quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Jogo do Empurra – Uma versão sobre o concurso de MT realizado pela UNEMAT


Discursos e mais discursos pipocam em todos os meios de comunicação e nos corredores da Instituição. São histórias e detalhes de um acontecimento bombástico que aconteceu essa semana. E, por fazer parte desse processo, de forma alguma poderia deixar de dar a minha opinião. Pontual e objetivo, destaco a minha visão sobre o processo sabendo que é apenas um ponto de vista sobre ele.
Passado três dias do acontecido agora que meu corpo volta ao normal depois de toda correria e trabalho para organizar as escolas em Rondonópolis onde fui enviado para trabalhar no concurso. Carregar carteiras para as escolas onde os candidatos iam fazer as provas, ouvir reclamações de fiscais sobre as dúvidas que tinham sobre o processo de trabalho são coisas simples que aconteceu.
Depois de passado tudo isso é lamentável vermos o Governo jogar a culpa sobre a UNEMAT e, mais lamentável ainda, perceber que a Instituição aceita numa boa a culpa. Não que não tenha culpa nesse processo porque tem. Existe uma centralização de poder dentro da UNEMAT e falta de confiança nos próprios funcionários. A culpa é também de quem deixa as coisas tudo para a última hora.
Sou concursado desde 2005 e atuo em diversas áreas da UNEMAT e mesmo assim só fui informado de que iria trabalhar no concurso dois dias antes. Isso é incoerência de quem administra. Precisávamos estar a par de todo processo pelo menos um mês antes. Na última hora percebeu que não era um vestibular de 10 a 15 mil candidatos e sim um mega concurso com 274 mil candidatos.
Em Rondonópolis eram cerca de 40 escolas e fomos em 11 mortais para cuidar de tudo isso. Trabalhar com pessoas que, em sua maioria, não tinham experiência nesse tipo de trabalho. Agora é fácil jogar a culpa nos fiscais. Alguém tem que ser culpado. É desumana a pressão de conferir inúmeras salas de um estabelecimento, avisar candidatos sobre materiais que não podem adentrar esse estabelecimento, conferir dados de candidatos que estavam em outros locais, enfim, uma série de problemas que poderiam ser esclarecidos caso houvesse uma maior distribuição das tarefas. Em Rondonópolis fomos sem ter veículos para nos transportar de um local ao outro e tivemos que nos virar.
Casos como esse não pode mais acontecer. Temos que aprender sobre os erros e mudar um pouco essa visão de centralização. A UNEMAT é de todos, professores, técnicos administrativos e acadêmicos. Creio que a UNEMAT tem capacidade para realizar esse concurso mas se todos participarem. Se apenas um grupinho ficarem tomando frente em todas as ações e deixar para repassar aos outros só nos últimos dias a chance de outro fiasco acontecer é imenso.
A conta quem vai pagar é a população.
O Governo pensou que poderia sair bem dessa e, se não ajudar, vai sair é muito mal.
O povo não é besta e sabe discernir as coisas.

Texto: Odair

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