quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Nós que aqui estamos...



“Nós que aqui estamos por vós esperamos” é um filme brasileiro de 1999 sob a direção de Marcelo Massagão. Ele traz o filme como memórias do século XX. O filme retrata uma verdadeira volta ao mundo no seu contexto histórico, econômico e cultural.

Leitura cinematográfica da obra Era dos Extremos, do historiador britânico Eric Hobsbawm, a produção mostra, através da montagem das imagens produzidas no século XX e da música composta por Wim Mertens, o período de contrastes entre um mundo que se envolve em dois grandes conflitos internacionais, a banalização da violência, o desenvolvimento tecnológico, a esperança e a loucura das pessoas.

O filme usa imagens de arquivo de filmes clássicos (Chelovek’s kinoapparatom, Un Chien Andalou, The General, Le voyage dans la lune, Berlin: Die Sinfonie der Grosstadt), fotos, pinturas, textos, etc. O filme é considerado um documentário ficcional, segundo o diretor um “filme-memória”, com imagens reais e textos criados por Masagão. Logo no começo vemos cenas de “O Homem com a Câmera” e “Berlim: Sinfonia da Metrópole”.

O título do filme vem do letreiro disposto em um cemitério localizado na cidade de Paraibuna, no interior do Estado de São Paulo, onde se lê a mesma frase.

Foi premiado no Festival de Gramado em 2000 por sua montagem[1] e no Festival do Recife como melhor filme, melhor roteiro e melhor montagem. Sua produção custou cerca de 140 mil reais, sendo 80 mil direcionados somente para o pagamento de direitos autorais de imagens e fragmentos de vídeos.

Após ver o documentário escolha um dos temas abaixo e disserte suas conclusões.

Tema 01 - Grandes Conflitos Internacionais.
Tema 02 - A Banalização da Violência.
Tema 03 - Desenvolvimento Tecnológico.
Tema 04 - A Esperança e a Loucura das Pessoas.

Prof. Odair

Bolivarismo







José de San Martín e Simon Bolívar foram importantes líderes na independência dos vice-reinos do Prata, Nova Granada, do Peru e das capitanias gerais do Chile e da Venezuela.


Partindo da Argentina, que havia declarado sua independência em 1816, o general San Martín libertou o Chile e comandou seus homens, cerca de 5 mil soldados, para o vice-reino do Peru, o mais fiel à coroa espanhola e o mais difícil de ser derrotado.

Simon Bolívar, com apoio da Inglaterra e dos Estados Unidos, junto com seus solados, libertou a Venezuela, a Colômbia, o Equador e encontrou o exército de San Martín no vice-reino do Peru. A ação de ambos os exércitos acabou derrotando as forças leais à Espanha no vice-reino do Peru, que também declarou sua independência em 1824.

Embora a história chame Bolívar e San Martín de “Líderes da Independência”, é importante lembrar que estes homens tinham projetos políticos diferentes. San Martín defendia um governo monárquico, enquanto Simon Bolívar defendia um governo republicano.

O BOLIVARISMO

Em 1826, no Congresso do Panamá, Simon Bolívar propõe um projeto ambicioso: a união dos territórios da América espanhola num só país republicano e independente. O sonho de uma América Latina unida, republicana e solidária ficou conhecido como bolivarismo, o primeiro exemplo de pan-americanismo do continente. Apesar de os países formados a partir das colônias espanholas da América terem adotado o sistema republicano de governo, o bolivarismo, contudo, fracassou. Veja, abaixo, porquê.

Os líderes criollos tinham interesses divergentes e muitas vezes opostos. Os criollos da Venezuela, por exemplo, defendiam um modelo de economia mais aberta, sem protecionismo, o que desagradava os criollos do Equador que queriam uma economia mais fechada, com protecionismo. Enfim, interesses econômicos divergentes foram um dos motivos para o fracasso do bolivarismo. No entanto, houve outros.

Tanto a Inglaterra quanto os Estados Unidos, países que apoiaram a independência das colônias, não apoiavam o projeto do bolivarismo, pois temiam que uma América Latina unida poderia se transformar num obstáculo para a dominação econômica que esses países pretendiam impor aos países recém- independentes.

Perguntas e Respostas.

01) Qual a principal diferença no projeto político de independência do general San Martín e do general Simon Bolívar?

02) Defina o bolivarismo e, em seguida, apresente três razões para o seu fracasso.

Agradecimentos:
http://zepauloblog.blogspot.com.br/2008/07/san-martn-bolvar-e-o-bolivarismo.html

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Temporais e Tempestades




O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte. 
Friedrich Nietzsche

Ainda não tive a curiosidade em saber onde e porque Nietzsche falou essas palavras. Na verdade, como ele mesmo disse, suas palavras eram como golpes de marreta. E, analisando as ideias do Filósofo podemos deduzir que os tijolos da sociedade de sua época eram bem frágeis. O interessante de tudo isso é que não mudou muita coisa de lá pra cá. Nos dias atuais é perigoso você falar o que pensa porque, na maioria das vezes, vai ser mal interpretado. O mesmo filósofo acrescentou que “Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar”. Parece-me que há um abismo enorme entre o que se fala e o que se vive. Falamos em normas, regras a serem cumpridas e onde está o respeito? Que atire a primeira pedra aquele que puder.

Não posso bradar contra a pequenez do ser humano diante das situações impostas por uma sociedade capitalista, machista e preconceituosa porque incorro no risco de ter minha cabeça espetada em uma estaca. O meu protesto não pode ser escondido debaixo do tapete. Prove-me o contrário. Se sabe, então me mostre isso. Faça-me sentir o conhecimento e eu me calarei. Mas não me venha com desculpas.

Já dizia Rubens Alves que “nós não vemos o que vemos, nós vemos o que somos. Só vêem as belezas do mundo, aqueles que têm belezas dentro de si”. Na verdade, a pergunta é a seguinte: o que estamos vendo do mundo? Continuo afirmando que acredito nas pessoas. Acredito no ser humano e nas mudanças de atitude. Vejo potencial quando as pessoas tem coragem de olhar nos meus olhos e espero que isso aconteça com aqueles em quem coloco toda minha confiança de futuro. Não posso ser simplesmente alguém que deixe a vida passar em branco. Tenho uma função social nessa sociedade e espero cumprir o meu papel. O que não posso fazer é deixar que permaneçam na zona de conforto. O enfrentamento é necessário. Como já dizia Willian Shed “um barco pode estar seguro no porto, mas não é pra ficar no porto que barcos são feitos”. Nesse sentido, é que espero grandes coisas daqueles que buscam o conhecimento.

Para finalizar meu texto e tentar deixar uma mensagem de otimismo para aqueles que ouvem minhas palavras acrescento o pensamento lapidar de Epicuro “os grandes navegadores devem sua reputação aos temporais e tempestades”.

Texto: Odair

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O Professor disserta e o Aluno Dorme




Abro a página de um jornal da região e destaco as cinco primeiras noticias do dia: greve dos professores; homem morto a facada é encontrado a margem da rodovia; motorista fica ferido entre colisão de carro e bitrem; vento forte destelha casa em sorriso; candidatas do nortão participam de desfile. 80% das noticias de um jornal no dia, quando não mais, é sobre coisas ruins que acontecem no dia a dia da sociedade moderna. E pensar que os povos que não habitavam as muralhas romanas eram bárbaros. Logicamente que podemos deduzir, se quisermos, que os veículos de comunicação não veiculam noticias boas. Sim, isso pode ser uma verdade. Mas então fica a pergunta: o porquê isso acontece? Talvez porque a sociedade já se acostumou com as noticias ruins. Esperam por elas. As desejam.

Não sou pessimista. De forma nenhuma. Na verdade, sou até muito otimista e creio sim, em um mundo melhor. Só que para se ter um mundo melhor na conjuntura da sociedade capitalista desumana é necessário uma mudança radical. Não manifestações sem objetivos pelas ruas da cidade onde só aparecem os vândalos exercendo quebradeiras. Falo de atitude interna. Mudança radical na vida de cada ser humano nesse planeta. O dia em que o companheirismo falar mais alto do que o egoísmo, então alcançaremos uma sociedade mais humana. Quem sabe nossos netos alcancem esse objetivo. Porque, na conjuntura atual de corrupção, idealismo capitalista, e falta de amor estamos caminhando a passos largos para a extinção do ser humano. O homem é o lobo do próprio homem, já afirmava o Filósofo e com razão. Se ele vivesse na atual modernidade estaria estarrecido. Alguém pode afirmar que pensa no próximo e que estaria disposto a abrir mãos de sua vida em favor do próximo. Isso acontece todos os dias. Mas, mesmo assim os presídios estão superlotados, os abrigos de idosos não suportam mais tantas pessoas desprezadas, os orfanatos idem e todas as casas possuem cerca elétrica e monitoramento.


Se observarmos uma sala cheia de alunos e nos perguntarmos qual o objetivo do aprendizado, em alguns casos ficaremos estarrecidos. São o futuro da nação. Com exceção, seus olhares demonstram desprezo pelo conteúdo estudado. A História é chata. Qual a importância de saber sobre o Brasil Colônia? O que isso acrescentará nos meus conhecimentos. O que importa é as novas postagens do face. Esquecem-se eles do principio básico de qualquer ser humano que é saber sua própria História. Conheça-te a ti mesmo. Em dado momento é possível ver o deboche em seus sorrisos. Do lado alguns dorme o sono que lhe foi roubado a noite quando ficou até altas horas nos jogos. Como poetizou Bandeira:

“O professor disserta
Sobre ponto difícil do programa
Um aluno dorme,
Cansado das canseiras desta vida.
O professor vai sacudi-lo?
Vai repreendê-lo?
Não.
O professor baixa a voz
Com medo de acordá-lo”.

E eis o futuro de nossa nação. Nas mãos de pessoas dessa forma. No entanto, eu ainda acredito naqueles que são puros de coração e que desejam uma sociedade melhor. Eles estão por ai. Talvez estejam cansados, desanimados ou mesmo feridos, mas estão por ai. Vamos sacudir nossa sociedade e caminhar rumo à esperança desses jovens que querem um mundo melhor. Basta a inércia!

Texto: Odair