quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Falando Sobre a Música "Ouro de Tolo" de Raul Seixas


Hoje vamos falar um pouco sobre a música "Ouro de Tolo" do grande Raul Seixas.

Essa música foi lançada no disco "Krig-ha, Bandolo!" de 1973. Em 2009, foi escolhida pela revista Rolling Stone a 16ª melhor na lista das 100 maiores músicas brasileiras!

Essa música tem uma letra riquíssima! É claramente uma crítica a vida da classe média da década de 70. O nome da música faz referência as falsas promessas dos alquimistas da Idade Média, que juravam poder produzir ouro. Esse falso ouro era chamado de Ouro de Tolo.

Raul contesta muito a "vidinha" pacata do cidadão da classe média. Logo no começo da música ele diz:

"Eu devia estar contente / Porque eu tenho um emprego / Sou um dito cidadão respeitável / E ganho quatro mil cruzeiros por mês 

Eu devia agradecer ao Senhor / Por ter tido sucesso / Na vida como artista / Eu devia estar feliz / Porque consegui comprar um Corcel 73" 

Podemos perceber claramente que essa letra ainda é muito atual, pois a sociedade ainda é assim. Podemos ver que os "cidadãos respeitáveis" continuam agindo da mesma forma, sem se importar muito com o que acontece ao seu redor, mas ao mesmo tempo não conseguindo se sentir feliz por completo.

Eu mesmo já passei muitas vezes por isso. E hoje chego a conclusão: Como é tolo viver essas falsas ilusões de "sucesso" e de "ser bem sucedido" num emprego. Como é tolo ficar correndo atrás de dinheiro, sem mutias vezes parar pra pensar em algumas questões como: "Por que eu preciso ficar correndo atrás do dinheiro? O que isso vai me trazer? Eu estou feliz fazendo isso? Será que vou ficar feliz se conseguir isso?".

"Eu devia estar alegre / E satisfeito / Por morar em Ipanema / Depois de ter passado fome / Por dois anos / Aqui na Cidade Maravilhosa 

Ah! Eu devia estar sorrindo / E orgulhoso / Por ter finalmente vencido na vida / Mas eu acho isso uma grande piada / E um tanto quanto perigosa 

Eu devia estar contente / Por ter conseguido / Tudo o que eu quis / Mas confesso abestalhado / Que eu estou decepcionado" 

Percebam a crítica do Raul ao modo de vida de todo mundo. Vejam quando ele diz: "Eu devia estar sorrindo e orgulhoso por ter finalmente vencido na vida".

O que é "vencer na vida" para esse tipo de pessoa? Vencer na vida para ela, é morar em Ipanema. É ter o carro do ano. É ter um emprego. Mas veja que a pessoa não está feliz mesmo com tudo isso. Por que isso tudo faz parte de um mundo totalmente material, e nem sempre nossa felicidade plena está no mundo material.

Todos sonham em alcançar esses bens, mas as pessoas que chegam lá, nem sempre estão felizes. Eles percebem que tudo isso é muito vazio.

"E você ainda acredita / Que é um doutor / Padre ou policial / Que está contribuindo / Com sua parte / Para o nosso belo / Quadro social" 

Essa parte é muito boa. As pessoas que chegam nesse patamar, esperam que tudo possa satisfazê-las, incluindo doutores, policiais, padres...

"Eu é que não me sento / No trono de um apartamento / Com a boca escancarada / Cheia de dentes / Esperando a morte chegar" 

As vezes, esse é o ponto em que muitas pessoas da classe média chegam. Ficam esperando a morte chegar, sem mais esperanças de mudanças, solitárias e com um vazio gigantesco no peito.

Fonte: http://www.falafera.com/2014/03/falando-sobre-musica-ouro-de-tolo-de.html

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Curso de Extensão: Cinema, História e Educação


Curso de Extensão: Cinema, História e Educação

Coordenador: Odair José da Silva (PTES – UNEMAT) 

Período de realização: 12/03 a 25/06 de 2016

Objetivo do Curso: Desenvolver uma reflexão sobre a educação através do cinema. Os encontros serão realizados aos sábados no período vespertino (13:30 às 17:30 hs) na Sala de Turismo do Campus Universitário Jane Vanini.

Carga Horária: 40 hs (Certificado) 

Público alvo: Acadêmicos, professores e comunidade em geral.

Proposta (em elaboração).

Filmes: “Clube do Imperador”; “Sociedade dos Poetas Mortos”; “A Educação de Pequena Árvore”; “A Vida de David Gale”; “Escritores da Liberdade”; “Ao Mestre com Carinho”; “O Sétimo Selo”; “Gênio Indomável” (+ 2 a definir).

Palestras (a confirmar data e horário)
Prof. Dr. Aparecido de Assis;
Prof. Dr. Clementino Nogueira de Souza
Prof. Ms. Acir Montecchi
Cineasta Leandro Peska

Inscrições: 15 a 29/02/2016 no Departamento de Pedagogia

Vagas limitadas!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Qual o princípio de tudo?


Qual o princípio de tudo?

Alguma vez você já parou para pensar em como teria surgido a vida, como surgiu o homem e a natureza e qual a origem das coisas? Na Grécia Antiga, alguns homens, a partir da reflexão filosófica, se libertaram do pensamento mítica. Foi então o nascimento da filosofia.

Tais homens são chamados de filósofos da natureza, pois acreditavam que determinada substância básica estava por trás de todas as transformações observadas na natureza.

Foi na cidade de Mileto, situada na Jônia, litoral da Ásia Menor, às margens do Mar Egeu que nasceu a filosofia. Mileto era uma cidade que tinha o comércio muito bem desenvolvido e sofreu várias influências culturais. Foi em Mileto que viveram os três primeiros pensadores da história, a quem chamamos de “filósofos de Mileto”. São eles: Tales, Anaximandro e Anaxímenes.

Todos eles viveram entre os séculos VII e V a.C.

“A água é o princípio de todas as coisas.” 

O primeiro filósofo a buscar o principio de todas as coisas foi Tales de Mileto e para ele o princípio era a água. A explicação para tal conclusão é que a condensação da água dava origem à Terra e a sua rarefação dava origem ao ar e ao fogo. Do movimento cíclico da água adviriam todas as formas de vida.

“O princípio de tudo está no infinito.”

Para Anaximandro, contemporâneo de Tales, o princípio de todas as coisas, o elemento primordial, não poderia ser uma coisa determinada, como a água, a terra, o fogo ou o ar. Ele acreditava não ser possivel eleger uma única substância natural, como o principio de todos os seres existentes no universo. Daí o princípio primeiro deveria ser alguma coisa indeterminada, ou seja o “ápeiron”.

“O ar é o princípio primordial de todas as coisas.” 

O terceiro grande filósofo de Mileto foi Anaxímenes, para quem o princípio de todas as coisas é o ar. Pois é do ar que procedeu todos os outros elementos e, por consequência, todas as coisas existentes no Universo.

ATIVIDADE EXTRA:

Pesquisar quem foi Tales, Anaximandro e Anaxímenes. Fazer um breve resumo de 30 linhas trazer para paróxima aula.