terça-feira, 29 de janeiro de 2008

FILMES QUE MARCARAM - ESPECIAL CHARLES BRONSON


Quando pequeno lembro-me de ter assistido um filme capaz de prender a minha atenção. Falo de Os Doze Condenados. O jeitão durão de Charles Bronson, característica marcante do ator que morreu em agosto de 2003, dava o charme que o filme precisava. Os Doze Condenados é um filme de 1967 e sempre presente em qualquer lista dos melhores filmes de guerra de todos os tempos.

No filme, um major americano é encarregado de reunir um grupo para uma missão suicida. O melhor lugar para procurar esses voluntários, com certeza, é entre prisioneiros sentenciados a morte. Bronson é um desses sentenciados, que foi condenado injustamente. Sério, caladão e fiel, ele ganha a confiança do major e se torna líder do grupo que inclui nada menos que, John Cassavetes, Donald Sutherland e Terry Savallas.

Outros filmes de Bronson que vale a pena ser assistido é Desejo de Matar. A seqüência de cinco filmes que, inclusive vai ser refilmado em breve, agora com Silvester Stallone no papel do homem de meia-idade transtornado com a morte da esposa e o estupro da filha, consagrou Charles Bronson. No filme, desiludido com a falta de ação da polícia, ele sai à caça dos bandidos, matando-os um a um.

Lutador de Rua, filme de 1975, Sete Homens e Um Destino, de 1960, são outros dois filmes que vale a pena ser visto.

Agora, imperdível mesmo é o filme Era uma vez no Oeste. Segundo alguns críticos, é onde Bronson vive o seu melhor papel. O filme, um clássico do bangue-bangue, é de 1969 e imortalizou o diretor Sérgio Leone. No filme, Bronson vive o matador Harmônica, cuja tradução é “gaita”. Um homem sem nome, obcecado pela idéia de vingar a morte do irmão. Suas aparições são embaladas pelo som da gaita triste que ele mesmo toca e que surge como uma sombra a perseguir o personagem principal do filme, o assassino Frank, interpretado por Henry Fonda. É tão marcante que ficou conhecido como uma espécie de “Filósofo da morte”.

Os filmes devem ser compreendidos e não apenas vistos superficialmente. Afinal, quem nunca teve o Desejo de Matar? Quem nunca foi um Lutador de Rua? Ou mesmo um dos Doze Condenados injustamente da vida? Ou não fez parte de Sete Homens e Um Destino? Quem, metaforicamente, nunca passou por essas situações, com certeza nunca, jamais Era Uma Vez no Oeste...

Charles Bronson morreu aos 81 anos em 2003. Na década de 70 tornou-se um dos artistas mais famosos do mundo. Seus filmes passavam na televisão nos anos 80,90 e até hoje, o que marcou a minha paixão pelo cinema.

Texto: Odair José.

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