sexta-feira, 25 de abril de 2008

MULHERES VÍBORAS, HOMENS SERPENTES


Quero perguntar neste espaço de onde vem aos homens esse aspecto repelente e bestial? De onde vem a pele cabeluda? A barba e essa aparência de estar sempre velho?

Penso que vem do maior vicio que o homem pode ter, isto é, ser prudente.

Sim, penso que o homem é muito prudente. Às vezes até demais. E isso é prejudicial. A própria Bíblia ensina que devemos ser prudentes como as serpentes. Isso não quer dizer que devemos deixar que nos acertem a cabeça.

Olha bem para as mulheres. Elas são totalmente contrárias aos homens. Lutam para manter um rosto limpo e liso, mantém a voz suave, a pele macia. O contraste resulta em elas sempre parecerem jovens. Uma imagem de eterna juventude. O que faz elas usufruírem da propaganda enganosa? Qual o objetivo de vestir uma calça com enchimento nas nádegas para que pareçam maior? Porque os homens gostam de bumbum? Algumas para esconder as manchas nas pernas, outras para esconder as marcas do tempo e da corrosão na pele. Mas porque elas fazem isso?

Será que elas têm outro desejo que não seja agradar os homens? Aqueles mesmo que citei acima que são ridículos?

Claro que o grande consumo com cosméticos e cremes, enfeites, perfumes, cabeleireiros e salões de belezas devem ser com o objetivo de conquistar os homens. Não existe outra explicação. Ou será que existe? Se existe, estejam à vontade para me dizer.

Quanto se gasta com estéticas no mundo?

Qual o objetivo de tudo isso? O fundamento de tais ações? Não é a LOUCURA?

Nesse sentido é válido afirmar que tudo que os homens concedem as mulheres tem como objetivo delas receberem o prazer? Ou existe outra explicação para o fato de bancarem, na maioria das vezes, esses caprichos milionários das mulheres?

Pois bem, e esse prazer não consiste na LOUCURA?

Convença-me, com argumentos opostos aos meus de que não agem de forma louca os homens e as mulheres.

Se prestarmos atenção em todas as bobagens que os homens cometem e proferem e por todas as loucuras que fazem por uma mulher chegaremos a uma conclusão: Tens a oportunidade de me dizer...

Texto: Odair José.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

ELISA


Esta é a história da vida de Elisa, uma mulher de 40 anos que tem um casamento conturbado no seu segundo relacionamento. Viúva há 3 anos Elisa casa com Jorge, um homem mais novo do que ela e que fica intrigado com suas alucinações quando dorme. Curioso, Jorge quer saber o que aconteceu com Elisa para ela ficar daquela forma.

Com dois anos de vida os pais de Elisa se separam e a mãe a leva para morar em uma fazenda. Lá, a mãe se casa com um homem violento que a mantém sob um intenso castigo durante anos. Aos oito anos Elisa é violentada pelo padrasto e sem que a mãe saiba sofre violência durante algum tempo por parte do padrasto.

Aos 13 anos Elisa é seduzida por um homem casado da fazenda e outra vez sofre violentamente nas mãos de um homem. Aos 14, Elisa se casa com Juarez, um jovem de 22 anos. Elisa e Juarez se mudam da fazenda e vão morar em uma cidadezinha do interior. Com 15 anos, Elisa tem seu primeiro filho. Juarez e Elisa começam então uma peregrinação pelo interior de Mato Grosso, de fazenda em fazenda e de cidade em cidade. Elisa tem o segundo filho aos 17 anos e uma filha aos 20.

Juarez é um homem trabalhador durante esse período, mas esbanja muito com as mulheradas. Elisa sofre muito durante esse período. Os filhos pequenos sofrem com essa constante mudança que a família faz nesse período. São prejudicados nos estudos.

Elisa conhece Giovane, um vaqueiro de uma fazenda e com ele tem um caso. Teme que Juarez possa descobrir. Mesmo com medo o caso dura dois anos até que eles se mudam de fazenda e voltam a morar na cidade.

Juarez trabalha em um posto de gasolina como frentista e tem um caso com uma garçonete do restaurante do posto. Elisa fica sabendo e, com a ajuda de uma amiga, consegue flagrar o marido com a garçonete. O casamento sofre um abalo. Elisa tem agora 25 anos e começa a se preocupar com beleza.

Conhece Luiz, um amigo do marido e os dois começam um relacionamento secreto. Juarez trabalha em uma construtora. Elisa coloca os três filhos para estudar na parte da manhã e, quase toda manhã, após levar os filhos para a escola, se encontra com Luiz.

Juarez descobre o caso da mulher. Bate muito nela na frente dos filhos e vai procurar Luiz para tirar satisfação. Encontra-o em um bar. Os dois brigam e Juarez mata Luiz. Fugitivo, Juarez vai para outro estado.

Durante dois anos a família fica separada até que Elisa vai morar com Juarez em outra cidade. Juarez compra um posto de gasolina em uma rodovia e vive com a família em uma pequena vila do interior.

Aos 30 anos e morando na vila, Elisa conhece Coelho, um motorista de caminhão, e os dois começa um caso secreto. Mesmo sabendo do que aconteceu no passado, Elisa passa a encontrar com Coelho regularmente.

Os seus filhos, Fábio com 14 anos, Vitor 12 e Andréia com 9 anos, são uma preocupação a parte. Ao ver sua filha nessa idade, Elisa começa a ter preocupações e as lembranças de sua infância vêm à tona como um pesadelo.

Fábio se envolve com uma gangue da cidade e descobre que a mãe tem um caso com Coelho. Promete a Elisa que vai matar Coelho. Ela entra em desespero e termina com Coelho que nunca mais aparece.

Elisa entra em depressão depois desse fato. A família toda sofre. Juarez vende o posto e se muda para uma outra cidade. Vão morar em uma cidade grande e Juarez vai trabalhar em uma oficina mecânica. Dois anos se passam e as coisas não são fáceis na grande cidade. Juarez se converte em uma igreja protestante e tenta converter a família. Encontra uma forte oposição dentro de casa.

Fábio, o filho mais velho, com 17 anos é morto em uma chacina no bairro juntamente com outros seis garotos do bairro. A família vive mais um duro golpe. Vitor é o ponto de equilíbrio da família. Estudioso, o jovem com 15 anos consegue uma bolsa de estudo na Europa e parte para o exterior. Elisa agora tem só a filha, Andréia com 12 anos, em casa.

Juarez morre em um acidente no trabalho e Elisa fica viúva aos 35 anos. Foram 20 de convivência com Juarez. Elisa e a filha se mudam para uma cidade pequena próxima de sua família.

Nessa altura da vida é que Elisa conhece Jorge. Elisa com seus 37 anos ainda é uma mulher bonita e que, apesar dos anos e da vida sofrida se mantem esbelta e jovial. Ela vive dois anos como viúva juntamente com a filha que agora tem 15 anos. Nesse tempo, trabalhando em uma fábrica de confecções de roupas, ela conhece Jorge. Dois anos mais novo que Elisa, Jorge é um homem separado a quase dez anos de um casamento que não durou muito, mas que rendeu-lhe um filho, Mateus, que agora tem 16 anos.

Jorge é o supervisor da fabrica onde Elisa trabalha e os dois começam a sair e conversam sobre suas vidas e resolvem morar juntos.

Texto: Odair José.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

REVOLTA DO ÚLTIMO COMBATENTE








Estou revoltado com os acontecimentos. Revoltado com a forma de ser e agir de alguns indivíduos da nossa sociedade moderna. Ícones da falácia moderna e da hipocrisia que se instala nos meios de sobrevivência da humanidade. Pessoas que se acham os donos da verdade e que se instituem como os novos profetas do futuro estabelecido.

As pessoas já não se olham com a confiança que necessitamos para nos sentirmos seguros em meio às avalanches de mentiras e traições que se aprofunda em nossos âmagos interiores.

Revoltado de lutar com quem não quer nada da vida. Preferem permanecer nas profundezas da ignorância do que dar espaço para que a luz do conhecimento possa os orientar. Preferem viver dos vícios e malefícios das atividades medíocres a que estão acostumados. Pergunto-me o porquê e as respostas vem em forma de novas indagações. É o mesmo que lutar contra a natureza morta de uma samambaia.

Este espaço é justamente para expor a minha fúria a esse império da ignorância que, a cada dia conquista mais espaço. Como uma epidemia vai se alastrando, dia-a-dia, em direção a conquista total. As pessoas, como insetos indefesos, cedem às mandíbulas tenebrosas desse monstro inescrupuloso.

Minha revolta a essa situação catastrófica se baseia nas autocontemplação do mundo a minha volta. Estou revoltado com tudo isso. Não sei por quanto tempo vou resistir a esse ataque. De uma coisa eu sei, esse monstro não irá me atingir. De forma nenhuma. Nem que seja o último, pretendo resistir.

Texto: Odair José.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

AO MEU IRMÃO MÁRCIO...



O dia hoje é especial.
Especial porque é o aniversário de alguém muito especial.
Meu irmão Márcio...
Como você mesmo sabe, gosto de ser original, eu mesmo.
Expresso o que sinto e não me envergonho disso.
Gostaria de fazer uma homenagem a sua altura, mas, mesmo querendo, eu sou limitado nas minhas palavras. Gostaria de escrever muita coisa.
No entanto, quero deixar registrado aqui uma poesia que escrevi à alguns anos e que sempre guardei no meu caderno de poesias inéditas...
É uma simples poesia, mas que sai de um coração sincero...
Parabéns pelo seu dia!!!

Meu querido irmão,
Algumas vezes me deixou nervoso...
Realmente és um grande amigo.
Com sua alegria, seu ar vistoso,
Idealista e capaz de enfrentar o mundo
Onde estiver serás vitorioso.

Jovem você será sempre
Orgulho de nossos pais;
Seja sempre você mesmo
Estarás sempre a ser mais.

De onde eu estiver, serei mais que um irmão,
Além da vida, estarás em meu coração.

Seja valente quando a vida lhe ser cruel
Inventando sua própria saída
Levando no peito nossa saudade.
Velejando as águas turvas da vida
Ainda terá a minha sincera amizade.

Texto: Odair José

segunda-feira, 7 de abril de 2008

SEMELHANÇA DO CRIADOR...


Lembro-me do passado, mas não me lembro do futuro. E nem mesmo tenho pretensão de saber...
Não posso mudar o ontem, o que fiz. E fiz tantas coisas....
Certas ou erradas? Depende muito do ponto de vista.
Mas posso mudar aquilo que farei daqui a pouco.
Estranha sensação de não se poder mudar o que me lembro, o que fiz.
Mas poder mudar o que não me lembro.
O que vou fazer.
Estranha sensação de me sentir a maior criação do universo, e saber do insignificante tamanho de meu ser no universo.
Saber que antes do meu nascimento, antes mesmo de meu pai conhecer minha mãe... Eu já estava planejado... Antes mesmo do pensamento... Todas essas coisas já estavam escritas... Até esse texto é reflexo de uma mente aturdida por esse poder infinito...
Estranha sensação.
De querer ser único e tão somente eu, sabendo que faço parte de um todo, e até mesmo do Criador.
Semelhança dEle... Nossa! Isso é fantástico...
Ele existe em algum lugar e somos ligados pela existência de SER.
Somos o Uni.Verso. o Inverso, o Multiverso...
Então... Para que fazer perguntas... Se EU sei as respostas....


Texto: Odair José (adaptado)

terça-feira, 1 de abril de 2008

ÚLTIMOS DIAS DE CÁCERES - PARTE III


Damião levantou-se antes do dia clarear. Enquanto colocava a água no fogo para preparar o café foi até o quarto das crianças e os cobriu. Tinha um casal de filhos que mantinha com muita dificuldade. A vida não tinha sido muito generosa com ele. Olhou a esposa que ainda dormia. Preparou o café e tomou um gole. O único pedaço de pão que estava no forno do fogão velho ia deixar para os filhos. Enquanto arrumava a tralha de pesca pensava nas dificuldades em que estava atravessando aqueles dias.

Era um homem simples. Aos trinta anos ainda não tivera muita oportunidade de estudar e sabia ler bem pouco e esse pouco ele agradecia ao pastor de uma igreja que o havia ensinado através da leitura da bíblia.

Vivia com a mulher e as duas crianças em uma casinha de madeira bem humilde construída a pouco tempo, por meio de mutirão, no bairro Empa. Ainda não tinha luz e a proteção das crianças contra os mosquitos naquele lugar era um mosqueteiro que havia ganhado de um membro da igreja. Havia ido algumas vezes na igreja mais ainda não havia se convertido. Desde que havia sido demitido do frigorífico onde trabalhou por quase seis anos estava desempregado. Depois que acabou o seguro desemprego a sua única fonte de renda era carpir lote na cidade, coisa que não dava muito dinheiro.

Nos últimos dias, no entanto, uma outra atividade o havia seduzido. A pesca. Como morava próximo do Rio Paraguai, emprestou uma canoa de um amigo e saia todo dia cedo para pescar só voltando à tarde com os peixes. Durante algumas semanas ele pescava de segunda a quinta-feira e saia para vendê-los na sexta e sábado. Deixava os peixes na venda do Seu Baiano para ser guardado em um freezer e vendido caso alguém aparecesse para comprar.

Naquela sexta-feira, porém, ele resolveu ir pescar e deixar para vender os peixes só no sábado. A semana não tinha sido boa para pesca mais naquele dia teve o pressentimento que o rio estava para peixes. Antes de sair de casa olhou outra vez para os dois filhos e, por um instante, os observou dormindo o sono dos anjos. Quando o dia clareou, ele já estava remando rio abaixo. Tinha descoberto um lugar onde era bom para pegar peixes. Estava na esperança de pegar um grande Pintado naquele dia.

Com paciência ele fisgou vários peixes naquele dia. De vez enquanto ele beliscava a matula que tinha levado para comer. Sabia que devia esperar porque alguma coisa dizia que ia pegar um grande peixe. Enquanto o dia passava e ele permanecia de olho nas linhas lançadas no rio, Damião observava a paisagem à margem do rio, pensava na família, na vida.

O sol já se declinava no horizonte e ele resolveu ir embora. Chega por hoje, pensou. Foi justamente nesse momento que ele notou a linha. A fisgada foi violenta. O peixe puxava com força. Era dos grandes. Enorme mesmo. Debatia-se enquanto Damião sorria e gritava:

- Ah, ah, você é meu. Eu sabia!

Durante alguns minutos ele lutou com o peixe que fazia um barulho enorme na água. Estava próximo de puxar o peixe para dentro da canoa quando ouviu o grande estrondo. O coração quase parou, suas mãos ficaram trêmulas e soltou o peixe ao ver a fumaceira se levantando sobre a cidade.

- Meu Deus! O que é isso?

texto: Odair José.

segunda-feira, 31 de março de 2008

ODAIR


O alvorecer de um novo dia clama
Dia-a-dia a voz inflama
Amor não pode ter fim
Invadiu meu coração com um sim
Revelando, aos poucos, que me ama.

...............................................................

Onde posso caminhar todo dia
Deixando meus sonhos voarem
Aos pássaros não devo nada
Intento o sonho vivido;
Resisto ao seu olhar
Jovial e singelo
Olho para o horizonte
Sereno e inconfundível
Estou de volta ao amanhecer.

sexta-feira, 28 de março de 2008

PAPO DE HISTORIADOR...















Não pretendo dar o braço a torcer...

Ou se é ou não se é nada!
De que importa o que falou Platão, Nieztsche ou Foucault? Eu tenho as minhas idéias e com elas pretendo desenvolver o meu projeto. E quem é você para questionar as minhas idéias? Não quero somente reproduzir pensamentos de outrém. Tenho idéias que pretendo construí-las.
Quem me garante que daqui a 100 ou 200 anos não serei, ou melhor, minhas idéias não serão o top de linha do pensamento da época, assim como foi o Marxismo e hoje é o Foucaultianismo?
Não é que pretendo ser um revolucionário nas idéias, isso eu já sou. O que escrevo sai da minha mente direto para o teclado, quando não, para a folha de papel. Deixo que as idéias fluem livremente e coloco-ás no papel...
É preciso conservar o conhecimento adquirido e pensar em novos projetos que possam estabelecer parâmetros nesta sociedade que se perde em meio a tanta mediocridade estabelecida pelos modernos meios de comunicação...
Minhas idéias devem provocar em você uma comoção... Sim... você tem que pensar. Está satisfeito com essa vida medíocre que leva? Não sabe nada sobre nada e ainda tira vantagens sobre os outros... Pare um pouco e pense: Você consegue escrever alguma coisa? Pelo menos o que fez durante o dia? Não consegue. Por mais que você tente, você não consegue. Não tem coordenação para escrever... Seus dedos não acompanham a sua mente. Mesmo que você queira não sai nada. A folha de papel continua lá... Esperando, esperando. E, se sai alguma coisa... quase sempre é coisa medíocre, se não for reprodução barata de alguém que já tinha falado aquilo. Triste? Isso é reflexo de um mundo moderno, cheio de informação, mas onde as pessoas não tem conhecimento! É uma pena... Lamentável mesmo...


Texto: Odair José.

terça-feira, 25 de março de 2008

PRISÃO...!!!


Ouvi certa vez de alguém que deveríamos, durante nossa vida, visitar três locais: um hospital, um velório e uma prisão. Nunca me interessei por nenhum desses lugares.
No entanto, por um capricho do destino, fui, no domingo (23) na cadeia pública de Água Boa, munícipio de Mato Grosso, visitar minha tia que lá se encontra presa. Ela foi presa no último dia 5, na Barra do Garças, fronteira de Mato Grosso com Goiás, juntamente com o seu esposo, acusados de tráfico de drogas. É bem verdade que encontraram uma grande quantidade de entorpecentes com eles, mas dai minha tia saber disso é outros quinhentos. Como meus familiares são de Cáceres, que fica a mais de 800 km daqui resolvi ir visitar ela na prisão pois moro atualmente em Nova Xavantina que fica a 80 km de Água Boa onde minha tia está presa esperando a decisão judicial sobre a sua situação.
Neste texto pretendo deixar duas coisas registradas para a posteridade.
A primeira diz respeito a cidade de Água Boa. É mais uma que conheço em minha vida. Fiquei encantado com ela. Planejada, com ruas espaçosas e bastante árvores. Senti que é uma cidade confortável de se viver.
A segunda é sobre a prisão. Com certeza não é lugar para ninguém viver. Aliás, o que não tem naquela prisão é vida. Minha tia estava presa junta com outras 27 mulheres em um cubículo que cabe 8 pessoas espremidas. Só tem acesso a duas horas diárias de sol, o restante do tempo é presas naquele lugar. Durante as três horas que fiquei lá no domingo ouvi várias histórias das detentas que ali estavam. Inclusive do que acontece durante o período em que não tem visitas... É de arrepiar...
Claro que as pessoas têm que pagar pelos seus erros. Essa é a lei da semeadura. E, com certeza, se alguém almeja o arrependimento, aquele é o lugar onde a pessoa o encontra.
Por mais que as pessoas tentam manter as aparências, como no caso da minha tia, é possível perceber o sofrimento pelo olhar distante, as lágrimas que teimam em sair dos olhos, pelo caminhar sem rumo e em círculos... Percebemos que as coisas ali são horríveis. A solidão é companheira mais presente na vida daquelas pessoas.
Engraçado como são as coisas. Confesso que não dormi na noite anterior à visita por que estava ansioso e imaginando como seria. Depois não dormi na noite posterior depois de ver aquela montoeira de mulheres. Pode parecer que não, mas é nessas horas que você percebe que ama as pessoas. No meu caso, percebi o quanto amo a minha tia e sinti muita pena de ver ela naquela situação.
Como diz a frase do ínicio do meu texto: é possível refletir sobre a vida e o que nos acontece quando vamos a um desses lugares...

Texto: Odair José

quarta-feira, 19 de março de 2008

MEU PAI (TAMBÉM) É UM HEROI...


A vida de meu pai é fantástica. Seria possível escrever uma longa biografia desse homem espetacular. Nem as grandes biografias dos grandes homens da história seriam capazes de ofuscar tamanho brilho uma vez que, para mim, ele é o maior. A coisa mais importante que um homem pode fazer nessa vida é dar uma boa educação para seus filhos. Dar amor e oportunidades para que eles cresçam e sobreviva nesse mundo complicado.

Quantas vezes vi meu pai passar horas sem dormir por minha causa. Outras vezes ficou sem comer para que eu pudesse comer o único alimento que tinha no momento. Isso é o mais importante na vida do ser humano. Saber que alguém o ama a ponto de se sacrificar por você. Nesses gestos tão singelos é que encontramos a essência do amor.

É claro que questiono hoje as mentalidades que ele exercia na minha infância, principalmente quando dizia “no tempo do meu pai era assim”. No entanto, será que meus filhos não poderão me contestar no futuro por coisas que defendo hoje? Sei que os pensamentos mudam com o passar dos anos e o que no passado era ruim, hoje já não é mais.

A vida de meu pai pode ser dividida em duas partes (historiadores adoram isso), antes e depois de se converter ao evangelho. Por volta do ano de 1985 ele se converteu ao evangelho e passou a seguir a doutrina protestante. Isso foi um marco porque ele era um ferrenho e ardoroso católico e contrario, até o extremo, com a doutrina protestante. Conta-se que uma vez, quando ainda moravam em uma fazenda, passou uns crentes por lá fazendo evangelismo e deixaram uma bíblia para eles. Quando meu pai chegou do serviço e viu aquele livro de capa preta sobre a mesa ficou bravo e mandou queimar.

Aliás, queimar é com ele mesmo. Quando criança, lembro-me que eu e meu irmão adorávamos gibis. Eu era fã do universo Marvel e da DC Cosmic, meu irmão também e mais ainda de bolsilivros. Mas meu pai era contra. Recém convertido ao evangelho ele se tornou bastante radical e nos proibia de ler “aquelas porcarias”. Uma vez ele queimou uma pilha daqueles gibis e revistas. Claro, tinha algumas pornográficas também, coisa de qualquer adolescente. Sinto saudades das minhas revistas hoje, principalmente as do Homem-Aranha e Incrível Hulk. No entanto, não condeno o meu pai por isso. É o tipo de coisa que qualquer pai faz para manter uma ideologia que, para ele, e, naquele momento, era o certo.

Meu pai se chama Josuel, mas todo mundo o conhece por Zué. É Mineiro de Patos de Minas, isto é, um patureba, terra que ama de coração e toda vez que fala dela fala com carinho e saudade. Isso é notado a todo o momento quando conversamos com ele. Neste dia 22 de março de 2008 ele estará completando 59 anos. Sua história é cheia de surpresas que pretendo estar desenvolvendo na sua biografia “Zué, um mineiro no Mato Grosso – A História”. Titulo que, por enquanto, é provisório.

Neste dia (22 de março), quero parabenizá-lo pelos seus 59 anos. Um dos poucos em que passo longe dele, talvez por isso sinto tanta falta. No entanto, quero que sinta o meu carinho e abraço.

Texto: Odair José.

terça-feira, 18 de março de 2008

Saudades da Minha Terra...


Hoje me deu saudade da minha terra...
Engraçado como são as coisas. Estou distante de Cáceres e sinto saudade das coisas de lá.
Saudade da Princesinha do Paraguai!!!

segunda-feira, 17 de março de 2008

MICHELANGELO


"Que obra de arte é o homem: tão nobre no raciocínio;
tão vário na capacidade; em forma e movimento,
tão preciso e admirável, na ação é como um anjo;
no entendimento é como um Deus; a beleza do mundo;
o exemplo dos animais."

Trecho da obra Hamlet, de William Shakespeare.

MICHELANGELO...

Na noite xavantinense ouve-se uma mistura curiosa. O rapaz conheceu uma garota de São Paulo e combinaram de sair na noite de Nova Xavantina. Ela lhe apresentou uma outra garota que havia se tornado sua amiga no curto tempo em que esteve na cidade. Junto com elas outras duas garotas apareceram e, juntos foram ao Paladar.

Vários assuntos foram os temas daquela noite. No entanto, o mais importante, ou pelo menos o mais cativante foi sobre o Michelangelo.

Não, não se trata do grande pintor e escultor renascentista e sim do capacete de uma das garotas. Essa história foi fantástica. Riram-se muito das peripécias de Michelangelo. E, em meio a essa descontração um sorriso cativou o olhar do jovem ali presente.

Ele ficou encantado com o jeito extrovertido daquela garota. Juntos foram para a praça da cidade onde, entre outras musicas, ouviram um grupo de jovens tocarem “Chão de Giz” e “Piano Bar” em solo de violão.

A magia tomou conta da meiguice da garota. Na verdade eram quatro garotas, mais apenas aquela ficou em sua memória. A garota do Michelangelo.

Texto: Odair José.
Imagem: Pintura de Michelangelo.

quarta-feira, 5 de março de 2008

LIVROS ... SEMPRE LIVROS


Permita-me neste espaço, falar de algo que é sempre presente em minha vida...
Os livros!!!
Sem livros creio que minha vida seria bem menos gostosa de viver como é com os livros. As vezes nem leio-os todos, mas já me alegro só em folheá-los, sentir o cheiro, ver as imagens e as letras construidas ao longo dos tempos...
Os livros são fascinantes... Nos apresenta mundos que nunca poderemos alcançar ou mesmo ver... Mas, através deles podemos encontrar esse mundo e viver...
Estou escrevendo um livro... Não sei se vou fazer sucesso como escritor, só sei que amo ver as palavras sendo formadas através das minhas mãos e me sinto importante ao notar que o conjuto das palavras que formam a história vão saindo da minha mente e se formando em uma folha de papel ou na tela branca de um arquivo word.
Quero aqui deixar um poema que li certa vez e que guardei.

"Livros"

Um livro de capa
conservada
São papéis com palavras
guardadas.

Um livro de capa
amolecida
São palavras que já
foram lidas.

Um livro grifado
foi totalmente anotado
na memória.

Os livros fazem
transfusão de vida,
fazem a História.

Texto: Odair José.
Poema: Autor Desconhecido.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

COMBATE A MEDIOCRIDADE HUMANA


Neste ensaio quero apresentar importantes questões que exigem cada vez mais a nossa atenção. Com efeito, o futuro da humanidade não está definido e avizinha-se um tempo que pode trazer consequências imprevisíveis.

A crise global (se pensarmos pelo ponto de vista do caos urbano) em que vivemos é grave em todos os setores e poderão dar origem a uma mudança dramática no mundo inteiro, com um desenlace imprevisível, mas em que podemos antever que, mais uma vez serão os povos e países mais fragilizados a serem mais fortemente afetados.

Mais porque pensar em crise se podemos viver acima dela. O que é uma crise? Existe de fato o caos que os alarmistas de plantão pregam a todo instante? O homem, desde a sua origem a milhares de anos, pregam essa constante destruição do ser humano. Pregam a conversão de seus delitos e que se arrependam da destruição que causam ao próprio planeta. De fato, há um grande alarme que rondam os habitantes terrestres.

Não quero aqui discordar que haja esse colapso gerador de destruição iminente. Creio que haja sim esse juízo final. Houve para Pompéia, houve para Sodoma por que não haveria de ter para a nossa civilização? Falar em civilização, será que somos mesmo civilizados? O que nos difere dos considerados “bárbaros” que usufluiam com sabedoria da terra que habitava?

A mediocridade humana é o meu maior combate... Quero combater as ações e decisões medíocres que somos obrigados a ver na sociedade contemporânea. Começa com o povo que acredita nas promessas de homens incapazes de governar a própria família e termina com eles fazendo as maracutaias para se dar bem.

Espero que neste ano eleitoral, as pessoas se concientizem da capacidade de cada um dos milhares de candidatos que irão aparecer e, pelo menos saiba distinguir os medíocres. Elejam gente compromissada com os interesses públicos. Abaixo os medíocres.

Texto: Odair José.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Onde os Fracos não tem vez...


Ontem foi a grande festa do Oscar e o grande vencedor da noite foi Onde os fracos não tem vez. Ainda não vi o filme e nem li muito sobre ele. No entanto, só o nome já é bastante sugestivo. Fiquei pensando... Onde é que os fracos não tem vez? Poxa vida, em qualquer lugar dessa nossa jornada. Já parou para pensar o quanto é complicado viver na sociedade de hoje? As pessoas não têm respeito uma pelas outras, não vivem mais pelo próximo é cada um por si e dane-se os outros. A vida torna-se renhida a cada momento. Os fracos nem conseguem viver... São logos surrupiados desse mundo. É preciso coragem para enfrentar de peito aberto as agruras do dia-a-dia que nos cercam. Não sei se mereceu pelo filme, mais só esse nome já merece o Oscar...

Texto: Odair José.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Reflexão sobre o Ensino nos dias atuais.


O que é o ensino? Nos dias de hoje é fundamental parar um pouco e pensar sobre o sistema de ensino que temos na nossa sociedade. São inúmeras as teorias sobre como e quando ensinar. Teóricos e mais teóricos são analisados e debatidos nos bancos universitários. Os anseios de um professor revolucionário perpassam as ambiçoes de jovens nesses bancos e eles pensam que vão mudar a situação crítica da educação brasileira. Mais o que vemos quando saímos da teoria e passamos para a prática? Um caos. O mundo da informação rápida e dos lanches apressados também afetam os estudantes. Querem, em um passe de mágica, resolver o trabalho ou a questão que são imposta a eles. E onde fica a reflexão? Na maioria das vezes não existe nenhuma.
Por outro lado vemos que, com um pouco de atenção, eles querem e precisam refletir sobre o mundo que os cercam. As coisas não acontecem simplesmente. Eles são manipuladas, são impostas. Por isso a necessidade da reflexão. O que faço no mundo? Sou apenas mais um objeto de manobra da sociedade ou sou um cidadão que exerço o meu direito de expressão?
Nos dias atuais é tão difícil se expor. A sala de aula, as vezes, se transforma em um ambiente de um desafio muito grande. Por que tem que ser assim? Creio que todos deveriam se esforçar para ter um aprendizado de qualidade e contribuir para o bom desenvolvimento da reflexão.
Aceitei esse desafio e, custe o que custar, colocarei em prática o interesse de saber o porque que as coisas acontecem dessa forma. Não posso ser simplesmente mais um na multidão. Não. Com certeza não nasci para isso. Creio que tenho uma missão e que é despertar nas pessoas que se interessam o desejo de melhorar o conhecimento. Quem tem conhecimento, tem maior chance de lutar contra o sistema e encontrar meios de o superar. Eis um desafio que vale a pena.

Texto: Odair José.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

A descoberta do município - Aula de Geografia.


Esse foi o plano da 1ª aula de Geografia para a turminha da 3ª série no Centro Educacional Geração 2000 em Nova Xavantina. Conforme o planejado na apostila subtendia-se que eles soubessem onde se localizava e como é construído, ou melhor, criado um município. No entanto, não foi isso o que se pode constatar dentro da sala de aula. Com um mapa do Brasil na mão, pude perceber o prazer de cada um dos pequenos na busca por descobrir o seu município. Todos reunidos em torno do mapa (me faltou uma câmera fotográfica) eles observavam os nomes de cidades, estados e regiões do Brasil. O que percebemos é que, apesar de quase todos terem acesso à internet, tem-se muita informação, mais pouco conhecimento. Lembro-me da eufórica Luana mostrando Fernandópolis (SP) e dizendo que adora Geografia, a empolgação do Pedro Henrique em mostrar no mapa onde se localizava o Amapá, e o que dizer da Ana Caroline sempre muito curiosa com as descobertas. Todos eles mostraram o quanto é importante à busca do conhecimento. Pode não parecer nada, mais é muito importante para alguém que ama a educação.
Texto: Odair.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

A PROFECIA I


Que bom que você quer saber o seu futuro.
É o seguinte: Sua vida afetiva será tremendamente abalada. Você vai ser atropelado por um carro dirigido por uma bela mulher loura. Claro que você vai ter terríveis seqüelas, mas nesse período, essa fascinante mulher vai ser o seu anjo da guarda e o grande amor da sua vida. Mais acontece que ela tem a tendência de apaixonar-se movida pela compaixão. Durante sua vida ela já amou mendigos, alcoólatras, pessoas de todas as espécies. Sua alternativa? Lutar para curar-se ou permanecer inválido. Se optar pela primeira alternativa, você certamente perderá o amor do anjo louro que sairá a procura de outro inválido. Já se escolher a segunda, você garantirá que o sublime amor da loura continue pela vida afora.

Texto: Odair José (Adaptado).

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA!!!


"Eu amava duas coisas acima de tudo o resto: a liberdade e o repouso. Para ter liberdade, decidi não ter esposa, e para ter repouso, fugi do mundo e encontrei asilo na religião".

Estas são palavras de Savonarola. Bispo de Florença que dedicou sua vida a Igreja e acabou queimado na fogueira da Inquisição no dia 23 de maio de 1498 em praça pública.
Com Giordano Bruno foi pior porque além de ser queimado na fogueira no dia 17 de fevereiro de 1600 pela Igreja Católica, o filósofo ainda tinha contra si a ira e a indignação dos calvinistas e luteranos, que também o excomungaram. É fato que em 2000 o Papa João Paulo II chegou a deplorar o episódio, mas recusou-se a reabilitar o filósofo. De que adiantaria também?
Galileu Galilei não chegou a ser morto porque abjurou da sua teoria do heliocentrismo, doutrina de Copérnico que afirmava ser o sol o centro do universo em contraposição a doutrina da Igreja que afirmava ser a terra o centro do universo. No dia 22 de junho de 1633 ele abjurou do que acreditava para não ir contra o que a Igreja, na época, acreditava.
Esses três personagens ilustra bem o que é a intolerância religiosa. Conflitos que explodem no mundo todo e que vitima milhares de pessoas todos os anos. No entanto, o mais cruel em tudo isso é a intolerância nas diversas religiões espalhadas em todos os lugares. O que alguns líderes acham que é certo e impõem para que seja cumpridas. Se errar, você está condenado a fogueira da nova inquisição... Colocar Silicone é pecado? Tomar banho de sabonete é?

Texto: Odair José.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

O QUE DIZER???


Como falar quando as palavras não surgem em nossas idéias?
Estou em Nova Xavantina e a cada dia me acostumo mais com essa cidade.
Posto aqui imagens que falam mais do que palavras!!!
Depois de uma semana de aulas...o que dá um cansaço tremendo...nada como relaxar com um bom final de semana!!!
Este é o Samuel indo para a Praia da Lua em Nova Xavantina!!!
Lugar ideal para refletir sobre as belezas que podemos apreciar a cada dia. E, acima de tudo, agradecer ao Criador pela nossa vida!!!

Texto: Odair
Crédito da Imagem: Odair

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

SÔNIA....PARABÉNS!!!


Um garotinho perguntou à sua mãe:
- Mamãe, por que você está chorando?
E ela respondeu: Porque sou mulher...

- Mas... eu não entendo.

A mãe se inclinou para ele, abraçou-o e disse:
- Meu amor, você jamais irá entender!...

Mais tarde o menininho perguntou ao pai:
- Papai, por que mamãe às vezes chora, sem motivo?

O homem respondeu: - Todas as mulheres sempre choram sem nenhum motivo.... Era tudo o que o pai era capaz de responder.

O garotinho cresceu e se tornou um homem.
E, de vez em quando, fazia a mesma pergunta:

- Por que será que as mulheres choram, sem ter motivo para isso?

Certo dia esse homem se ajoelhou e perguntou a Deus:
-Senhor, diga-me... Por que as mulheres choram com tanta facilidade?
E Deus lhe disse: - Quando eu criei a mulher, tinha de fazer algo muito especial.

Fiz seus ombros suficientemente fortes, capazes de suportar o peso do mundo inteiro... Porém suficientemente suaves para confortá-lo!

- Dei a ela uma imensa força interior, para que pudesse suportar as dores da maternidade e também o desprezo que muitas vezes provém de seus próprios filhos!

- Dei-lhe a fortaleza que lhe permite continuar sempre a cuidar da sua família, sem se queixar, apesar das enfermidades e do cansaço, até mesmo quando outros entregam os pontos!

- Dei-lhe sensibilidade para amar seus filhos, em qualquer circunstância, mesmo quando esses filhos a tenham magoado muito ... Essa sensibilidade lhe permite afugentar qualquer tristeza, choro ou sofrimento da criança, e compartilhar as ansiedades, dúvidas e medos da adolescência!
Porém, para que possa suportar tudo isso, Meu filho... Eu lhe dei as lágrimas, e são exclusivamente suas, para usá-las quando precisar. Ao derramá-las, a mulher verte em cada lágrima um pouquinho de amor. Essas gotas de amor desvanecem no ar e salvam a humanidade!

O homem respondeu com um profundo suspiro... - Agora eu compreendo o sentimento de minha mãe, de minha irmã, de minha esposa...

- Obrigado, Meu Deus, por teres criado a mulher.

Querida maninha, apesar da distância que nos separa o amor é presente em nossas vida. Se por um acaso você chora é porque és uma pessoal especial e quero que saiba disso. Sempre vou amar você.
Felicidades nesse dia e sempre!!!
Sempre eu: Odair!!!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Volta as aulas!!!


Iniciou-se na segunda (11) às aulas.
Mais uma vez é a tarefa de descobrir novos mundos juntos com meus alunos.
O espaço escolar nos possibilita desvendar novos horizontes.
Cada criança, adolescente, traz consigo uma expectativa de novos saberes, novas descobertas e isso é importantíssimo no aprendizado.
O Centro Educacional Geração 2000 está sendo uma nova experiência. Mas, pelos poucos dias trabalhando lá já deu para sentir que a filosofia da escola é oportunizar um aprendizado de qualidade. Creio que minha obrigação enquanto educador seja dar o melhor de mim para que os alunos possam, no futuro, saber que tiveram um bom aprendizado de História e Geografia.

Texto: Odair José.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

REFLEXÕES - A TOLICE HUMANA


Nos dias em que estamos vivendo percebe-se o grande avanço tecnológico que leva ao constante aumento da informação. No entanto, notamos que a tolice dos homens continua a mesma com o passar dos anos. Aliás, como já dizia certo filósofo, existem duas coisas infinitas: o Universo e a tolice dos homens. Davi e Salomão, cerca de mil anos antes de Cristo já combatia a tolice dos homens sempre fazendo comparações entre o sábio e o tolo. Quem é o tolo? Poxa, o cara fica segurando uma latinha de cerveja em uma festa só para dizer que está bebendo. Status? Pior é aquele que gasta todo o dinheiro ganho durante uma árdua semana de trabalho pagando cerveja e outras bebidas para a mulherada e no final ainda não “fatura” ninguém.

Hoje procurava algo para escrever. Queria escrever algo que tivesse alguma profundidade e cheguei a essa conclusão. Vou me empenhar em combater a mediocridade humana. Sei que não é fácil e que será um combate tremendo, pois bate de frente com a grande tolice dos homens e é fato que grandes almas sempre encontram forte oposição de mentes medíocres.

Texto: Odair José.
Imagem: O Tolo.

HISTORIA













Afinal, História é uma paixão.
É a chave para a compreensão de nossa realidade e das nossas perplexidades.
A História trata da nossa identidade, nos remete às nossas raízes pessoais, étnicas, culturais e nacionais.
Explica em boa parte o que somos - e por que nos transformamos no que somos.
Conhecer História é percorrer o caminho da tolerância, exercer a cidadania, compreender a necessidade de fortalecer as instituições democráticas, reconhecer a realidade das desigualdades e a dívida social para com os deserdados e despossuídos.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

CONTO I - Situações!


Olhou o pôr-do-sol da fazenda e sentiu a brisa fresca do ar ao mesmo tempo em que se deliciava com o cheiro de mato. Bem diferente do caos urbano em que vivia, pensou.

Tinha resolvido aproveitar a oferta feita por um amigo para passar o final de ano na fazenda. Queria descansar do estresse da cidade e ver se conseguia escrever um pouco. A esposa tinha ido, com os filhos, passar as férias com os pais e, como gostava de festas, curtir o reveillon na capital.

Na fazenda tinha uma casa grande que, segundo o amigo, era só dele naqueles dias. Perto da casa grande tinha uma casa menor onde morava o caseiro com sua esposa. Havia conversado com os dois assim que chegou e admirou a simplicidade do casal já de meia-idade.

Dormiu como há muito não dormia. Levantou tarde do dia, na verdade, na hora do almoço. Na parte da tarde resolveu escrever um pouco. Estava com os olhos fixos na tela do notebook quando ouviu, ao longe, o som de sorrisos e alegria. Levantou os olhos e pôde ver que era na casa do caseiro da fazenda. Não pôde acreditar no que os seus olhos viam. Era a última coisa que imaginava ver ali naquele lugar. O caseiro veio até ele e o chamou:

_ Gostaria que o senhor conhecesse a minha filha.

Era uma verdadeira beldade. Um corpo perfeito se deslumbrava diante dele. Morena clara, de seios fartos e pernas bem torneadas, olhos castanhos e um sorriso encantador.

Naquela tarde não teve mais sossego. Tentou escrever mais não conseguia. Da varanda ele via todos os movimentos da garota. Conversando com os pais, recolhendo as roupas do varal e encostada na porteira olhando o pai separar alguns bezerros das vacas e recolhe-los no curral.

Assim que escureceu o caseiro o chamou para o jantar. Sentado na mesa não conseguia desviar os olhos da garota. Ela agora vestia um short curto que realçava bem as suas coxas deixando-as a mostra. Notou que ela parecia não se incomodar com a sua presença. Isso o inquietava. Ela terminou o jantar, se despediu dos pais e disse que ia dormir.

Ao caminhar para a casa grande ainda olhou umas duas vezes para trás na esperança de vê-la mais uma vez. Deitou-se na cama e no silêncio da noite só se ouvia o som dos grilos.

Não sabia por que mas ficou pensando na garota. Foi nesse instante que ouviu uma batida de leve na janela do quarto onde estava. Abriu-a e, a luz da lua, pôde ver aqueles lindos olhos castanhos.

_ Não queria que meus pais desconfiassem de alguma coisa.

Puxou-a para dentro do quarto. Ela vestia apenas uma camisola que deixava seu corpo bem visível e ao alcance das suas mãos...

Texto: Odair José.