sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Sonhos de Fim de Ano



No apagar das luzes
De um ano que se finda
Nasce dentro de nós
A esperança que resta ainda.

Os sonhos de Fim de Ano
Renovam-se no alvorecer
Do Ano vindouro
Que joga suas luzes no nosso viver.

Promessas que não cumprimos
Voltam a fazer parte dos nossos anseios
E a esperança de fazer tudo certo
É a chama que, de sonhos, nos deixam cheios.

Do ano que se finda
Resta a nós a simplicidade
Do que aprendemos nas lutas
E do que nos deixará saudade.

Do ano que se inicia
Teremos a oportunidade
De fazer tudo certo
E alcançarmos a felicidade.

Poema: Odair

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O Natal de Stone Halls



Aconteceu em uma pequena cidade do Mato Grosso
No final dos anos oitenta
Circulava pela pequena praça da vila
Uma criança que tinha uma vista atenta.

Na noite anterior, véspera de Natal,
Tinha observado as pessoas em festa
Que passava por ele em meio burburinho
Sem saber que em seu estômago nada resta.

Há poucos dias passados sua mãe tinha ido embora
Deixando que ele pudesse sobreviver
Sem a proteção que só uma mãe pode dar
Em um mundo difícil de crescer.

O pai tinha que trabalhar para sustentá-lo
E com ele não podia, naquele dia, estar.
Enquanto as pessoas festejavam
Para ele não sobrava nem um olhar.

O cheiro suave das carnes sendo assada
Em suas narinas chegavam
Deixando sua fome mais apertada
E uma tristeza que seus pensamentos solapavam.

Não sabia por que passava por aquilo
Pois era uma criança que desejava a felicidade
Que tanto propagavam nesses dias
Mas que, para ele, só existia a saudade.

Com os olhos fundos de tristeza
Olhava para as casas cheias de gente
Sentia-se sozinho naquele universo
E sabia que, para eles, era indiferente.

Em sua cabecinha ficava uma inquirição
Que parecia resposta não ter
Por que falavam tanto em espírito natalino
Se ninguém importava com o seu sofrer?

Poema: Odair

sábado, 19 de novembro de 2011

Final do III Curso de Extensão em História e Cinema

Terminou no dia 05 de novembro a 3ª Edição do Curso de Extensão em História e Cinema. Cada vez mais consolidado como uma opção de aprendizado para acadêmicos de História, Geografia, Pedagogia, Direito e outros da UNEMAT. O Curso trabalhou a questão transversal nos filmes apresentados esse semestre e contou com a participação ativa de educadores e acadêmicos. Parabéns a todos.










Texto: Odair.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Mais lições dos filmes dos anos 80


21. Se tem algo estranho na vizinhança, você sabe quem chamar.
22. Às vezes, fantasmas são monstros comilões, verdes e cheios de gosma.
23. Outras vezes, eles só caminham na água e multiplicam comida.
24. Ou ainda podem ser o amor da sua vida.
25. Toda vez que você sente um arrepio, um fantasma pode estar te encoxando.
26. De vez em quando, os mortos não estão tão mortos quanto parecem.
27. Certos cadáveres demoram bastante para apodrecer.
28. E certas pessoas são bem fáceis de enganar.
29. Todo mundo conhece Ferris Bueller.
30. O diretor da escola provavelmente te odeia, não que isso mude alguma coisa.
31. Enganar os pais consiste basicamente em fingir uma dor de estômago, fazer gemidos e resmungos e lamber as palmas das mãos.
32. A vida passa muito depressa. Se não paramos para curti-la, ela escapa por nossas mãos.
33. Tom Hanks já foi mais legal. E mais magro.
34. A diferença entre os brinquedos de crianças e adultos é o preço.
35. Ternos brancos são muito legais.
36. Tome cuidado com o que deseja.
37. É o coração que sustenta a juventude que nunca morrerá.
38. Em outras vezes, são alienígenas que sustentam a juventude mesmo.
39. Nunca ache que águas termais são uma fraude.
40. Às vezes, os alienígenas não querem matar ninguém nem conquistar o mundo.
41. Nessas mesmas vezes, esses alienígenas só querem voltar pra casa.
42. Os custos de ligação pra fora do planeta são um absurdo.
43. Alienígenas já vêm com pointers embutidos nos dedos (deve ser útil também no escuro).
44. ETs são enrugados e meio corcundas, mais ou menos como a sua avó.
45. Os adultos sempre querem arruinar a diversão das crianças.
46. Gordinhos sempre têm um apelo cômico e merecem apelidos.
47. Nunca deixe seu filho cair.
48. CHHOCOLLAAATE!
49. Sempre confie em mapas do tesouro.
50. Cuidado com as armadilhas no caminho.

Fonte: Acidez mental

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Lições dos filmes dos anos 80


Os filmes dos anos 80 nos deixaram uma série de lições importantes para reflexão.

1. Tudo que importa é a popularidade e você nunca será popular, a não ser que você seja uma loira gostosinha ou um jogador do time de futebol (americano).

2.Por uma coincidência cinematográfica, você provavelmente é vizinho da garota mais popular da escola e vocês vão se apaixonar através de uma situação inusitada (como você pagando pra que ela finja ser sua namorada, etc).

3.Você acabará ficando popular, mas descobrirá que não é isso que quer na vida, mesmo que signifique ser sempre convidado para festas e comer todas as garotas do colégio.

4. O cara mais popular da escola tem um carro e você não. Se tiver, seu carro será velho, caindo aos pedaços ou um assassino em série.

5. Não há Lei Seca que impeça certos carros de matar.

6. Melhor tomar cuidado com combustíveis adulterados.

7. Pior que um dono ciumento e obsessivo pelo carro, é um carro ciumento e obsessivo pelo dono.

8. Certas máquinas foram feitas para matar.

9. O futuro, algumas vezes, é um brutamontes com cara de mau.

10. Exterminadores vindos do futuro sempre conseguem matar todo mundo, menos quem deveriam.

11. O Google em breve mudará seu nome para Skynet.

12. Mandar seu pai para salvar sua mãe antes que você nasça (e eles se conheçam) dá um imenso paradoxo no espaço-tempo que só filmes sabem explicar.

13. Viajar para o passado e fazer sua mãe se apaixonar por você sempre dá vários problemas.

14. Einstein errou quando disse que era preciso chegar à velocidade da luz para viajar no tempo.

15. Doc Brown nunca, eu disse NUNCA, morre de verdade.

16. No futuro, todos os jovens andam com os bolsos para fora das calças.

17. Plutônio pode ser facilmente substituído pela lata de lixo da sua casa.

18. Às vezes, ficção científica são carros com portas que abrem para cima e luzes piscantes.

19. Outras vezes, ficção científica são raios de próton que nunca, eu disse NUNCA, podem ser cruzados.

20. A não ser no final do filme, é claro.

Em breve novas lições dos filmes dos anos 80.

Fonte: www.acidezmental.xpg.com.br

domingo, 4 de setembro de 2011

Obrigado por fumar



Obrigado por fumar é daqueles filmes que você nunca se satisfaz ao assisti-lo. Cada vez que você o assisti descobre coisas novas. O filme em comento foi tema de discussão no III Curso de Extensão em História e Cinema neste sábado e, pela repercussão e respostas dos participantes, provocou a reflexão da maioria. O filme é uma critica aberta ao modelo de sociedade que temos, isto é, uma sociedade moldada pelo controle da mídia.

As pessoas não têm idéias próprias, são manipuladas de forma aberta e subliminar em todos os momentos. Mesmo defendendo a indústria do tabaco, a idéia do ator principal é nos proporcionar oportunidades para questionar os valores e verdades impostas às pessoas de forma geral.

É possível perceber a dinâmica dos questionamentos ao modelo que vivemos. Precisamos aprender a arte da argumentação em vez da negociação para sobrevivermos a esse modelo catatônico de sociedade na qual estamos inseridos.

Como afirmou uma das participantes do filme: “Educação, respeito e escolha devem ser feitas por cada individuo assumindo, assim, a responsabilidade de suas escolhas”.

Texto: Odair

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Dia de Treinamento



Um dia pode passar rápido demais aos nossos olhos e acontecer tantas coisas que nem notamos as horas irem embora. Mas pode ser tão comprido e acontecer fatos que nos marcarão para o resto de nossas vidas. Quantas decisões precisamos tomar em um dia onde cada uma dessas decisões podem nos levar ao desconhecido e nos deixar em situações embaraçosas. Dúvidas podem acabar com nossos conceitos do certo e errado e nos fazer escolher o caminho menos dolorido a nossa frente. Difícil é manter a ética diante de situações que nos levam ao desespero.

Essa é basicamente a síntese do que vemos em duas horas de filme em Dia de Treinamento. As situações que o “novato” enfrenta durante um dia nas mãos do “experiente” é de fazer-nos refletir. Somos, no dia a dia da vida, novatos em algumas coisas e experientes em outras. A diferença está no que fazemos enquanto tal. Abusamos da autoridade quando somos os experientes e temos um “novato” na nossa mão para dirigir-lhe os passos? Por outro lado, quando somos os novatos até que ponto obedecemos cegamente o que os experientes querem nos impor a fazer?

O III Curso de Extensão tem essa proposta. Refletir sobre o cotidiano da nossa vida e no que somos nessa jornada. Lobo ou cordeiro.

Uma turma bastante diversificada fizeram um grande discurso sobre o que viram na tela. Desde a experiencia em assistir um filme para reflexão até a problematização das questões levantadas sobre o filme. O interessante é a diversificação de olhares sobre um mesmo acontecimento. As respostas nos deixam uma certeza. Cada um de nós vê um filme de forma diferente.

Os participantes do III Curso de Extensão em História e Cinema tem a possibilidade de desvendar coisas espetaculares nesses filmes. Que cada um possa descrever suas sensações sobre a película.

Texto: Odair

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O Homem é um animal



Se conhecêssemos a nossa natureza humana
Saberíamos o qual incapazes somos.
Míseros humanos que carregam a soberba na frente do nariz.
Quanto mais estudamos descobrimos a nossa ignorância
Mas, não damos valor a isso,
Ou pelo menos, não aprendemos com isso.
Você pensa que tem o controle e, descobre, de forma trágica,
Que não é possível ter o controle de coisas que você não conhece.
Deveríamos ser mais humildes
Para reconhecer a nossa incompetência,
Mas não somos.
A soberba da vida corrompe o nosso âmago
E acreditamos que regemos o mundo.
Sem saber que a maldade ronda o nosso cotidiano.
E a dor da decepção por saber qual limitado você é deixa-nos confuso.
Quero sair dessa prisão.
Ser livre e voar os espaços da plenitude celestial.
O homem é um animal miserável
Que necessita urgentemente da misericórdia divina.
A alma é dilacerada com a descoberta da sua insignificância.
Pensamos na carreira prospera
E nos deparamos com as valas da decepção.
Choramos a ausência de quem nunca esteve presente
E, mesmo assim, sonhamos
Com a sua volta que nunca vai acontecer.
Os sonhos são castelos de areias
Que desfazem-se com as ondas do mar.
Restam os desejos que sobrepujam nossa alma sedenta de realizações.
Olhamos as vitrines e expomos as paixões que nos cegam.
Seria tão bom poder apenas ver o pôr-do-sol
E contentarmo-nos com sua beleza.
No entanto, não é isso que nos satisfazem.
O coração tem anseios de coisas que não nos farão bem.
As tristezas sufocam a alegria quando deveria ser o contrário.
O dia da morte é melhor que o dia do nascimento.
E viva o controle absoluto dos instintos animalesco.
O lobo uiva nas paragens mais escuras da noite
Seu grito ecoa no silêncio sepulcral de nossa existência falida.
O filho pródigo recorre as bolotas que o porcos comem
Para acalmar o seu estômago vazio.
Mas, a alma continua com fome.
O animal deita na relva.
Esta cansado da fadiga.
Passou o dia correndo atras da presa e não acalmou a sua fúria.
Somos o caos da criação.
E a solução é a misericórdia que está sendo oferecida.
Desçamos do pedestal onde nos colocamos
deixemos o trono da soberba e vivamos uma vida de humildade.
Quem sabe assim seremos resgatados.

Texto: Odair

sábado, 13 de agosto de 2011

Pai



Nascemos e crescemos por uma razão
Uma razão que dá forma a uma alma tão querida
Essa forma de vida precisa ser conduzida no caminho certo
Para que possa ser alguém na vida.

O caminho a ser seguido não é o mais fácil
Nem o menos espinhoso
Mas, com certeza o mais digno a ser seguido,
Para isso é preciso ser corajoso.

Ser pai é saber conduzir o filho no caminho justo
Apresentar-lhe a dualidade da nossa existência
E o ajudar a escolher o caminho da retidão
Mesmo que precise de muita experiência.

Se precisar caminhar ao lado do filho
Nos momentos mais difíceis, em suas mãos segurar,
Auxiliá-lo no momento de incertezas
O fará ser decisivo na escolha do seu caminhar.

O verdadeiro pai é aquele que cuida
Que dá carinho nas horas de dor e de alegria
Que cobra do filho aquilo que ele pode oferecer
Que o ensina a ser uma pessoa melhor a cada dia.

Pai é aquele que acorda no meio da madrugada
Para ver se o filho está coberto
Ou que nem consegue dormir
Pensando nesse filho que ainda não está ali perto.

Ser pai é um dom que Deus concede
E o filho é o presente mais presente que podemos ter;
Ser pai é ter motivo para sorrir
Toda vez que olhar para seu anjo e vê-lo crescer.

Poema: Odair
• Uma homenagem a todos os pais e, em especial, ao meu velho e querido Pai, Sr. Josuel.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O sonho



Quando os sonhos se vão sobra apenas o espectro do ser humano. A vida é a grandeza da existência e você deve valorizar o dom que tem. Sinta o frescor da manhã e o calor do dia. Sonhe e seja feliz! Essa é a maior virtude do ser humano!

Frase: Odair

domingo, 7 de agosto de 2011

III Curso de Extensão em História e Cinema: Transversalidade



A terceira edição do História e Cinema traz uma inovação que é trabalhar com temas transversais. Nas dez películas selecionadas para as exibições desse semestre os participantes vão estar diante de situações que envolvem o nosso cotidiano. O Curso propõe a discutir a questão da Ética em filmes como “Dia de treinamento”, “Obrigado por fumar” e “A Caixa”; a questão da Diversidade Cultural em filmes como “Um sonho possível” e “Babel”; a questão da pedofilia no enigmático “O Lenhador”; a questão do Trabalho e Consumo em filmes como “A fantástica fábrica de chocolate” e “O cheiro do ralo”; a questão do Meio Ambiente será abordada no filme “Wall-e” e, por fim, mas não menos importante, a questão dos ideais que movem o ser humano em sua existência no magnífico filme “Cinema, Aspirinas e Urubus”.

Segundo Amélia Hamze, A transversalidade diz respeito à possibilidade de se instituir, na prática educativa, uma analogia entre aprender conhecimentos teoricamente sistematizados (aprender sobre a realidade) e as questões da vida real (aprender na realidade e da realidade). A professora enfoca ainda que, Necessário se torna uma visão mais adequada e abrangente da realidade, que muitas vezes se nos apresenta de maneira fragmentada. Através dessa ênfase poderemos intervir na realidade para transformá-la.

Nesse sentido, o Curso de Extensão visa aprofundar a reflexão sobre temas do nosso cotidiano e problematizar em que contexto estamos inseridos.

O Curso terá inicio no dia 27 de agosto e previsão de encerramento no dia 26 de novembro. Serão 10 (dez) filmes apresentados aos sábados no período vespertino das 13:30 as 17:30 hs. O Curso tem carga horária de 40 hs com certificado e vagas limitadas. O Período de inscrição vai do dia 7 a 26 de agosto.

As inscrições podem ser feitas com Odair na secretaria do Departamento de História e/ou com a Mickaelly no 5º semestre de História.

sábado, 23 de julho de 2011

Filmes e série narram eventos da Guerra do Vietnã


APOCALYPSE NOW (EUA, 1979)

Veterano militar de operações especiais, o capitão Benjamin L. Willard (interpretado por Martin Sheen) passa por um momento difícil de sua vida, bebendo excessivamente, quando oficiais da inteligência, entre os quais o coronel Lucas (Harisson Ford), atribuem-lhe uma missão: procurar o coronel Walter E. Kurtz (Marlon Brando), ex-soldado exemplar que desertou do exército norte-americano e fugiu para a selva do Camboja. Com outros soldados, Willard presencia os horrores da Guerra do Vietnã enquanto segue pelo fictício rio Nung para cumprir sua tarefa. O filme é um clássico e foi eleito pela revista GRANDES GUERRA o melhor longa de guerra de todos os tempos.

Veja o artigo completo em

http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/saiba-mais/filmes-serie-narram-eventos-guerra-vietna-525364.shtml

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O cantar do galo



Este ensaio tem por objetivo problematizar uma questão fundamental em nossa existência. As frustrações do dia-a-dia. Não pretende ser um manual que explica como e porque isso acontece e, muito menos uma receita de como se livrar delas. Muito pelo contrário. É uma reflexão sobre algo que acontece com todos independente de credo, raça e status social.

Muitas vezes sofremos a dor de uma derrota, choramos pelos sonhos destruídos por um momento de fraqueza e ficamos decepcionados com nossas atitudes. Isso é normal quando se sabe o porquê sofremos tal desilusão. Contudo, é válido lembrar que somos vasos de barro sujeitos a queda e não podemos nos desesperar quando isso acontece em nossas vidas. Afinal, quem nunca errou? Admira-me observar como Jesus agia diante de pessoas frustradas consigo mesma. Ele agia com amor eterno mostrando que a sua missão era restaurar o ferido. Diferentemente do que costumamos fazer com nossos semelhantes e, muitas vezes, conosco mesmos.

Uma mulher apanhada em ato de adultério em uma civilização judaica com certeza era condenada a morte por apedrejamento, mas Jesus, além de não a acusar, ainda não permitiu que ninguém a acusasse mostrando-lhes que cada acusador daquela mulher também tinha pecado.

Pedro era um discípulo de Jesus que mais se gabava de ir com ele até a morte se esquecendo que era um vaso de barro sujeito a queda. Quando viu que havia negado o mestre, chorou amargamente. Será que podemos imaginar o que se passou na mente de Pedro? Muita tristeza, angústia e dor. Ao ressuscitar, Jesus manda um recado todo especial a Pedro mostrando que o havia perdoado.

Em nossa sociedade não se vê muito essa compaixão. Que se dane o próximo. Lançamos mãos dos açoites psicológicos e físicos na esperança de apagar nossas frustrações. No entanto, isso não é o certo a fazer e nem resolve absolutamente nada. Quando ouvimos o cantar do galo notamos que falhamos outra vez. Mas, é preciso levar em consideração que temos um amigo ao nosso lado disposto a nos auxiliar em nossas fraquezas e capaz de se lembrar do nosso nome na primeira oportunidade.

Texto: Odair

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Devaneios de um poeta



O momento marcante do encontro onde os nossos sonhos se cruzaram
Como se fossem em uma encruzilhada...
Você tão diferente, no pensamento, nas palavras!
Talvez seja isso que tenha nos unidos...
É, eu falando em união quando na verdade não sei exatamente o que seja isso!
Suas idéias tão distantes da minha realidade...
Sei lá que realidade seja essa!
Tudo bem se você me acha um louco, acho que na verdade eu seja!
Louco por você.
E eu que não pretendia falar em loucura,
Na verdade, o que queria mesmo era ter palavras para expressar o sentimento...
Que sentimento? Sei lá!
Não penso no amanhã...
Penso no hoje, por que hoje vejo o brilho do seu olhar.
Hoje ouço o seu sorriso, hoje sinto o pulsar do seu coração...
Cada batida!
O que nos reserva o futuro?
Acho loucura falar em futuro...
Se você é o meu presente!
Presente, futuro, passado...
Palavras tão simples que expressam longos acontecimentos!
Ah, aquele sorriso depois de um olhar...
Aquele silêncio antes do beijo...
Sabe como te imagino? Como te vejo?
Não existe noção de tempo para nós,
Ou pelo menos não deveria existir...
Não existe passado sem o seu encanto,
O presente não seria presente sem a sua presença,
Vejo o futuro no seu sorriso como uma eterna lembrança de um tempo tão lindo!
Talvez você não esteja entendendo nada
E seus olhos não conseguem encontrar o sentido das minhas palavras...
Essa é a sensação de um coração cheio de palavras que se perdem diante do brilho intenso de seu olhar!
Falar o que?
É certo o pensamento de que as melhores palavras são ditas no silêncio de um olhar.
No entanto, minha alma de poeta me leva a rascunhar-te essas singelas letras e as imagino encontrando guarida no lado esquerdo de seu seio.
O que imagino é a loucura de não somente pensar em ti...
Mas a loucura de nunca te esquecer!

Poema: Odair

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Chegada e partida



Bateu forte na porta e ela abriu-a com delicadeza. Tinha os olhos lindos da esperança e vendia sonhos. Apaixonou-se no exato momento em que fitou seus olhos e deslumbrou seu coração. Há muito o desejava e agora podia ser feliz. Era um entardecer lindo e o sol amarelo vermelho apresentava o frescor da alma.

Ouviu o bater da porta e não o viu partir, mas sabia que ele se fora. A madrugada fria e escura não a deixou ver direito o seu caminhar rumo ao infinito. Chorou silenciosamente. O coração sentiu o frio do amanhecer. Não viu a estrela no céu e nem a esperança da volta. Sonho que se desfaz no amanhecer.

Texto: Odair

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Poluição Sonora em Cáceres



O barulho que vem dos bares, lojas, lanchonetes, carros de som automotivos, escapamentos de motos “turbinadas” entre outros ambientes que poluem o ar da nossa princesinha e que, pelo movimento, “Sossego! Direito de todos”, vem mobilizar as autoridades para um assunto que incomoda muita gente. Todo ruído que causa incômodo pode ser considerado Poluição Sonora. A partir das aulas do Curso de Especialização em Gestão Ambiental e buscas pela matéria procurei desenvolver um estudo sobre as práticas de Poluição Sonora em Cáceres. A noção do que é barulho pode variar de pessoa para pessoa, mas o organismo tem limites físicos para suportá-lo. O ruído atrapalha o sono e a saúde em geral direta ou indiretamente através do estresse ou perturbação do ritmo biológico. Barulho em excesso pode provocar surdez e desencadear outras doenças, como pressão alta, disfunções do aparelho digestivo e insônia. Distúrbios psicológicos também podem ter origem no excesso de ruído.[...]

A partir do final do ano de 2010 com a divulgação na mídia do movimento pelo sossego, denominado “Sossego! Direito de todos” e mobilizado pelo Ministério Público para combater, juntamente com o município, a Poluição Sonora, notamos algumas mudanças no comportamento dos cidadãos. […] Até recentemente os bares e casas noturnas funcionavam a céu aberto. Nas noites de sexta-feira, sábado e domingo era fácil detectar diversos locais onde o som ultrapassava, com certeza, o limite estipulado. Nesses lugares é possível ver hoje, passado quase seis meses depois do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Ministério Público e os proprietários de casas de shows da cidade, que esses bares sofreram algumas alterações para tentar resolver o problema da acústica. A maioria dos proprietários de casas de bailes estão cercando seus ambientes e colocando vidros oferecendo, assim, um espaço de dança que não perturbe os vizinhos e moradores da região onde ficam localizados. […]

Uma educação ambiental, no entanto, é necessária para que o cidadão se conscientize de que ações como essas são necessárias para que haja um combate a essa poluição que é, como já demonstramos, danosa a saúde humana e ao meio ambiente. Dessa forma, urge-nos destacar as boas ações que procuram demonstrar o que é a Poluição Sonora e seus malefícios. Seminários, palestras e conferencias sobre o assunto é capaz de mobilizar os cidadãos tornando-os conscientes de sua função social. […]

A cidade possui diversos locais de entretenimento quando se fala em dança e música tipicamente regional. Top Bar, Bar do Paulinho, Bar do Rael, Bar do Luiz, Cantina Mato Grosso, Butikin do Beto, Bar no Doze e, mais recentemente, os postos de gasolinas, só para citar os mais badalados e comentados que tocam músicas ao vivo nas sextas, sábados e domingos. Mas, esses não são os únicos locais. Em algumas casas dos bairros periféricos as famílias se reúnem sob a sombra de frondosas mangueiras e o som é ligado em volume extremamente alto durante dia e noite praticamente. É parte da cultura do povo e essa prática do barulho e resistência por parte da população complica ter um controle efetivo das autoridades sobre essas questões.

Algumas questões que envolvem a poluição sonora e suas consequências foram abordadas neste trabalho dando ênfase a cidade de Cáceres e sua resistência cultural em compreender esse tema e se adequar as normas. No entanto, é necessário salientarmos que a discussão ainda não aponta para uma consolidação teórica a respeito do que seja Poluição Sonora. Na verdade é exatamente isso que pretendemos em trabalhos posteriores.

Texto: Odair

terça-feira, 31 de maio de 2011

O Brado do Atalaia



Estou revoltado com os acontecimentos. Revoltado com a forma de ser e agir de alguns indivíduos da nossa sociedade moderna. Ícones da falácia moderna e da hipocrisia que se instala nos meios de sobrevivência da humanidade. Pessoas que se acham os donos da verdade e que se instituem como os novos profetas do futuro estabelecido.

As pessoas já não se olham com a confiança que necessitamos para nos sentirmos seguros em meio às avalanches de mentiras e traições que se aprofunda em nossos âmagos interiores.

Revoltado de lutar com quem não quer nada da vida. Preferem permanecer nas profundezas da ignorância a dar espaço para que a luz do conhecimento possa os orientar. Preferem viver dos vícios e malefícios das atividades medíocres a que estão acostumados. Pergunto-me o porquê e as respostas vem em forma de novas indagações. É o mesmo que lutar contra a natureza morta de uma samambaia.

Este espaço é justamente para expor a minha fúria a esse império da ignorância que, a cada dia conquista mais espaço. Como uma epidemia vai se alastrando, dia-a-dia, em direção à conquista total. As pessoas, como insetos indefesos, cedem às mandíbulas tenebrosas desse monstro inescrupuloso.

Minha revolta a essa situação catastrófica se baseia na autocontemplação do mundo a minha volta. Estou revoltado com tudo isso. Não sei por quanto tempo vou resistir a esse ataque. A única coisa que sei é que esse monstro não irá me atingir. De forma nenhuma. Nem que seja o último, pretendo resistir.

Nem tudo está perdido. É possível visualizar, mesmo que para isto seja necessário uma visão aguçada, pessoas que se comprometem a não se deixar levar pela maléfica e pegajosa rotina do “dane-se o mundo” eu quero é ser feliz. Discursos e mais discursos são constantemente expostos nos meios de comunicação seduzindo as massas de que tudo está perfeito. Os pequenos não podem exercer os seus direitos fundamentais por questões historicamente enraizada no nosso país e enquanto isso, na Sala de Justiça, os “heróis” do novo tempo formulam hipóteses de como aplicar bem os recursos.

Já não é possível conformar com atitudes mesquinhas e fugazes que embromam os seres intelectuais de nossa sociedade. E, a revolta maior não é com os analfabetos ideológicos da sociedade moderna, mas com os detentores do poder e do conhecimento que agem como se nada estivesse acontecendo. São parasitas sociais que sugam o sangue de suas vítimas. Passam três anos formulando teorias e pesquisas que possam levá-los outra vez a ocuparem os cargos representativos do povo em geral.

Deixo aqui meu grito de alerta. Tal qual um atalaia eu subo ao alto da torre e, a plenos pulmões, solto o meu brado de guerra: por favor, acordem! O ano de eleição está chegando. Não permitam convencer você de que um saco de cimento ou um sacolão vale o seu voto. Precisamos de alguém que pelo menos tenha a capacidade de exercer com dignidade e ética o seu papel de representante da nação. Não com discursos, mas com ação.

Texto: Odair

segunda-feira, 30 de maio de 2011

I Festival de CInema de Cáceres - "Olhares do Pantanal".




Cáceres sediou neste final de semana o I Festival de Cinema Olhares do Pantanal. Realizado pelo Cine Xin e com o auxiliou do Governo do Estado por meio da Lei de Incentivo a Cultura , o festival tem como apoiadora a Universidade do Estado de Mato Grosso( Unemat).

O evento que teve início na última sexta-feira(27) trouxe para o público mostras competitivas de produções independentes, além de oficina de audiovisual, que foi uma forma de aproximar o público das técnicas de produção caracteristicas da sétima arte.

Para a pró-reitora de Extensão e Cultura da Unemat, Juliana Mattiello, a proposta do festival revive na população deCáceres a paixão pelo cinema, além de incentivar a formação de novos públicos. A pró-reitora enfatizou o papel da universidade em apoiar ações que incentive a cultura e a produção artística.

Sucesso de público e de participantes, a primeira edição do festival segundo a coordenadora geral Elainne Pires Cintra trouxe a satisfação de contribuir para o fomento das produções audiovisual da região. Para coordenadora, a proposta foi muito bem aceita população que prestigiou as exibições das produções e participou das oficina e do encontro de cineclubes.

Personalidade homenageada pelo festival, o pesquisador e cineasta matogrossense Luiz Borges, que é diretor de “ A Cilada com Cinco Morenos”, destacou a participação da Unemat como instituição parceria na realização do evento. “O festival já nasce vencedor por ter entre seus parceiros uma importante universidade do nosso estado”, enfatizou o produtor que é autor do trabalho científico que registra os 100 anos de cinema em MT.

Como filme homenageado pelo festival, “Nó de Rosas” de Gloria Albuês trouxe para o público uma Cáceres dos casarios centenários, do magestoso Rio Paraguai , dos monumentos históricos como um dos cenários para compor sua história . Uma homenagem também para os cacerenses que puderam reconhecer a sua cidade estampada na grande tela.

link http://www.unemat.br/noticias/wmview.php?ArtID=6331
veja também http://www.jornaloeste.com.br/?pg=noticia&idn=16571

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Esqueçam os buracos...Temos totens!



A intenção deste ensaio não é falar mal do governo. Não. A intenção é outra. É fazer uma reflexão de como as pessoas vivem e agem de acordo com cada governante.

Vivemos dias extremamente complexos. Falo de uma cidade erguida as margens do Rio Paraguai. Uma cidade Portal do Pantanal que realiza o maior Festival de Pesca de água doce do mundo. A população curte os shows nacionais e...Supimpa! Por alguns dias esquecem que a cidade está cheia de buracos. Esquecem que a cidade está praticamente como um queijo suíço. É impossível transitar pela maioria das ruas devido o excesso de valas e crateras existentes por toda cidade.

Mas, esse não é o único caos existente na Princesinha do Paraguai. Estamos há quase um mês com nossas crianças sem aulas. As crianças não têm como exercer o direito fundamental que é o direito a educação de qualidade.

Esqueça tudo isso. Esqueçam os buracos, esqueçam as greves na educação e na saúde. Afinal, agora temos o FIP. Agora temos totens por toda a cidade. As arvores das praças centrais tem um novo colorido com luzes e brilhos. E o discurso continua. Cáceres está no centro das atenções nacionais do turismo. E tome pão e circo.

A política do Pão e Circo remonta as arenas romanas quando os Imperadores Romanos davam espetáculos para o povo para que eles esquecessem de que não tinham nada para se alimentar e sobreviver. Não muito diferente disso, vemos hoje esses espetáculos e a população esquece os buracos.

Ah! E só pra variar. Tem gente nessa cidade que vai ter que andar a cavalo mesmo.


Texto: Odair

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Essa é minha Mãe




Quero falar de uma mulher
Mas, não é uma mulher qualquer.
É uma mulher guerreira e virtuosa
Uma mulher alegre e muito formosa.
Uma senhora que carrega nos ombros
A marca de uma dura vida
Marcas de sonhos não realizados
De aspirações pretendidas.
Uma mulher que fica em silêncio
Demonstrando longos anos de reflexão
Que não prega os olhos enquanto não chegamos
Para dar tranqüilidade ao seu coração.
Às vezes parece triste com as lutas do dia-a-dia
Com a canseira que os anos proporcionam
Mas, sorri ao ver as bagunças feitas pelos netos,
Nas manhãs que o tempo as harmoniza.
Uma mulher que sofreu para cuidar dos filhos
Que os acalentou no dias frios e tristes
Que deu carinho às filhas distantes
E nelas não deixou de pensar um só dia.
Essa mulher venceu o tempo,
Venceu o frio e o medo
Para nos dar um pouco de paz,
Um pouco de pão e muito de amor.
Ela merece muito de nós
Porque nos deu o melhor que somos
Filhos vencedores que saiu de um ventre
De mãos que souberam nos ensinar o caminho do bem.
Essa é minha mãe.
Essa é a mãe do Márcio, da Sonia, da Lucinha e do Tiago.
Mas é, também, a mãe do Emaxuelber,
Emaxuely, Sarinha, Samuel, Pedro e tantos outros.
Você merece bem mais do que palavras
Mas, são palavras que sei imortalizar.
Por isso te desejo toda felicidade do mundo.
Todos nós te amamos muito.

Poema: Odair

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Thor



Como apaixonado por HQ e cinéfilo de carteirinha tenho aguardado com grande expectativa o filme Thor chegar no cinema de minha cidade. Enquanto isso não acontece, leio algumas críticas sobre o filme. Neste espaço quero compartilhar uma que achei bastante interessante.

"O que é mais importante para uns em filmes de heróis dos quadrinhos pode não ser para outros. Enquanto o fã, na maioria das vezes, espera que a adaptação seja a mais fiel possível, aquele que nunca viajou pelas páginas coloridas ou viu os saudosos desenhos (quase) animados dos anos 70, espera apenas entender o filme e se divertir. E esse é, sem sombra de dúvida, o mérito desta aventura baseada no personagem da editora Marvel. É perfeitamente possível para o leigo entender a trama carregada de mitologia nórdica, de nomes estranhos, guerras, deuses e herdeiros. Para isso, claro, vai ter que se deixar mergulhar na fantasia depois da didática e oportuna pergunta inicial: “de onde ele vem?”.

Na história, Thor (Chris Hemsworth) estava prestes a receber o comando do reino supremo de Asgard das mãos de seu pai Odin (Anthony Hopkins), quando forças inimigas quebraram um acordo de paz. Disposto a se vingar, o jovem guerreiro dá início a um conflito entre os povos, desobedecendo o rei, que indignado com a atitude do filho acaba retirando seus poderes e o expulsando para a Terra. Lá, ele conhece uma cientista (Natalie Portman) que vai ajudá-lo na luta para recuperar o lendário e poderoso martelo das mãos de agentes do Governo e poder retornar para o seu lar. Enquanto isso, o ciumento irmão Loki (Tom Hiddleston) tem um plano maligno para que isso não aconteça e ele possa assumir – definitivamente – o poder de seu pai. Com esse conflito shakespeareano, coube ao ator e diretor Keneth Branagh, que é influenciado pelo bardo inglês, pilotar essa aventura distante de suas experiências anteriores, como Hamlet.

Thor tem efeitos especiais, humor, cenários grandiosos e música no clima, mas o ritmo, às vezes, fica mais lento. O roteiro, no entanto, é redondo e tem vários detalhes, como a rápida aparição do personagem Barton/Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), além do próprio Stan Lee, criador dos famosos heróis fazendo uma ponta de motorista de pick up. Coisas que vão fazer a alegria dos amantes do gênero. Para essa turma, aliás, uma dica importante: fique até o fim dos créditos porque tem uma cena adicional que vai conectar este filme com Os Vingadores, previsto para maio de 2012."

Érico Alessandro.
http://www.hnews.com.br/2011/05/thor-critica.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Sobre a Mulher Traída e Insegura


A essência feminina, como forma de se proteger de seu pior vilão que é a traição, se envolve em um escudo, campo de força tão forte e eficaz, capaz de impedir a aproximação daqueles que para elas são os maus homens, aqueles que lhes fizeram sofrer.
Em seu ego, o certo esta sendo feito. Pensa... Não mais haverá sofrimento. Pena! Tal eficácia é tão plena que chega a compelir também, os homens de boa-fé ou bons homens. Estes, bem que tentam, até conhecem a forma impenetrável e força imponente diante de seus olhos.
Elas demonstram isso. Sapiente, sabe o bom homem que em algum momento o escudo enfraquecerá, pois não resistirá ao tempo.
Mas quem adentrará ao campo de força, hora imponente e aparentemente impenetrável? O bom homem? O Mau homem?
Sem surpresas, diante de tal vulnerabilidade gerada pelas dúvidas e incertezas, a perspicácia e insistência do mau homem, rompe a barreira e reaproxima, retoma a fragilizada essência feminina.
Mas e os homens bons, não menos perspicazes e insistentes? Foram subjugados? Trapaceados?
Estes fizeram o que deveriam, ao menos tentaram. Diante uma barreira que parece ter sido feita especialmente para ele.
Uma façanha quase impossível ante uma essência feminina não tão fragilizada, mas conturbada e incerta.
O que resta aos Bons homens? Que estes bons homens encontrem as boas essências femininas capazes de seguir em frente, de se relacionar, de se apaixonar; aquelas que não enganam e nem se deixam enganar.

MARCIO LOURENÇO PEREIRA

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A insensatez da violência



Estávamos na aula de Criminologia desenvolvendo reflexões sobre o crime, o delinqüente, a vitima, o controle social entre outras coisas. Nosso grupo lia um artigo da revista Veja intitulado “A cabeça de um assassino” onde notamos vários depoimentos de criminosos presos que relatavam suas justificativas pelo crime praticado. O tema estabelecido para desenvolvermos nosso trabalho foi “A insensatez da violência”. Não sabíamos, mas nesse momento acontecia o massacre em Realengo no Rio de Janeiro. Na verdade, é difícil deduzir hipóteses para entender a cabeça de um assassino.
Com certeza, dezenas de especialistas vão dar suas opiniões de como combater esse tipo de crime, que alguém falhou na segurança e etc e tal. No entanto, é complexa essa questão. O fato é que estamos inseridos em uma sociedade violenta e desumana. Enquanto alguns poucos estão pensando sobre as possibilidades de combate ao crime outros estão tirando vidas inocentes.
O que assombra nesse massacre é o número de vítimas da mesma faixa etária. Pensamos em nossos filhos. Que Deus nos livre e guarde de fatos como esses!

Texto: Odair

quinta-feira, 24 de março de 2011

Sobre Meninos e Lobos e Sobre Nós Mesmo


Dave, no inicio do filme nem consegue terminar de escrever seu nome no cimento fresco da calçada. Enquanto seus dois amigos já escreveram os nomes Dave é interrompido pelos falsos policiais que logo após o seqüestra e leva para o porão. O nome pela metade que fica gravado no cimento representa a interrupção da vida daquele garoto. Os sonhos interrompidos e destruídos por pessoas inescrupulosas. O cotidiano interrompido pelo capricho do destino. Numa fração de segundos e nossa vida toma um rumo diferente.
A escuridão do porão frio e as angústias do garoto são circunstâncias que nenhum ser humano deveria passar. Mas a vida é cruel em certas ocasiões. Toda criança tem direito a educação, saúde e segurança. Além disso, o fundamental é o carinho que essa criança precisa para crescer saudável e criativa. Infelizmente, nos nossos dias esses direitos estão sendo destruídos em larga escala. As drogas, os jogos e a prostituição infantil tem sido massacrante. Não temos a segurança do Estado e a família já não existe. As crianças estão sendo jogadas e abandonadas quando mais precisam de apoio. E a pior violência é aquela que vem do próprio seio da criança. Naqueles que ela confia é onde a violência dói mais. E, não são poucos os casos de crianças violentadas pelos pais, padrastos, madrastas. Aqueles que deveriam proteger são os vilões que sagram as almas inocentes de crianças que se tornaram lobos no futuro.
A falta de confiança depois de adulto é o que notamos na vida de Dave e que representam de forma magistral algumas pessoas que vemos em nossa sociedade. São vampiros. Zumbis ambulantes em uma sociedade moldada pelo descaso. Dave não confia em sua própria mente. Não sabe se realmente foi ele a cometer o crime ou que crime cometeu. E, se a pessoa não confia nela própria, com certeza vai abrir margem para que outros desconfiem. Dave morreu, chega afirmar o personagem em determinada parte do filme, não sei quem saiu daquele porão, mas definitivamente não foi o Dave. Onde está a lápide de muitos morto-vivos que perambulam pelas nossas ruas? Com quantos Dave nos encontramos durante o dia? Cruzamos com eles nas ruas, bebemos com eles nos bares e dormimos com eles sob o nosso teto.

Obs: Esse ensaio é parte de um artigo sobre o filme Sobre Meninos e Lobos.
Texto: Odair

quarta-feira, 23 de março de 2011

Algemas


Olhando no profundo dos olhos dele ela pode identificar a natureza de seu desejo. Sabia explicitamente que sua vontade teria que ser atendida de qualquer forma. Lamentou o momento em que entrou naquela sala e expôs-se ao constrangimento de estar naquela situação. No entanto, tinha ciência que era tarde para lamento. Teria que se decidir rapidamente. Seu corpo tremia descontroladamente e seus sentidos não funcionavam adequadamente devido à pressão psicológica do momento. O que fazer?
A arma apontada em sua direção indicava a forma violenta de que o algoz se utilizou para tirar de si a coisa mais preciosa que ela tinha. Por onde andava os homens a elogiavam pela sua beleza e sensualidade. Provocante e sedutora ela caminhava impávida por entre as pessoas e sempre sonhou em encontrar a pessoa certa para sua vida. Aquela arma demolia o seu castelo de sonho construído até ali.
O documento a sua frente era toda sua herança deixada por alguém que sempre batalhou na vida e conseguiu com muito esforço. E agora ela se vê coagida a assinar e passar para um estranho.

Texto: Odair

terça-feira, 1 de março de 2011

Cinema e História: II Temporada.



O Curso de Extensão História e Cinema tem o prazer de informar que encontra-se abertas até o dia 16 as inscrições para a Segunda Temporada do Curso.

Neste semestre vamos trabalhar com filmes como Sobre Meninos e Lobos, V de Vingança, Dragão Vermelho, O Cheiro do Ralo, entre outros.

As inscrições podem ser feitas no Departamento de História e tem carga horaria de 40 horas.

Vagas Limitadas!

Atenciosamente

Odair José
Coordenador do Curso.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Deus nos livre de um Brasil evangélico





Começo este texto com uns 15 anos de atraso. Eu explico. Nos tempos em que outdoors eram permitidos em São Paulo, alguém pagou uma fortuna para espalhar vários deles, em avenidas, com a mensagem: “São Paulo é do Senhor Jesus. Povo de Deus, declare isso”.

Rumino o recado desde então. Represei qualquer reação, mas hoje, por algum motivo, abriu-se uma fresta em uma comporta de minha alma. Preciso escrever sobre o meu pavor de ver o Brasil tornar-se evangélico. A mensagem subliminar da grande placa, para quem conhece a cultura do movimento, era de que os evangélicos sonham com o dia quando a cidade, o estado, o país se converterem em massa e a terra dos tupiniquins virar num país legitimamente evangélico.

Quando afirmo que o sonho é que impere o movimento evangélico, não me refiro ao cristianismo, mas a esse subgrupo do cristianismo e do protestantismo conhecido como Movimento Evangélico. E a esse movimento não interessa que haja um veloz crescimento entre católicos ou que ortodoxos se alastrem. Para “ser do Senhor Jesus”, o Brasil tem que virar “crente”, com a cara dos evangélicos. (acabo de bater três vezes na madeira).

Avanços numéricos de evangélicos em algumas áreas já dão uma boa ideia de como seria desastroso se acontecesse essa tal levedação radical do Brasil.

Imagino uma Genebra brasileira e tremo. Sei de grupos que anseiam por um puritanismo moreno. Mas, como os novos puritanos tratariam Ney Matogrosso, Caetano Veloso, Maria Gadú? Não gosto de pensar no destino de poesias sensuais como “Carinhoso” do Pixinguinha ou “Tatuagem” do Chico. Será que prevaleceriam as paupérrimas poesias do cancioneiro gospel? As rádios tocariam sem parar “Vou buscar o que é meu”, “Rompendo em Fé”?

Uma história minimamente parecida com a dos puritanos provocaria, estou certo, um cerco aos boêmios. Novos Torquemadas seriam implacáveis e perderíamos todo o acervo do Vinicius de Moraes. Quem, entre puritanos, carimbaria a poesia de um ateu como Carlos Drummond de Andrade?

Como ficaria a Universidade em um Brasil dominado por evangélicos? Os chanceleres denominacionais cresceriam, como verdadeiros fiscais, para que se desqualificasse o alucinado Charles Darwin. Facilmente se restabeleceria o criacionismo como disciplina obrigatória em faculdades de medicina, biologia, veterinária. Nietzsche jazeria na categoria dos hereges loucos e Derridá nunca teria uma tradução para o português.

Mozart, Gauguin, Michelangelo, Picasso? No máximo, pesquisados como desajustados para ganharem o rótulo de loucos, pederastas, hereges.

Um Brasil evangélico não teria folclore. Acabaria o Bumba-meu-boi, o Frevo, o Vatapá. As churrascarias não seriam barulhentas. O futebol morreria. Todos seriam proibidos de ir ao estádio ou de ligar a televisão no domingo. E o racha, a famosa pelada, de várzea aconteceria quando?

Um Brasil evangélico significaria que o fisiologismo político prevaleceu; basta uma espiada no histórico de Suas Excelências nas Câmaras, Assembleias e Gabinetes para saber que isso aconteceria.

Um Brasil evangélico significaria o triunfo do “american way of life”, já que muito do que se entende por espiritualidade e moralidade não passa de cópia malfeita da cultura do Norte. Um Brasil evangélico acirraria o preconceito contra a Igreja Católica e viria a criar uma elite religiosa, os ungidos, mais perversa que a dos aiatolás iranianos.

Cada vez que um evangélico critica a Rede Globo eu me flagro a perguntar: Como seria uma emissora liderada por eles? Adianto a resposta: insípida, brega, chata, horrorosa, irritante.

Prefiro, sem pestanejar, textos do Gabriel Garcia Márquez, do Mia Couto, do Victor Hugo, do Fernando Moraes, do João Ubaldo Ribeiro, do Jorge Amado a qualquer livro da série “Deixados para Trás” ou do Max Lucado.

Toda a teocracia se tornará totalitária, toda a tentativa de homogeneizar a cultura, obscurantista e todo o esforço de higienizar os costumes, moralista.

O projeto cristão visa preparar para a vida. Cristo não pretendeu anular os costumes dos povos não-judeus. Daí ele dizer que a fé de um centurião adorador de ídolos era singular; e entre seus criteriosos pares ninguém tinha uma espiritualidade digna de elogio como aquele soldado que cuidou do escravo.

Levar a boa notícia não significa exportar uma cultura, criar um dialeto, forçar uma ética. Evangelizar é anunciar que todos podem continuar a costurar, compor, escrever, brincar, encenar, praticar a justiça e criar meios de solidariedade; Deus não é rival da liberdade humana, mas seu maior incentivador.

Portanto, Deus nos livre de um Brasil evangélico.

Ricardo Gondim

http://estradainfinita.blogspot.com/2011/02/deus-nos-livre-de-um-brasil-evangelico.html

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Vida social



Indago-me se minha compreensão é assim tão limitada a ponto de não compreender o que se passa a minha volta.

Livros e mais livros são escritos.

Estão expostos nas livrarias e combatem a mediocridade, mas de nada resolvem. O povo continua caminhando como ovelhas ao matadouro. São vitimas fatais do sistema que os sugam sem piedade.

Não tenho uma vida social.

Não tenho amigos. Tenho mais facilidade em fazer amizade com as mulheres. No entanto, por duas razões não compartilho minha amizade com elas. Primeiro porque quando me sinto atraído não hesito em conquistá-las. Por outro lado, em respeito à pessoa que esta ao meu lado, não posso fazer isso. Tenho uma ética que me persegue e controlo meus impulsos. Os homens só pensam em farrear, beber e zuar a mulherada. Não se preocupam com a construção de uma vida mais digna. Detesto esse modelo de vida centrado no hoje.

Gostaria de ser um boêmio. Sair à noite sentar-me em um bar. Beber uma cerveja e olhar o ambiente. Mas isso me irrita. Contemplo muita mediocridade nisso. Pessoas completamente desinteressantes ocupam esses ambientes. Outras vezes gostaria de ser um ermitão. Sentar-me solitário no meio da floresta e observar os pássaros e insetos na sua constante rotina. Mas isso também me irrita.

Sou feliz. Por mais que as coisas estejam fora de controle e parecem desabar não me incomodo. Amanha será um novo dia. A cor verde da esperança me acompanha. Não temo a morte e nem o perigo. Afinal, que graça teria a vida se a morte não nos espreitasse a todo instante e em todas as esquinas?

Sou a voz que clama na solidão.

Seu lindo olhar me fascina a todo instante. Apaixono-me todas as vezes que os vejo e sinto saudades quando não os contemplo. O brilho deles ilumina meu caminhar.
Sentei-me na praça e observei as pessoas caminhar. No horizonte distante o sol se esconde atrás das nuvens e apresenta um lindo entardecer. Vejo as pessoas sentadas no calçadão à espera de mais uma noite de diversão. Um ancião solitário. Uma criança a correr solto ao vento. Um dia aquele ancião correu como aquela criança. Um dia aquela criança estará solitária como aquele ancião. O inverno passou. Não sinto mais frio.

Vida social. Isso não é para mim.

Texto: Odair

domingo, 6 de fevereiro de 2011

O Grande Irmão de olho em você


O Big Brother observa a todos, controlando os movimentos das pessoas e dizendo o que elas devem ou não fazer. As informações são manipuladas, influenciando o comportamento dos habitantes. A prática do sexo tem suas limitações, salvo que se consiga escapar das câmeras. O alimento deve ser racionalizado. Os vigilantes, de uma forma geral, ficam felizes com os índices atingidos, bem como os que detêm o comando, apesar de os números poderem ser facilmente manipulados para alcançar resultados favoráveis. Além de tudo isso, por qualquer motivo, as pessoas correm o risco de serem eliminadas

Esse quadro não se refere a nenhum reality show que faz sucesso atualmente na televisão brasileira, mas sim ao romance 1984, do britânico George Orwell (1903-1950), cuja reedição a Companhia das Letras lançou recentemente, com tradução de Alexandre Hubner e Heloisa Jahn.

Quando Orwell o escreveu, em 1948, pipocavam em diversas partes do mundo governos totalitários – comunistas ou fascistas – cuja manutenção do poder se dava a partir de um aparato de controle sobre todos os atos dos cidadãos. Ele imaginou, a partir de observações dessa realidade, como seria o mundo 36 anos depois.

Numa guerra aparentemente interminável, três grandes blocos – a Oceânia, a Eurásia e a Lestásia – lutam para dominar o restante do planeta. Winston Smith trabalha no Ministério da Verdade da Oceânia. Sua função é apagar e reescrever informações publicadas em jornais de acordo com o interesse do Socing, o Partido que detém o poder, cujo líder é conhecido como o Grande Irmão. Cartazes com o rosto do líder estão por toda parte: “bigodes pretos e feições rudemente graves (...) uma dessas pinturas realizadas de modo a que os olhos o acompanhem sempre que você se move. O GRANDE IRMÃO ESTÁ DE OLHO EM VOCÊ”. As teletelas, presentes também em todo o lugar, além de transmitirem programas de entretenimento, servem como câmeras que vigiam o interior das casas. Há também pequenos helicópteros da “patrulha policial, bisbilhotando pelas janelas das pessoas.” Winston começa a questionar a tudo isso escrevendo um diário, mas é o envolvimento proibido dele com uma mulher o estopim que o levará a ser preso, torturado e, através de uma lavagem cerebral, será obrigado a voltar a obedecer aos ditames do Partido.

No posfácio escrito em 1961, o psicanalista e filósofo Erich Fromm afirma que 1984 é uma advertência: “a menos que o curso da história se altere, os homens do mundo inteiro perderão suas qualidades mais humanas, tornar-se-ão autômatos sem alma, e nem sequer terão consciência disso.” De certa forma, a “profecia” aconteceu. Somos vigiados 24 horas: há câmeras seguindo nossos passos em estabelecimentos comerciais, repartições públicas e até mesmo nas ruas. Se estivermos em casa acessando a internet, cada site visitado pode ser facilmente rastreado pelo provedor, assim como as webcams podem expor a intimidade para outros internautas. Além disso, acreditamos em um Grande Irmão no céu que julga nossos atos.

O que nos sobra, no entanto, é resistir. E os livros, como o romance 1984, são instrumentos importantes dessa rebeldia, pois eles provocam no ser humano a capacidade de pensar por si mesmo. E é o nosso próprio pensamento o melhor Grande Irmão que temos.

(Cassionei Niches Petry é professor e escreve quinzenalmente para o Mix do jornal Gazeta do Sul. Vale a pena dar uma “espiadinha” no seu blog: cassionei.blogspot.com.)
Cassionei Niches Petry
Publicado no Recanto das Letras em 02/02/2011
Código do texto: T2767054

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Libertadores? Quando nos libertar dessa idéia.



Eu era fanático pelo Corinthians. Muito mesmo. Eu arrumava bandeiras, enfeitava meu quarto com fotos e pôster do Timão todas as vezes que ele ia jogar. Meu caderno era do Corinthians, meu chaveiro também, entre outros objetos. Mas isso faz muito tempo. Fiquei internado em um hospital por 28 dias e quase morri. Mesmo assim vibrava e torcia pelo Corinthians. Meu pai paga na minha idéia até hoje. Em meados de 97 me preparei para um jogo importante do Corinthians. Ia jogar contra o Grêmio de Porto Alegre em casa e tinha tudo para passar de fase. Bomba! Levou de três e então me decepcionei. Nunca mais perco meu tempo com futebol. Pensei. Chorei de raiva. Rasguei minha camisa e fiquei dias em estado de indignação com essa situação.

Mudei bastante o meu modo de ver e torcer pelo meu time. Assistia aos jogos mais importantes e quando não tinha outra coisa interessante para fazer. Mas o amor pelo Timão sempre existiu. Visto a camisa pelo menos duas vezes na semana e meu filho é corintiano.

Ontem assisti ao jogo e torci. Sabia que se fossemos eliminados pelo Tolima seriamos bombardeados pelos nossos adversários. E foi exatamente o que aconteceu. Recebi dezenas de ligações e torpedos com gozações dos meus colegas flamenguistas, são paulinos entre outros. No entanto, tudo isso passa. Daqui a pouco estamos com outro objetivo e bola pra frente.

Como torcedor, e essa é minha opinião, o Corinthians só não ganha a Libertadores porque existe essa idéia de que precisa ganhar a Libertadores de qualquer jeito. Isso é mentira. Não precisa. E quando for assim ele vai ganhar.

O Corinthians é grande e maior do que uma Libertadores.

Texto: Odair

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O Estrangulamento do Cotidiano



Estou revoltado com os acontecimentos. Revoltado com a forma de ser e agir de alguns indivíduos da nossa sociedade moderna. Ícones da falácia moderna e da hipocrisia que se instala nos meios de sobrevivência da humanidade. Pessoas que se acham os donos da verdade e que se instituem como os novos profetas do futuro estabelecido.

As pessoas já não se olham com a confiança que necessitamos para nos sentirmos seguros em meio às avalanches de mentiras e traições que se aprofunda em nossos âmagos interiores.

Revoltado de lutar com quem não quer nada da vida. Preferem permanecer nas profundezas da ignorância a dar espaço para que a luz do conhecimento possa os orientar. Preferem viver dos vícios e malefícios das atividades medíocres a que estão acostumados. Pergunto-me o porquê e as respostas vem em forma de novas indagações. É o mesmo que lutar contra a natureza morta de uma samambaia.

Este espaço é justamente para expor a minha fúria a esse império da ignorância que, a cada dia conquista mais espaço. Como uma epidemia vai se alastrando, dia-a-dia, em direção à conquista total. As pessoas, como insetos indefesos, cedem às mandíbulas tenebrosas desse monstro inescrupuloso.

Minha revolta a essa situação catastrófica se baseia na autocontemplação do mundo a minha volta. Estou revoltado com tudo isso. Não sei por quanto tempo vou resistir a esse ataque. A única coisa que sei é que esse monstro não irá me atingir. De forma nenhuma. Nem que seja o último, pretendo resistir.

Texto: Odair

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Coisas do Amor



Passo devagar pela rua na esperança de encontra-la outra vez. Olhos tristes e semblante preocupado. Mas não foi isso que chamou minha atenção para ela à primeira vez que a vi. Aquele vestido rosa bem curto, mal cobria a bunda daquela menina e o decote deixava os vastos seios à mostra. Exatamente isso me chamou a atenção. Há dias eu não me relacionava com mulher nenhuma. Estava bastante interessado em saber se rolava alguma coisa com ela. Quem sabe? Mas, passei muito rápido por ela e quando percebi a possibilidade de rolar alguma coisa já estava longe. Parei o carro e dei meia volta.

Lá está ela. Meu coração acelera. Isso acontece todas as vezes que vou abordar alguma garota. Sinto um calafrio na espinha, mas prossigo. Ela caminha devagar pela calçada. Quase paro o carro, abaixo o vidro e pergunto se ela quer uma carona. Ela me olha, mas continua andando. Continuo a acompanha-la e pergunto outra vez. Ela então para e me pergunta se eu sei para onde ela está indo. É nesse instante que reparo em seus olhos. Parece estar cansada da vida. São olhos lindos, mas estão tristes. Respondo que se ela me disser eu posso dar-lhe uma carona. Com qual intenção? Ela me pergunta. Com a melhor possível. Respondo e ela sorri.

Ela entra no carro. Para onde vamos? Eu pergunto enquanto olho para seu belo corpo. Sua sensualidade é exposta nas belas pernas que o vestido não consegue cobrir. Seus cabelos são ruivos, pintados decerto, e encaracolados. Sua face carrega uma maquiagem superficial, mas capaz de esconder alguma imperfeição. Me leve para qualquer lugar. Ela diz e me olha com um olhar profundo. Fico excitado, mas me contenho. Essa resposta me deixa confuso. Odeio quando as mulheres fazem isso. Para onde a levo? Vamos para um lugar onde possamos ficar só nos dois. Diz ela me salvando.

Quando avisto a placa do motel ela me olha e com um leve sorriso comenta: E você estava com as melhores intenções, não? Fico desconcertado, mas não altero minha decisão. Chegando lá se ela não quiser nada a gente pode conversar. Penso comigo. Mas ela quer. É uma amante profissional e muito sensual. Faz amor como se há muito tempo esperasse por aquele momento. Eu a amo. Seu cheiro, seus gemidos me cativa. Seduz-me a ponto de esquecer que sou comprometido. Que tenho alguém a me esperar em casa e que deve estar preocupada há essa hora. Mas me perco em meio seus cabelos e seu corpo escultural. Como uma musa divina ela passeia pelo meu peito e suas mãos deslizam no meu coração. Estou perdido.

Acordo em seus braços. Ela ainda dorme. Corpo descoberto. Suas nádegas são como duas maças roliças e cheirosas. Uma visão do paraíso. Perco-me em meus pensamentos e angústias. Quem é ela? O que faço agora? O que falo em casa? Minha cabeça gira, mas não tenho arrependimento. Pelo menos nessa noite fui feliz.

Texto: Odair

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Vida



A vida é uma coisa incrível,
Espetacular, para ser mais preciso.
É uma arte moldada pelo maior artista
É um sonho. O mais lindo já sonhado.
Nascemos, crescemos e depois morremos.
Ai o jogo termina.
Para aqueles que acreditam em uma vida posterior,
Possivelmente há uma continuidade.
No entanto, mesmo que haja outra vida,
Ela não é a mesma que temos aqui
Temos uma única oportunidade de viver
Abrimos os olhos e ai tem uma jornada a ser seguida
Uma flor que desabrocha na primavera
E nos mostra um caminho lindo a seguir.
Cada olhar que cruzamos durante o dia
Nos mostra o quanto somos importantes
O quanto à vida é bela.
Vá aos epitáfios e considere essa oportunidade
A saudade estampa cada túmulo de vidas que se foram.
Passamos o dia sem notar uma folha que cai das árvores.
Esquecemo-nos de observar o pôr-do-sol
E não ouvimos o cantar dos pássaros.
Então a vida passa
E quando percebemos, ela se foi.
Os olhos tristes a olhar pela janela
Lembrar que a vida passou em brancas nuvens
E nunca mais voltará.
O que nos espera do outro lado do portal?
Essa vida que tivemos aqui já se foi.
Sou a primavera a despertar em flores
Sou o sol de verão
Sou o amarelar das folhas no outono
E a chuva fina do inverno.
Tenho uma vida dada pelo Criador
E feliz por viver.

Poema: Odair

sábado, 8 de janeiro de 2011

Ponto de partida



A ideia de que encontramos uma esperança ou sonho em lugares obscuros é bastante clara no filme Ponto de partida. Assisti-o pela segunda vez porque na primeira fiquei impressionado mais não o entendi muito bem. Li algumas críticas do mesmo e, como sempre, notamos os prós e contras. Afinal é um filme. E filmes são assim mesmo. O que eu gosto talvez você não aprecie e vice-versa. No entanto, o meu objetivo aqui é destacar alguns filmes e interagir com os mesmos.

Ponto de partida, no meu entendimento, trás uma mensagem bastante clara e objetiva que remonta a nossa sociedade. A solidão. Os personagens de Ray Liotta, Jessica Biel (uma deusa) e, principalmente, Forest Whitaker nos mostra o quanto a solidão pode ser massacrante. E quantas pessoas vivem situações semelhantes. Desejam apenas um abraço. Querem apenas sentir o calor humano de outra pessoa. Perambulam pelas ruas e avenidas sem terem a noção de que existem.

Outro dia fiz uma crítica (negativa) ao filme Fúrias de Titãs e o mesmo arrebentou nos cinemas. Tudo bem. Ai encontramos uma pérola como Ponto de partida em alguma locadora. Uma bela reflexão. Vale a pena assistir.

Texto: Odair.