sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Pensamentos Sobre o Processo Histórico da Religião 1ª Parte


Não seria nada prudente questionar as avaliações feitas por grandes pensadores, ao longo dos tempos mais remotos da trajetória humana.
Contudo, vale ressaltar que a intenção é questionar as idéias que solapam as estruturas dos incultos e desavisados da nossa sociedade.
Sempre houve crendices nas mais inimagináveis situações e imagens de que se tem noticias e que podemos arquitetar, e até que ainda não imaginamos. No entanto, não se pode condenar esse ou aquele por acreditar em algo que eu não acredito. Cada um tem a sua forma de crer e pensar.
O que quero estar problematizando em meu discurso, e é um discurso passível de desconstrução, é a forma como usam a religião para enganar o próximo em beneficio de si mesmo.
A algum tempo O noticiário nacional registrou a prisão de um Deputado Federal com varias malas de dinheiro dizendo ser dinheiro de dízimo. Como dinheiro de dízimo se as notas estavam em seqüências? Mesmo se fosse, por que tirar de quem precisa e dar para quem não precisa?
Acredito que o dízimo é Bíblico, eu devolvo meu dízimo, só não concordo com a forma hipócritas que alguns charlatões fazem, denegrindo a imagem do verdadeiro Cristianismo. Essa questão é a espinha dorsal da Religião e, com certeza, é o que precisamos discutir.
Quando falo em discussão eu penso em esclarecimento, abertura de dialogo e compreensão dos assuntos religiosos.
Considero a Religião como a política, ou seja, cada um defende o seu lado sem fazer uma analise da outra. (Continua...)

Texto: Odair

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Jogo do Empurra – Uma versão sobre o concurso de MT realizado pela UNEMAT


Discursos e mais discursos pipocam em todos os meios de comunicação e nos corredores da Instituição. São histórias e detalhes de um acontecimento bombástico que aconteceu essa semana. E, por fazer parte desse processo, de forma alguma poderia deixar de dar a minha opinião. Pontual e objetivo, destaco a minha visão sobre o processo sabendo que é apenas um ponto de vista sobre ele.
Passado três dias do acontecido agora que meu corpo volta ao normal depois de toda correria e trabalho para organizar as escolas em Rondonópolis onde fui enviado para trabalhar no concurso. Carregar carteiras para as escolas onde os candidatos iam fazer as provas, ouvir reclamações de fiscais sobre as dúvidas que tinham sobre o processo de trabalho são coisas simples que aconteceu.
Depois de passado tudo isso é lamentável vermos o Governo jogar a culpa sobre a UNEMAT e, mais lamentável ainda, perceber que a Instituição aceita numa boa a culpa. Não que não tenha culpa nesse processo porque tem. Existe uma centralização de poder dentro da UNEMAT e falta de confiança nos próprios funcionários. A culpa é também de quem deixa as coisas tudo para a última hora.
Sou concursado desde 2005 e atuo em diversas áreas da UNEMAT e mesmo assim só fui informado de que iria trabalhar no concurso dois dias antes. Isso é incoerência de quem administra. Precisávamos estar a par de todo processo pelo menos um mês antes. Na última hora percebeu que não era um vestibular de 10 a 15 mil candidatos e sim um mega concurso com 274 mil candidatos.
Em Rondonópolis eram cerca de 40 escolas e fomos em 11 mortais para cuidar de tudo isso. Trabalhar com pessoas que, em sua maioria, não tinham experiência nesse tipo de trabalho. Agora é fácil jogar a culpa nos fiscais. Alguém tem que ser culpado. É desumana a pressão de conferir inúmeras salas de um estabelecimento, avisar candidatos sobre materiais que não podem adentrar esse estabelecimento, conferir dados de candidatos que estavam em outros locais, enfim, uma série de problemas que poderiam ser esclarecidos caso houvesse uma maior distribuição das tarefas. Em Rondonópolis fomos sem ter veículos para nos transportar de um local ao outro e tivemos que nos virar.
Casos como esse não pode mais acontecer. Temos que aprender sobre os erros e mudar um pouco essa visão de centralização. A UNEMAT é de todos, professores, técnicos administrativos e acadêmicos. Creio que a UNEMAT tem capacidade para realizar esse concurso mas se todos participarem. Se apenas um grupinho ficarem tomando frente em todas as ações e deixar para repassar aos outros só nos últimos dias a chance de outro fiasco acontecer é imenso.
A conta quem vai pagar é a população.
O Governo pensou que poderia sair bem dessa e, se não ajudar, vai sair é muito mal.
O povo não é besta e sabe discernir as coisas.

Texto: Odair

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Um ano após aprovação da lei, Cáceres é outra cidade



Pode-se notar nas ruas da cidade de Cáceres, antigo corredor de drogas no Brasil que, após a aprovação da lei que libera as drogas, a cidade está totalmente diferente do que era antes. É possível notar facilmente as pessoas trabalhando normalmente e não se vê mais um número grande de pessoas ociosas pelos bares da cidade. Alias, o número de bares até diminuiu consideravelmente. “Aqui perto de casa era dia e noite uma bagunça” diz um senhor morador do bairro Rodeio “Acho que as pessoas faziam o tráfico e vinham comemorar aqui no bar ao lado, ficavam direto jogando truco e bebendo cerveja, agora isso acabou”.

Até um ano atrás as drogas eram consideradas ilícitas e isso favorecia o tráfico delas uma vez que Cáceres faz divisa com a Bolívia em uma extensão que era difícil controlar a entrada dos entorpecentes. Com a aprovação da lei que libera o uso de drogas, maconha, cocaína, entre outras, a população pode encontrar elas em qualquer drogaria o que facilitou para os usuários e baixou consideravelmente o preço das drogas. “No começo eu fiquei assustado com isso” Comenta um comerciante do ramo de drogarias “Era bastantes pessoas que viam comprar drogas aqui, agora isso acabou, raramente aparece pessoas querendo algum tipo de drogas e o preço delas caiu bastante”.

O índice de criminalidade também caiu muito segundo dados da própria secretaria de segurança do município. “Dados estatísticos comprovam que os crimes de assassinatos praticamente zeraram no município” Afirma a secretária de segurança do município. “Mas, o que mais chama a atenção é para os furtos e roubos que praticamente não existe mais”. Segundo a própria secretária, isso é devido à liberação das drogas. “Antigamente os usuários precisavam roubar e furtar para ter dinheiro para comprar as drogas ou trocar os objetos roubados por uma trouxinha que sustentasse o seu vicio, agora isso acabou, ele encontra a droga na farmácia mais próxima de sua casa e ai acabou a graça”.

Mas nem todos concordam com isso. Um antigo empresário da cidade comenta que está tendo dificuldade para manter o seu negócio. “Está difícil, tenho que ralar muito para manter o meu empreendimento. Antes eu trabalhava tranqüilo. Uma viagem que fazia para São Paulo eu faturava dinheiro para aplicar no comércio durante meses. Agora ninguém quer comprar mais drogas”. Reclama.

O livre arbítrio é um dado interessante. Quando as coisas são proibidas geram o interesse de pessoas que querem burlar essa proibição e prejudica as outras pessoas. Antes da liberação das drogas, o tráfico financiava o armamento, a pirataria e a vagabundagem, sem contar os aproveitadores. Agora, quem quiser consumir uma droga, seja ela maconha, cocaína ou qualquer outra, sabe que o único prejudicado é ele mesmo. Têm-se o livre arbítrio em fazer a sua escolha sabendo que a punição para quem comete algum crime estando “noiado” é severa e sem fiança.

Texto: Odair

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Sonhos Revisitados


Um olhar distante realçava a agonia de quem viveu muito tempo
E que, apesar da longa jornada,
Sabia que o destino ainda reservava uma grande surpresa.

Tinha contemplado muitas coisas extraordinárias durante o seu viver
Umas boas e outras nem tanto assim,
Mas continuava a perceber que alguma coisa faltava acontecer.

Durante o dia contemplava o nascer do sol e imaginava o despertar da história
Em cada flor a desabrochar
Acompanhava o pôr-do-sol no entardecer de sua vida.

Mas a vida do ser humano é sempre cheia de detalhes
E, na vida desse guerreiro mais um acontecimento ainda estava por vir.

Numa bela tarde de calor
Seus olhos cansados avistam uma linda jovem de cabelos compridos
Que caminha em sua direção em passos decididos e relutante ao mesmo tempo.
Sem esconder a ansiedade de vê-lo de perto.

Em poucas palavras relata sua trajetória de vida e dos sonhos perdidos no tempo.
“Sou fruto de uma semente que deixou há muito tempo”
E, no desconhecido mundo de suas aventuras, procura saber onde foi.
Mesmo sabendo que falta pouco tempo para saber.

Tinha em sua vida um grande rebento que edificou com carinho e muito trabalho
Mas, não se lembrava daquela filha que aquela menina descrevia como sendo sua mãe
O que fazia dele um avô de alguém que ele jamais sonhara existir.

Lembrou que há muitos anos passados ele tinha conhecido uma moça
Semelhança idêntica aquela ali diante de seus olhos cansados
E, em uma noite, seus corpos se uniram em um amor louco e imprudente.

Nas suas lembranças de garoto com as mulheres
Amores sempre viam e iam da mesma forma
Como nuvens que se formam nas tardes de verão.

Carente de afeto e solta pelo mundo cruel
A jovem menina pede um auxilio ao ancião
Na esperança de dias melhores.

Na primavera do tempo de vida
Surge a crucial decisão a tomar no centro de suas considerações.
Sabedor que a família não aceitará uma intrusa e bastarda como herdeira.
Mas, os olhos meigos da menina o convencem de sua legitima natureza.

Sabe que não pode deixar que a primavera morra
E seus sonhos precisam ser revisitados
Decide amparar à meiga e singela flor em seus braços.
Na certeza de cumprir com sua missão nessa existência.

No final desse dia
O olhar profundo revela um agradecimento ao Criador
Por proporcionar um momento sublime de lembranças singelas
E de contemplar tão lindos olhos de um amor que há muito aconteceu.

Poema: Odair

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

36


36 é o número de anos que completo hoje...
Um lapso de vida em meio a vastidão do universo.
Momentos que são eternos
Pois traduzem sentimentos de uma vida abençoada.
Agradeço a Deus pela vida que me deu
Pois no Livro dEle
Os meus dias estão registrados antes mesmo do meu nascimento.
Cada segundo que vivo
É pela grande misericórdia de um Deus soberano
Que soube me amar e cuidar
Mesmo eu não sendo merecedor desse cuidado.
Agradeço de coração pelos amigos que tenho
Pela familia maravilhosa
Pelo conhecimento que me proporcionou adquirir
E, por fim, por todas as coisas boas que aconteceram nesses 36 anos.
Creio que dias maravilhosos ainda estão por vir
E, confiando nessa Graça Maravilhosa
Sigo na esperança de uma vida sob o cuidado de um Deus que me ama.