecer minha análise com consciência do que tinha visto.

Tem mais uma série de inverdades em todo o filme. A pele de cobra que é repassado de pai para filho, as mágicas de Matusalém, a gravidez da filha adotiva de Noé, enfim. Coisas que não faz sentido estarmos problematizando aqui porque não é nosso objetivo. São inverdades construídas e que cauterizam as mentes mundanas. Mas, é preciso alertar alguns. A Bíblia diz que o mundo jaz no maligno e que o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos para que não resplandecessem a luz. Mas, a Bíblia também nos orienta a defender a nossa fé e estar preparado para isso. Esse texto é uma defesa da fé que tenho.

O filme, com certeza vai levar muitas pessoas ao cinema. Muitas dessas pessoas não leram e nem tem o hábito de ler a Bíblia e podem acabar acreditando que Noé era daquele jeito. Prezado amigo que estás a ler essa mensagem. O Noé bíblico foi um homem justo e temente a Deus. Um dos heróis da fé e herdeiro da justiça. Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé. Hebreus 11:7.

Devemos tomar muito cuidado porque nesses últimos dias há uma força maligna tentando nos afastar da verdade revelada na Bíblia. De forma sútil o Diabo tem transformado a verdade de Deus em mentira. A mesma estratégia que ele utilizou no jardim do Edém para enganar os primeiros da criação ele utiliza hoje. Através do cinema ele tenta mostrar um Noé desfigurado e sem as caracteríticas de um homem de Deus. Paulo escrevendo a Timóteo nos alertou sobre isso. Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência; 1 Timóteo 4:1-2. Não podemos dar ouvidos a espíritos enganadores e acreditar nas mentiras de homens que só falam mentiras.

A passagem bíblica que abre esse texto fala-nos de um juízo de Deus para a nação que se desviar dos caminhos de Deus e que, nem mesmo Noé, Daniel e Jó, mesmo que intercedessem por ela não a poderia salvar. Esses três homens estão no patamar maior da justiça de Deus. São homens íntegros ao Senhor. Noé é um deles neste seletíssimo grupo. De maneira nenhuma podemos deixar que mentiras desfaçam o que Noé representa para o povo de Deus. Quanto ao que se retirou e ao que se acrescentou da história bíblica de Noé para se produzir o filme a Bíblia diz: que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro. Apocalipse 22:18-19. Cada um deverá prestar contas do que faz aqui na terra.

Parafraseando um amigo internauta recomendo que assistam esse filme da mesma forma que assistem qualquer um outro filme, isto é, com sabedoria e discernimento. Que Deus em Cristo nos abençoe!

Texto: Odair

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Revolução Puritana - Resumo 2º Ano EM - CNEC



No início dos anos 1600, a Inglaterra apresentava-se como um país em desenvolvimento e expansão. Nos reinados do século anterior, de Henrique 8º e Elizabeth 1ª, o território foi unificado, a nobreza foi colocada sob controle, a ingerência da Igreja católica fora afastada pela criação da Igreja anglicana. Desse modo, os britânicos já disputavam com os espanhóis os domínios coloniais na América Central e Caribe.

No entanto, Elizabeth 1ª, da dinastia Tudor, não deixou descendentes e subiu ao trono, em 1603, Jaime 1º, da dinastia escocesa Stuart, unindo as coroas da Inglaterra, da Irlanda e da Escócia. O rei, entretanto, pretendia governar sem o Parlamento, a quem cabia o poder de direito, de acordo com a Carta Magna de 1215. No entanto, o rei podia convocá-lo somente quando julgasse necessário e, assim, exercia o poder de fato.

Sua justificativa para exercer o poder absoluto baseava-se na teoria da origem divina do poder real (absolutismo). Nesse sentido, Jaime 1º ressalta os aspectos católicos do anglicanismo que corroboram essa teoria. Quanto ao Parlamento (Câmara dos Comuns), que reunia a burguesia urbana e os produtores rurais progressistas - setores de crescente importância econômica ignorados pela Coroa -, aderiu em sua maioria ao puritanismo, uma seita calvinista (protestante).

O rei versus o Parlamento

Foram constantes o confronto entre o rei e o Parlamento, em especial no que se refere aos impostos criados pela Coroa, havendo ainda questões sob a forma de ocupação da Irlanda e as perseguições religiosas. Destas últimas resultou o início da emigração para a América do Norte.

Em 1625, Jaime 1º foi sucedido por seu filho Carlos 1º que, com a Inglaterra envolvida em guerras externas, viu-se forçado a convocar um Parlamento que já lhe era de antemão hostil. Este, em troca de seu apoio, exigiu o controle da política financeira, o comando do exército, bem como a regularidade na convocação do Parlamento.

Em retaliação, o rei dissolveu o Parlamento e passou a governar com o apoio da Câmara Estrelada (tribunal formado por nobres de sua confiança). Além disso, reprimiu os dissidentes - em especial religiosos - o que aumentou a emigração para a América. Para submeter a todos, promovendo uma união religiosa, procurou impor o anglicanismo também à Escócia. Os escoceses se rebelaram e invadiram o norte da Inglaterra.

A Revolução Puritana

A crise forçou o rei a convocar o Parlamento em 1640. Este destituiu a Câmara estrelada, despojou o rei de sua autoridade e aprovou uma lei que tornava obrigatória a sua convocação a cada três anos, independentemente de determinação do monarca. No ano seguinte, uma revolta na Irlanda católica foi o estopim da Revolução Inglesa.

O Parlamento se recusou a entregar o comando do exército destinado à reconquista da Irlanda a Carlos 1º. Este não se conformou em perder o comando das forças armadas: com um grupo de apoiadores, invadiu o Parlamento e tentou prender os líderes da oposição. Não conseguiu. Foi forçado a se retirar de Londres e refugiou-se em Oxford, onde reuniu um exército de 20 mil homens, formado por uma parte da burguesia financeira, que temia qualquer desordem, e por aristocratas que ainda usufruíam dos benefícios feudais.

Os "cabeças redondas" e a República

Teve início uma guerra civil que iria durar de 1642 até 1645. No Parlamento, surgiu um líder político e militar que se destacaria na história da Grã-Bretanha e que ainda hoje desperta paixões e polêmicas no país: Oliver Cromwell. Originário dos grupos de produtores reais progressistas, puritano, homem de personalidade forte e carismática, Cromwell organizou o exército do parlamento segundo um novo modelo ("New Model Army").

Tratava-se de uma organização mais democrática, em que a ascensão se dava por mérito e os soldados participavam de comitês que tomavam decisões. Eram os chamados "cabeças redondas", devido ao modelo de elmo que usavam. No rastro do Novo Exército, surgiu também um partido, os niveladores ("levellers"), pequenos proprietários que defendiam a república, o direito de voto e de representação no Parlamento a todos os homens livres, o fim dos monopólios reais, isto é, o livre comércio, a separação entre a Igreja e o Estado.

Em 1645, Carlos 1º foi preso. Setores do Parlamento, porém, assustados com as pretensões dos niveladores, que tentavam tomar o controle do exército, resolveram se unir ao rei. Este, porém, aproveitou a situação para fugir para a Escócia, em cujo Parlamento acreditava obter proteção. Ledo engano: foi entregue aos ingleses, que o decapitaram, proclamando a República, em 19 de maio de 1649.

República de Cromwell

A República, na Inglaterra, esteve longe de ser democrática. Apoiado pelo exército, Cromwell se impôs sobre o Conselho de Estado (poder Executivo) e o Parlamento. Não atendeu as pretensões dos niveladores e os derrotou. Em 1653, sob o título de Lorde Protetor, transformou-se em ditador vitalício e hereditário.

Sob a ditadura cromwelliana, as estruturas feudais ainda existentes na Inglaterra foram eliminadas. As terras dos partidários do rei e da Igreja anglicana foram confiscadas e vendidas aos produtores rurais. Legalizou-se a propriedade absoluta da terra e o cercamento dos campos para produzir para o mercado. O liberalismo econômico entrava em vigor na prática.

 Ao mesmo tempo, Cromwell deu impulso ao desenvolvimento comercial e marítimo da Inglaterra, manteve a conquista da Irlanda e da Escócia e ampliou o império colonial inglês nas Américas, conquistando praticamente a hegemonia inglesa sobre os mares. No entanto, após a morte de Cromwell, em 1658, seu filho não conseguir se manter à frente do governo, pois não dispunha da mesma autoridade sobre o exército.

Outros Conteúdos:
Expansão Territorial Brasileira.
Mineração.

Obs. Ler a apostila.

Fonte: www.educacao.uol.com.br

Grécia Antiga - Resumo 1º Ano EM - CNEC




Há mais de quatro mil anos, uma região excessivamente acidentada da Península Balcânica passou a abrigar vários povos de descendência indo-europeia. Aqueus, eólios e jônios foram as primeiras populações a formarem cidades autônomas que viviam do desenvolvimento da economia agrícola e do comércio marítimo com as várias outras regiões do Mar Mediterrâneo. Mal sabiam estes povos que eles seriam os responsáveis pelo desenvolvimento da civilização grega. Ao longo de sua trajetória, os gregos (também chamados de helenos) elaboraram práticas políticas, conceitos estéticos e outros preceitos que ainda se encontram vivos no interior das sociedades ocidentais contemporâneas. Para entendermos esse rico legado, estabelecemos uma divisão fundamental do passado desse importante povo.

No Período Pré-Homérico (XX – XII a.C.), temos o processo de ocupação da Grécia e a formação dos primeiros grandes centros urbanos da região. Nessa época, vale destacar a ascensão da civilização creto-micênica que se desenvolveu graças ao seu movimentado comércio marítimo. Ao fim dessa época, as invasões dóricas foram responsáveis pelo esfacelamento dessa civilização e o retorno às pequenas comunidades agrícolas subsistentes.

Logo em seguida, no Período Homérico (XI – VIII a.C.), as comunidades gentílicas transformam-se nos mais importantes núcleos sociais e econômicos de toda a Grécia. Em cada genos, uma família desenvolvia atividades agrícolas de maneira coletiva e dividiam igualmente as riquezas oriundas de sua força de trabalho. Com o passar do tempo, as limitações das técnicas agrícolas e o incremento populacional ocasionou a dissolução dos genos.

Entre os séculos VIII e VI a.C., na Fase Arcaica da Grécia Antiga, os genos perderam espaço para uma pequena elite de proprietários de terra. Tendo poder sobre os terrenos mais férteis, as elites de cada região se organizaram em conglomerados demográficos e políticos cada vez maiores. É aqui que temos o nascimento das primeiras cidades-Estado da Grécia Antiga. Paralelamente, os gregos excluídos nesse processo de apropriação das terras passaram a ocupar outras regiões do Mediterrâneo.

No período Clássico, que vai do século V até o IV a.C., a autonomia política das várias cidades-Estado era visivelmente confrontada com o aparecimento de grandes conflitos. Inicialmente, os persas tentaram invadir o território grego ao dispor de um enorme exército. Contudo, a união militar das cidades-Estado possibilitou a vitória dos gregos. Logo depois, as próprias cidades da Grécia Antiga decidiram lutar entre si para saber quem imperaria na Península Balcânica. O desgaste causado por tantas guerras acabou fazendo de toda a Grécia um alvo fácil para qualquer nação militarmente preparada.

A partir do século IV a.C., os macedônios empreenderam as investidas militares que determinaram o fim da autonomia política dos gregos. Esses eventos marcaram o Período Helenístico, que termina no século II a.C., quando os romanos conquistam o território grego.

Expansão do povo grego (diáspora) Por volta dos séculos VII a.C e V a.C. acontecem várias migrações de povos gregos a vários pontos do Mar Mediterrâneo, como consequência do grande crescimento populacional, dos conflitos internos e da necessidade de novos territórios para a prática da agricultura.

Na região da Trácia, os gregos fundam colônias, na parte sul da Península Itálica e na região da Ásia Menor (Turquia atual). Os conflitos e desentendimentos entre as colônias da Ásia Menor e o Império Persa ocasiona as famosas Guerras Médicas (492 a.C. a 448 a.C.), onde os gregos saem vitoriosos. Esparta e Atenas envolvem-se na Guerra do Peloponeso (431 a.C. a 404 a.C.), vencida por Esparta. No ano de 359 a.C., as pólis gregas são dominadas e controladas pelos Macedônios.

Sociedade Espartana

Em Esparta a sociedade era estamental, ou seja, dividida em camadas sociais onde havia pouca mobilidade. A sociedade estava composta da seguinte forma: Esparcíatas: eram os cidadãos de Esparta. Filhos de mães e pais espartanos, haviam recebido a educação espartana. Esta camada social era composta por políticos, integrantes do exército e ricos proprietários de terras. Só os esparcíatas tinham direitos políticos. Periecos: eram pequenos comerciantes e artesãos. Moravam na periferia da cidade e não possuíam direitos políticos. Não recebiam educação, porém tinham que combater no exército, quando convocados. Eram obrigados a pagar impostos. Hilotas: levavam uma vida miserável, pois eram obrigados a trabalhar quase de graça nas terras dos esparcíatas. Não tinham direitos políticos e eram alvos de humilhações e massacres. Chegaram a organizar várias revoltas sociais em Esparta, combatidas com extrema violência pelo exército.

Educação Espartana

O princípio da educação espartana era formar bons soldados para abastecer o exército da polis. Com sete anos de idade o menino esparcíata era enviado pelos pais ao exército. Começava a vida de preparação militar com muitos exercícios físicos e treinamento. Com 30 anos ele se tornava um oficial e ganhava os direitos políticos. A menina espartana também passava por treinamento militar e muita atividade física para ficar saudável e gerar filhos fortes para o exército.

Atenas - História e características sociais, políticas e econômicas 

Por ser uma cidade bem sucedida e comercial, Atenas despertou a cobiça de muitas cidades gregas. Esparta se uniu a outras cidades gregas para atacar Atenas. A Guerra do Peloponeso (431 a 404 a.C.) durou 27 anos e Esparta venceu, tomando a capital grega para si, que, a propósito, continuou riquíssima culturalmente.

Atenas destacou-se muito pela preocupação com o desenvolvimento artístico e cultural de seu povo, desenvolvendo uma civilização de forte brilho intelectual. Na arquitetura, destacam-se os lindos templos erguidos em homenagens aos deuses, principalmente a deusa Atena, protetora da cidade. A democracia ateniense privilegiava apenas seus cidadãos (homens livres, nascidos em Atenas e maiores de idade) com o direito de participar ativamente da Assembleia e também de fazer a magistratura. No caso dos estrangeiros, estes, além de não terem os mesmos direitos, eram obrigados a pagar impostos e prestar serviços militares.

Ver todo conteúdo na apostila. Pg. 40 a 55.

Fontes: www.suapesquisa.com
www.brasilescola.com

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Revolta da Vacina, da Chibata e Contestado - 8ª Série - CNEC




Revolta da Vacina 

O que foi 
A Revolta da Vacina foi uma revolta popular ocorrida na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 10 e 16 de novembro de 1904. Ocorreram vários conflitos urbanos violentos entre populares e forças do governo (policiais e militares).

Causas principais
- A principal causa foi a campanha de vacinação obrigatória contra a varíola, realizada pelo governo brasileiro e comandada pelo médico sanitarista Dr. Oswaldo Cruz. A grande maioria da população, formada por pessoas pobres e desinformadas, não conheciam o funcionamento de uma vacina e seus efeitos positivos. Logo, não queriam tomar a vacina.
- O clima de descontentamento popular com outras medidas tomadas pelo governo federal, que afetaram principalmente as pessoas mais pobres. Entre estas medidas, podemos destacar a reforma urbana da cidade do Rio de Janeiro (então capital do Brasil), que desalojou milhares de pessoas para que cortiços e habitações populares fossem colocados abaixo para a construção de avenidas, jardins e edifícios mais modernos.

O que aconteceu durante a revolta 
- Muitas pessoas se negavam a receber a visita dos agentes públicos que deviam aplicar a vacina, reagindo, muitas vezes, com violência.
- Prédios públicos e lojas foram atacados e depredados;
- Trilhos foram retirados e bondes (principal sistema de transporte da época) foram virados.

Reação do governo e consequências 
- O governo federal suspendeu temporariamente a vacinação obrigatória.
- O governo federal decretou estado de sítio na cidade (suspensão temporária de direitos e garantias constitucionais).
- Com força policial, a revolta foi controlada com várias pessoas presas e deportadas para o estado do Acre. Houve também cerca de 30 mortes e 100 feridos durante os conflitos entre populares e forças do governo.
- Controlada a situação, a campanha de vacinação obrigatória teve prosseguimento. Em pouco tempo, a epidemia de varíola foi erradicada da cidade do Rio de Janeiro.

Revolta da Chibata

 Introdução 
 A Revolta da Chibata foi um importante movimento social ocorrido, no início do século XX, na cidade do Rio de Janeiro. Começou no dia 22 de novembro de 1910.
Neste período, os marinheiros brasileiros eram punidos com castigos físicos. As faltas graves eram punidas com 25 chibatadas (chicotadas). Esta situação gerou uma intensa revolta entre os marinheiros.

Causas da revolta
O estopim da revolta ocorreu quando o marinheiro Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas, por ter ferido um colega da Marinha, dentro do encouraçado Minas Gerais. O navio de guerra estava indo para o Rio de Janeiro e a punição, que ocorreu na presença dos outros marinheiros, desencadeou a revolta.
O motim se agravou e os revoltosos chegaram a matar o comandante do navio e mais três oficiais. Já na Baia da Guanabara, os revoltosos conseguiram o apoio dos marinheiros do encouraçado São Paulo. O clima ficou tenso e perigoso.

Reivindicações
O líder da revolta, João Cândido (conhecido como o Almirante Negro), redigiu a carta reivindicando o fim dos castigos físicos, melhorias na alimentação e anistia para todos que participaram da revolta. Caso não fossem cumpridas as reivindicações, os revoltosos ameaçavam bombardear a cidade do Rio de Janeiro (então capital do Brasil).

Segunda revolta
Diante da grave situação, o presidente Hermes da Fonseca resolveu aceitar o ultimato dos revoltosos. Porém, após os marinheiros terem entregues as armas e embarcações, o presidente solicitou a expulsão de alguns revoltosos. A insatisfação retornou e, no começo de dezembro, os marinheiros fizeram outra revolta na Ilha das Cobras. Esta segunda revolta foi fortemente reprimida pelo governo, sendo que vários marinheiros foram presos em celas subterrâneas da Fortaleza da Ilha das Cobras. Neste local, onde as condições de vida eram desumanas, alguns prisioneiros faleceram. Outros revoltosos presos foram enviados para a Amazônia, onde deveriam prestar trabalhos forçados na produção de borracha.

O líder da revolta João Cândido foi expulso da Marinha e internado como louco no Hospital de Alienados. No ano de 1912, foi absolvido das acusações junto com outros marinheiros que participaram da revolta.

Conclusão:
podemos considerar a Revolta da Chibata como mais uma manifestação de insatisfação ocorrida no início da República. Embora pretendessem implantar um sistema político-econômico moderno no país, os republicanos trataram os problemas sociais como “casos de polícia”. Não havia negociação ou busca de soluções com entendimento. O governo quase sempre usou a força das armas para colocar fim às revoltas, greves e outras manifestações populares.

Guerra do Contestado

Introdução
A Guerra do Contestado foi um conflito armado que ocorreu na região Sul do Brasil, entre outubro de 1912 e agosto de 1916. O conflito envolveu cerca de 20 mil camponeses que enfrentaram forças militares dos poderes federal e estadual. Ganhou o nome de Guerra do Contestado, pois os conflitos ocorrem numa área de disputa territorial entre os estados do Parará e Santa Catarina.

Causas da Guerra
A estrada de ferro entre São Paulo e Rio Grande do Sul estava sendo construída por uma empresa norte-americana, com apoio dos coronéis (grandes proprietários rurais com força política) da região e do governo. Para a construção da estrada de ferro, milhares de família de camponeses perderam suas terras. Este fato, gerou muito desemprego entre os camponeses da região, que ficaram sem terras para trabalhar.
Outro motivo da revolta foi a compra de uma grande área da região por de um grupo de pessoas ligadas à empresa construtora da estrada de ferro. Esta propriedade foi adquirida para o estabelecimento de uma grande empresa madeireira, voltada para a exportação. Com isso, muitas famílias foram expulsas de suas terras.
O clima ficou mais tenso quando a estrada de ferro ficou pronta. Muitos trabalhadores que atuaram em sua construção tinham sido trazidos de diversas partes do Brasil e ficaram desempregados com o fim da obra. Eles permaneceram na região sem qualquer apoio por parte da empresa norte-americana ou do governo.

Participação do monge José Maria
Nesta época, as regiões mais pobres do Brasil eram terreno fértil para o aparecimento de lideranças religiosas de caráter messiânico. Na área do Contestado não foi diferente, pois, diante da crise e insatisfação popular, ganhou força a figura do beato José Maria. Este pregava a criação de um mundo novo, regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam em paz, com prosperidade justiça e terras para trabalhar. José Maria conseguiu reunir milhares de seguidores, principalmente de camponeses sem terras.

Os conflitos
Os coronéis da região e os governos (federal e estadual) começaram a ficar preocupados com a liderança de José Maria e sua capacidade de atrair os camponeses. O governo passou a acusar o beato de ser um inimigo da República, que tinha como objetivo desestruturar o governo e a ordem da região. Com isso, policiais e soldados do exército foram enviados para o local, com o objetivo de desarticular o movimento.
Os soldados e policiais começaram a perseguir o beato e seus seguidores. Armados de espingardas de caça, facões e enxadas, os camponeses resistiram e enfrentaram as forças oficiais que estavam bem armadas. Nestes conflitos armados, entre 5 mil e 8 mil rebeldes, na maioria camponeses, morreram. As baixas do lado das tropas oficiais foram bem menores.

O fim da Guerra 
A guerra terminou somente em 1916, quando as tropas oficiais conseguiram prender Adeodato, que era um dos chefes do último reduto de rebeldes da revolta. Ele foi condenado a trinta anos de prisão. Conclusão A Guerra do Contestado mostra a forma com que os políticos e os governos tratavam as questões sociais no início da República. Os interesses financeiros de grandes empresas e proprietários rurais ficavam sempre acima das necessidades da população mais pobre. Não havia espaço para a tentativa de solucionar os conflitos com negociação. Quando havia organização daqueles que eram injustiçados, as forças oficiais, com apoio dos coronéis, combatiam os movimentos com repressão e força militar.

Bons estudos!

terça-feira, 8 de abril de 2014

Ditadura Militar no Brasil - 3º Ano EM - CNEC




Ditadura Militar no Brasil 

Período: de 31 de março de 1964 (Golpe Militar que derrubou João Goulart) a 15 de janeiro de 1985 (eleição de Tancredo Neves).
Fatores que influenciaram (contexto histórico antes do Golpe):
- Instabilidade política durante o governo de João Goulart;
- Ocorrências de greves e manifestações políticas e sociais;
- Alto custo de vida enfrentado pela população;
- Promessa de João Goulart em fazer a Reforma de Base (mudanças radicais na agricultura, economia e educação);
- Medo da classe média de que o socialismo fosse implantado no Brasil;
- apoio da Igreja Católica, setores conservadores, classe média e até dos Estados Unidos aos militares brasileiros;
Principais características do regime militar no Brasil: 
- Cassação de direitos políticos de opositores;
- Repressão aos movimentos sociais e manifestações de oposição;
- Censura aos meios de comunicação;
- Censura aos artistas (músicos, atores, artistas plásticos); - Aproximação dos Estados Unidos;
- Controle dos sindicatos;
- Implantação do bipartidarismo: ARENA (governo) e MDB (oposição controlada);
- Enfrentamento militar dos movimentos de guerrilha contrários ao regime militar;
- Uso de métodos violentos, inclusive tortura, contra os opositores ao regime;
- “Milagre econômico”: forte crescimento da economia (entre 1969 a 1973) com altos investimentos em infraestrutura. Aumento da dívida externa.
Abertura Política e transição para a democracia:
- Teve início no governo Ernesto Geisel e continuou no de Figueiredo;
- Abertura lenda, gradual e segura, conforme prometido por Geisel;
- Significativa vitória do MDB nas eleições parlamentares de 1974;
- Fim do AI-5 e restauração do habeas-corpus em 1978;
- Em 1979 volta o sistema pluripartidário;
- Em 1984 ocorreu o Movimento das “Diretas Já”. Porém, a eleição ocorre de forma indireta com a eleição de Tancredo Neves.
Presidentes do período militar no Brasil:
CASTELO BRANCO (1964-1967)
COSTA E SILVA (1967-1969)
JUNTA MILITAR (31/8/1969-30/10/1969)
MEDICI (1969-1974)
GEISEL (1974-1979)
FIGUEIREDO (1979-1985).

Sobre o Retorno Democrático Ler na apostila (pg 65 a 79) e Ver http://www.eduquenet.net/populismo.htm

Obs. Para o sucesso na prova leia e releia o conteúdo na apostila pg 65 a 94.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Maquiavel e Thomas Hobbes: Resumo 2º ano EM - CNEC




Maquiavel e o príncipe político: atenção à realidade (pg. 15 a 20)

Vida e obra 

Nicolau Maquiavel foi um importante historiador, diplomata, filósofo, estadista e político italiano da época do Renascimento. Nasceu na cidade italiana de Florença em 3 de maio de 1469 e morreu, na mesma cidade, em 21 de junho de 1527.

O Príncipe

Durante o período medieval, o poder político era concebido como presente divino. Os teólogos elaboraram suas teorias políticas baseados nas escrituras sagradas e no direito romano. No período do Renascimento, os clássicos gregos e latinos passaram a lastrear o pensamento político. Maquiavel, no entanto, elaborou uma teoria política totalmente inédita, fundamentada na prática e na experiência concreta.

"O Príncipe" sintetiza o pensamento político de Maquiavel. A obra foi escrita durante algumas semanas, em 1513, durante o exílio de Maquiavel, que tinha sido banido de Florença, acusado de conspirar contra o governo. Mas só foi publicada em 1532, cinco anos depois da morte do autor.

Como tinha sido diplomata e homem de estado, Maquiavel conhecia bem os mecanismos e os instrumentos de poder. O que temos em "O Príncipe" é uma análise lúcida e cortante do poder político, visto por dentro e de perto.

Os fins justificam os meios

A Europa passava então por grandes transformações. Uma nova classe social, a burguesia comercial, buscava espaço político junto à nobreza, ao mesmo tempo em que assistia a um movimento de centralização do poder que daria origem aos Estados absolutistas (Portugal, Espanha, França e Inglaterra).

Em "O Príncipe" (palavra que designa todos os governantes), a política não é vista mais através de um fundamento exterior a ela própria (como Deus, a razão ou a natureza), mas sim como uma atividade humana. O que move a política, segundo Maquiavel, é a luta pela conquista e pela manutenção do poder.

O pensamento político contemporâneo

"O Príncipe" tem um estilo elegante e direto. Suas partes são bem organizadas, tanto na apresentação quanto na distribuição dos temas. O procedimento principal do narrador é comparar experiências históricas com fatos contemporâneos, a fim de analisar as sociedades e a política. Em algumas passagens, o próprio autor se torna personagem das situações que descreve.




Thomas Hobbes: “o homem é o lobo do próprio homem”. (pg. 20 a 23)

Thomas Hobbes foi um filósofo que nasceu (em Wesport 5/4/1588) e faleceu na Inglaterra (em Hardwick Hall, 4/12/1679). Hobbes ficou sob os cuidados do seu tio, visto que seu pai, um vigário, teve de ir embora depois de participar de uma briga na porta da igreja onde trabalhava. Estudou em Magdalen Hall de Oxford e, em 1608, foi trabalhar com a família Cavendish como mentor de um de seus filhos, a quem acompanhou pelas suas viagens pela França e Itália entre 1608 e 1610. Quando seu aluno morreu, em 1628, voltou à França, desta vez para se tutor do filho de Gervase Clifton.

O Leviatã 

No Leviatã Hobbes (1587-1666) parte do princípio de que os homens são egoístas e que o mundo não satisfaz todas as suas necessidades, defendo por isso que no Estado Natural, sem a existência da sociedade civil, há necessariamente competição entre os homens pela riqueza, segurança e glória. A luta que se segue é a «guerra de todos contra todos», na célebre formulação de Hobbes, em que por isso não pode haver comércio, indústria ou civilização, e em que a vida do homem é «solitária, pobre, suja, brutal e curta.» A luta ocorre porque cada homem persegue racionalmente os seus próprios interesses, sem que o resultado interesse a alguém.

Como é que se pode terminar com esta situação ? A solução não é apelar à moral e à justiça, já que no estado natural estas ideias não fazem sentido. O nosso raciocínio leva-nos a procurar a paz se for possível, e a utilizar todos os meios da guerra se a não conseguirmos. Então como é que a paz é conseguida. Somente por meio de um contrato social. Temos que aceitar abandonar a nossa capacidade de atacar os outros em troca do abandono pelos outros do direito de nos atacarem. Utilizando a razão para aumentar as nossas possibilidades de sobrevivência, encontrámos a solução.

Obs. Para o sucesso na prova leia e releia o conteúdo na apostila. Bons estudos!

Fontes: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/maquiavel-a-politica-e-o-principe.htm
http://www.suapesquisa.com/biografias/maquiavel.htm http://www.arqnet.pt/portal/teoria/leviata.html

Os pré-socráticos - Resumo para o 1º ano EM - CNEC



Os Pré-Socráticos foram os primeiros Filósofos gregos que viveram entre os séculos VII a V a.C. Habitaram a cidade de Atenas antes dos sofistas e nomeadamente antes de Sócrates. Há semelhança de Sócrates conhecem-se apenas notícias e fragmentos das suas obras, que só chegaram até nós porque foram citados ou copiados em obras de Filósofos posteriores.

Estudar: Tales de Mileto; Anaximandro; Anaxímenes; Pitágoras; Parmênides; Zenão; Heráclito e Demóclito.

Os primeiros filósofos gregos dedicaram-se ao problema de determinar qual era o princípio material de que era constituída a natureza ordem. Foram chamados de naturalistas, pois procuravam responder a questões do tipo: O que é a natureza ou qual o fundamento último das coisas?

Foram considerados como pessoas desprendidas das preocupações materiais do dia a dia e que se dedicavam apaixonadamente à contemplação da natureza. Tinham então como principal objectivo viverem para contemplarem a natureza. Foram simultaneamente poetas e profetas, quer se trate de Anaximandro, de Parmênides, de Heraclito ou de Empédocles. Para estes Filósofos a aparência era manifestação do ser, que o aparecer era o desabrochar em plena luz do ser que se mostrava, e era por isso que ser e aparecer estavam tão intimamente ligados, pois o aparecer nunca tinha cortado a sua ligação com o ser. Se estes Filósofos tinham então como preocupação fundamental a natureza, Sócrates por seu lado interessava-se mais pelos problemas do ser humano e da sociedade, pois considerava que explicar a origem e a verdade das coisas através de objectos materiais era absurdo. Sócrates passou uma vida a ridicularizar aqueles que pensavam saber qualquer coisa que não fosse de natureza espiritual.

Algumas observações: 
O primeiro Filósogo grego conhecido foi Tales de Mileto que viveu por volta do ano 600 a.C. Tales na companhia de Anaximandro e Anaxímenes defendia que a água, o indefinido, e o ar eram o princípio ou origem de todas as coisas. Preocupavam-se em encontrar a unidade por detrás da multiplicidade dos objectos do universo, e o princípio de explicação da natureza a partir da própria natureza.

Heraclito acreditava na filosofia do devir, falava de um devir não puramente linear que seria a negação absoluta do ser, mas sim do devir que se desenrolava no interior de um círculo. Considerava haver um ciclo do devir que em tudo representava harmonia, com efeito na circunferência, o começo e o fim coincidem. Defendia que de um lado existia o Logos, que governava todas as coisas e, do outro, o devir que se desenrolava no interior de um círculo apertado por laços poderosos. Acreditava que era no interior de cada um de nós que se operavam as mudanças, dizia que a vida e a morte, a juventude, a velhice e o sono eram a mesma coisa, porque estes transformam-se naquelas e inversamente aquelas transformam-se nestes. Era um defensor da mudança dizia que não se podia penetrar duas vezes no mesmo rio.

Parmênides, foi o fundador da escola eleática. Defendia a imutabilidade e unicidade do ser, afirmando que a multiplicidade e a mudança eram apenas aparências. Zenão, que foi seu discípulo, viria a defender as teses de Parménides sobre a imutabilidade do real.

Obs. Para o sucesso na prova leia e releia o conteúdo da apostila nas páginas 13 a 25.

Bons estudos!

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Noé



A história de Noé e sua arca é uma das mais comentadas do Antigo Testamento da Bíblia e já foi contada de várias formas. No Brasil, uma das versões foi feita por Vinícius de Morais, que criou poemas musicados para um especial da TV Globo nos anos 80. No cinema, há poucas versões, sendo que a principal é de 1966, como parte do filme “A Bíblia”, com John Huston. Agora, foi a vez de Darren Aronofsky (“Cisne Negro”) dar a sua versão muito pessoal da clássica trama em “Noé”, que estreia no Brasil nesta quinta-feira (3). Ele conta com tudo que uma superprodução de cerca de US$ 125 milhões pode oferecer.

O filme mostra a trajetória de Noé (Russell Crowe), retratado como um bom marido e pai, homem justo e honesto. Ele está no meio da perversão, causada especialmente pelos descendentes de Caim, o filho de Adão que se tornou o primeiro assassino do mundo ao matar o próprio irmão Abel.

Após uma mensagem de Deus, via sonhos, Noé descobre que a Terra será destruída por um grande dilúvio. Após conversar com seu pai, Matusalém (Anthony Hopkins), Noé se convence de que precisa construir uma arca para salvar sua esposa Nammeh (Jennifer Connelly) e seus filhos Shem (Douglas Booth), Cam (Logan Lerman) e Javé (Leo McHugh Carroll), além de Ila (Emma Watson), uma jovem que adotou. A construção da arca também chama a atenção de Tubal Cain (Ray Winstone), que parte com o seu exército para tentar dominar a embarcação e escapar da tragédia iminente.

O que faz “Noé” valer a pena é que Aronofsky não poupa esforços para fazer de seu filme o mais espetacular possível. A belíssima fotografia de Matthew Libatique destaca imagens arrebatadoras das locações na Islândia, onde boa parte do filme foi feita, assim como a impactante trilha sonora de Clint Mansell. Tudo isso reforça o tom épico da produção. O design de produção de Mark Friedberg se faz notar especialmente na criação da Arca, que foi construída com base no que estava escrito na Bíblia.

O resultado impressiona na tela grande. O único ponto negativo foi que, mesmo com trabalhando com uma equipe da Industrial Light And Magic (“Star Wars”), os efeitos especiais não tenham ficado tão bons. Um claro exemplo disso é visto nas cenas com os Guardiões (dublados por Nick Nolte e Frank Langella), que ficam pouco convincentes e evidenciam a computação gráfica, algo que poderia ter sido melhor elaborado. As relações entre personagens e suas motivações são bem elaboradas pelo roteiro de Aronofsky em parceria com Ari Handel. O texto procura mostrar que todos os participantes da trama, apesar dos elementos fantásticos, são seres humanos, com suas qualidades e fraquezas. Para uma produção que pretende conquistar o espectador apenas pelo apuro estético (e, obviamente, ganhar muito dinheiro com bilheteria), chega a ser surpreendente a preocupação de fazer as pessoas pensarem que ninguém é realmente um santo. Pena que, infelizmente, este cuidado não é observado quando olhamos para o vilão, que é só mau, apesar de ser bem defendido por Winstone.

Fonte: Célio Silva - G1 Rio.
Disponível em http://www.cnec.br/site/?p=15095